Aprender a pescar em um pesque e pague
é uma opção de diversão em qualquer idade
Pamyle Brugnago
pamyle.brugnago@santa.com.br
om dó do peixe mas com a missão de dar os primeiros passos para me tornar uma pescadora oficial de pesque e pague, aceitei o desafio e parti em busca de uma experiência para contar para os filhos e, claro, uma boa história de pescador. Em Pomerode, o Recanto Roda d’Água tem um cenário convidativo e arborizado. Mesmo num dia nublado, o lugar faz jus ao sinônimo de recanto: é, de fato, um esconderijo natural.
Começo a pescaria escolhendo a vara e colocando a isca no anzol com a ajuda do simpático casal de proprietários do pesque e pague, Alberto Buerger e Rozeli
Monteiro. Por sorte não é uma minhoca que está me aguardando (ufa!), mas sim uma bolinha feita de ração e farinha de trigo. Alberto explica que é preciso firmar a massinha no anzol e depois disto basta jogar a linha na água.
Na primeira tentativa, os peixes devoram toda a ração com pequenas fisgadinhas que sinto do lado de fora da água. Na segunda tentativa, já me sentindo mais experiente, lanço com destreza a vara para longe e – juro que não é história de pescador –, menos de um minuto depois vejo a boia da linha afundar.
– Puxo? – peço socorro, sem saber o que fazer enquanto tento me equilibrar para não cair na lagoa com 5 mil metros quadrados e igual número de peixes. (“5 mil? Então tá fácil!” – pensa quem lê este texto. Mas lembre-se: é a minha primeira pesca.)
Depois de brigar com a danada da tilápia, ela pula linda e cheia de textura enquanto morro de dó ao tirar o peixe da água. Fim da história? Que nada, depois de colocar a tilápia em um tanque com água lanço novamente a isca na lagoa enquanto Alberto chama os peixes atirando ração perto da margem. Eles pulam empolgados com a comida e então descubro que alguns são bem maiores que o exemplar que capturei.
– Vou te ajudar, embora você esteja com bastante sorte hoje – empolga-se o meu professor.
Depois da ajuda, eu puxo outra tilápia da lagoa, que tem água natural vinda de uma cachoeira. Dois peixes em menos de 10 minutos! Já posso me intitular pescadora oficial de pesque e pague, certo? Sorrio ao lado do peixe – como nas tradicionais fotos de pescadores com seu “troféu” – enquanto observo a tilápia se debater e não vejo a hora de deixá-la partir.
Com total de 15 mil metros quadrados, o recanto tem duas lagoas repletas de peixes, além de um restaurante. Nos planos dos proprietários ainda está a construção de chalés para alugar nos fins de semana. Ah, o quilo do peixe varia: carpa e traíra custam R$ 12 e tilápia, R$ 8.
O lugar geralmente é afastado da cidade, silencioso e tem um visual incrível.
Quem nunca pescou pode se arriscar e desafiar os amigos para ver quem pesca o maior peixe.
Um dia de lazer com a família é sempre bom para fortalecer o vínculo, além de passar horas divertidas tentando pescar.
Tilápia, carpa, traíra? Que tal aproveitar para conhecer espécies de peixes diferentes e vê-los com vida?
Conhece o ditado “Tá estressado, vai pescar”? Pois então: pescar relaxa, faz com que você fique em silêncio e reflita.
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DICA DE INICIANTE
Escolha uma vara leve e que não seja muito extensa (pra mim foi mais fácil assim).
Não tenha medo de pôr a mão na ração que vai fisgar o seu peixe pela boca. Fixe bem a massinha no anzol para que ela não caia na lagoa ou seja roubada por peixinhos famintos.
Tenha calma, uma hora o peixe vai ser fisgado. Dica extra: segure firme na vara de pesca para não cair na lagoa!
Se a intenção é apenas pescar e não levar o peixe pra casa, tome cuidado com o peixinho.
DICA DE PROFISSIONAL:
Inicie na pesca em épocas quentes, no verão os peixes ficam mais próximos da superfície.
Não esqueça de usar óculos escuros e boné para se proteger do sol nos dias quentes de verão. Lembre-se sempre de tomar bastante água.
O melhor horário para pescar é no início e no fim do dia, quando os peixes geralmente são alimentados.
Paciência é a palavra-chave. Pescar é aguardar o tempo do peixe e não o seu.
Próximo da lua cheia é muito mais fácil pescar, fique de olho no calendário.
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Confira alguns locais que oferecem a atividade:
Blumenau
Pesque e Pague da Amizade (Rua Gustavo Zimmermann, 9068, Itoupava Central). Terça a quinta-feira, 11h30 às 13h; 18h às 22h. Sexta, sábado e domingo, 11h30min às 22h. Contato: 3337-3775.
Recanto Divisa Pesque Pague (Rua Nicolau Link, 210, Passo Manso). Terça a domingo, 8h às 18h (pesca) e 22h (restaurante). Contato: 3334-5083 ou 8480-5083.
Pesque Pague do Bertoldo (Rua Francisco Passold, 756, Testo Salto). Quarta a domingo, 8h às 21h. Contato: 3334-2396.
Gaspar
Pesque e Pague Fernandão (Rua Alberto Theiss, 565, Figueira). Terça a domingo, 8h às 19h. Contato: 3332-0431.
Truticultura Bertoldi (Rua José Rampelotti s/n, Alto Gasparinho). Horário de funcionamento não informado. Contato: 3318-0680.
Pomerode
Recanto Roda d’Água (Rua Leopoldo Blaese, 1707, Pomerode Fundos). Sexta e sábado, 9h às 22h. Contato (47) 3394-2844.
Pesque e pague de Ralf Glatz/Recanto da Natureza (Rua dos Atiradores, Testo Central). Domingo, a partir das 11h30min. Contato: 3387-2445 ou 3334-6425.
Pesque e Pague Konig (Rua Jerusalém, 1730, Centro). Diariamente, a partir das 7h. Contato: 3387-3950.
Pesque e Pague Otávio (Rua Otto Kickoefel - Rega III). Segunda a quinta, 13h30min às 21h; Sexta a domingo, 8h às 21h. Contato: 3395-1298.
SÁBADO, 6 DE FEVEREIRO DE 2016
Edição
Leo Laps
Textos
Pamyle Brugnago
Imagens
Gilmar de Souza
Design e desenvolvimento
Arivaldo Hermes