Conheça três pequenas praias em Penha,
Itapema e Porto Belo para quem não
gosta de disputar espaço na areia
Larissa Guerra e Lucas Correia
larissa.guerra@santa.com.br | lucas.correia@osoldiario.com.br
edo ou tarde, todo mundo acorda um dia e decide que precisa de praia e silêncio. Sem aquela profusão de guarda-sóis na orla, sem disputar espaço com outros veranistas, sem criançada, vendedores, música alta, milho ou churros. Só areia, mar e sossego.
A sorte é que nosso litoral é abençoado por Deus, bonito por natureza e, apesar de cheio de turistas nesta época do ano, conta com vários pequenos paraísos intocados na costa. Muitas vezes são praias de difícil acesso ou tão pequenas que não teriam condições de receber tanta gente. Por isso, se tornam o destino ideal nesta missão.
Antes de sair correndo à procura destes lugares, é preciso primeiro ter alguns cuidados. Como algumas praias têm acesso por trilhas, troque o par de chinelos por um bom tênis de caminhada. Pesquise bem como é o mar na região: se costuma ter muitos buracos ou pedras no fundo, se as ondas são fortes ou mais calmas.
Também é fundamental levar água, frutas e outros alimentos que você pretende consumir durante o dia, mas não esqueça de recolher todo o lixo que produzir no local. Se a ideia é passar o dia, aí é caso de levar o kit praia completo : cadeira, guarda-sol, canga. Dá mais trabalho de carregar mas, como estamos falando de lugares quase desertos, não vá esperando que alguém estará à sua disposição alugando esses itens.
Para facilitar ainda mais a vida, o fotógrafo Lucas Correia percorreu três praias nas cidades de Penha, Itapema e Porto Belo – para mostrar o que há de mais interessante em cada uma e o quão desertas elas realmente são. Agora é torcer para que São Pedro colabore com o tempo no fim de semana e aproveitar belos momentos de contemplação e mar.
Como chegar: Para chegar até a Praia da Paciência o banhista deve seguir pela Rua José Camilo da Rosa, pelo Bairro Armação, e entrar na rua João de Souza Costa (existem várias placas indicando o local, no entanto a estrada não é pavimentada). Há um espaço público que comporta em torno de 20 veículos.
Diferenciais: A faixa de areia é curta e cercada por pedras. A praia é bem tranquila e o mar é uma verdadeira lagoa, dá para passar horas ali sem perceber que o tempo passou.
Estrutura: A praia tem apenas um quiosque. Eles servem bebidas, lanches e porções. Mas fique atento: não há banheiro(!)
Opinião de quem frequenta:
A praia é sossegada, de família mesmo. Várias pessoas vem pra cá acampar e a água é muito limpa, então também vem um pessoal para praticar mergulho. Já no período da noite chegam os pescadores atrás dos peixes-espada, eles usam boias luminosas e o cenário fica lindo”.
Rafaela Maria Lami, 26 anos, comerciante.
Como chegar: Para chegar até o acesso à praia o banhista pode seguir pela rua 109 M, no Canto da Praia (uma boa referência é o mirante da cidade). Há um portão fechado e um aviso restringindo a entrada apenas para pedestres, logo o visitante deverá deixar seu carro no local e seguir a pé. Eu aconselharia pegar um táxi ou carona, combinando o horário de ida e volta. A trilha até a praia é de brita e é percorrida em cerca de 10 minutos, no entanto é uma ladeira e pode se tornar cansativa quando se carrega guarda-sol e o “kit farofa”, principalmente quando se está de saída, pois aí o visitante terá de encarar a subida com todo o peso extra.
Diferenciais: A praia é praticamente deserta: o acesso e o mar bravo justificam a ausência de banhistas (não há salva-vidas, então só entre no mar com cautela). Há uma faixa de restinga e logo atrás dela várias árvores que podem oferecer uma sombra e um bom local para um piquenique.
Estrutura: Não há banherio, quiosques ou restaurantes no local. E também não há lixeiras: há várias placas no trajeto avisando que todo o lixo deverá sair da praia junto com o banhista (não há lixeiras)
Opinião de quem frequenta:
Gosto muito de caminhar aqui, descarregar o estresse. É uma praia segura, pouco frequentada. Não tem como melhorar, não há o que eu não goste, venho pra cá desde moleque, há uns 35 anos. Costuma ter bastante pescadores, o mar é bem limpo.”
Claudioney Henrique da Silva, 46 anos, funcionário público.
Como chegar: O acesso se dá através da Alameda Vila do Araçá – a praia é logo após a Praia do Caixa d’Aço. Para ir até o Estaleiro alguns banhistas deixam os carros nos acostamentos da pista e descem por uma pequena trilha. Há a possibilidade de ir até a praia de carro através de uma estrada pavimentada, porém o espaço é privado e o estacionamento é pago.
Diferenciais: A praia é extremamente limpa e a água é cristalina, como mostram as fotos. É frequentada majoritariamente por famílias. Nesta época ela fica mais movimentada, mas nada que se compare às multidões que invadem as areias de Porto Belo.
Estrutura: Os banhistas contam com um restaurante que possui banheiro e serve bebidas, petiscos e pratos por preços justos.
Opinião de quem frequenta:
A Praia do Estaleiro é boa pois não tem tanta gente nem poluição. O acesso é meio complicado, tem que ter conhecimento do lugar. Cheguei aqui com dicas de um conhecido e pelo GPS. A única queixa que tenho é que deveria haver mais opções de estabelecimentos, mais opções para alimentação”.
Roberto Rodrigues dos Santos, turista de São Paulo, 50 anos, assistente Parlamentar.
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SÁBADO, 30 DE JANEIRO DE 2016
Edição
Larissa Guerra
Textos
Larissa Guerra e Lucas Correia
Imagens
Lucas Correia
Design e desenvolvimento
Arivaldo Hermes