PARAPLÉGICO | Aos 37 anos, Claudemir se feriu na obra de um prédio e há 10 meses depende dos cuidados do pai, David Pimentel
Quando o trabalho fere

Reportagem: Pamyle Brugnago

15/8/2015

 

Em 2014, 44 mil trabalhadores da região receberam benefícios do INSS ou se aposentaram por invalidez. Enquanto o número real de ocorrências é desconhecido, acidentes se repetem

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barulho da sirene, a correria durante o atendimento de emergência e a ida ao hospital são as últimas lembranças que Claudemir Pimentel de Souza tem de 22 de outubro de 2014. Naquele dia ele saiu cedo de casa, no bairro da Velha, onde deixou a mulher, o filho mais velho e as gêmeas e fez o percurso que repetia há sete meses até o prédio em construção no bairro Passo Manso. Às 13h50min, quando entrou no elevador de carga, a vida do operário de 37 anos mudou.

 

Ele não se recorda da dor que sentiu depois do equipamento cair do sexto andar e em menos de dois segundos atingir o chão, causando fratura do maxilar e da coluna lombar. Claudemir ficou paraplégico, só movimenta os membros superiores e ainda sente dores no corpo. Dez meses depois, luta para se recuperar das lesões e cirurgias com a ajuda do pai, David Pimentel de Souza, que percorreu 3,3 mil quilômetros desde o Recife para estar ao lado do filho. Em maio, Souza teve outra perda: em uma operação de emergência retirou um dos rins, que deixou de funcionar em consequência do acidente.

 

Ele é um dos 10 homens — segundo publicações do Santa — que sofreram queda de altura enquanto trabalhavam em obras da construção civil em Blumenau só em 2014. Cinco deles morreram. Se computados os dados de outros setores (embora não exista informação precisa sobre a saúde do trabalhador), os acidentes de trabalho são ainda mais graves. Somente no ano passado 24,4 mil trabalhadores foram atendidos pelo ambulatório médico do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Blumenau. No mesmo ano, 44 mil benefícios – aposentadoria e auxílio – por incapacidade foram concedidos pela Gerência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Blumenau.

Santa Catarina é o pior em proporção
Acidentes publicados no Santa em 2015 até agosto
Rotina de insegurança no trabalho

laudemir Pimentel de Souza é uma testemunha ocular do descaso com a segurança do trabalhador. Nos sete anos que vive em Blumenau, depois de fazer um empréstimo e trazer a família em busca de uma vida melhor, viu muitos operários se machucarem por ignorar os equipamentos de segurança em por usar elevadores de carga como transporte nas obras por onde passou.

– Antes da minha queda, vi 10 pessoas descendo no elevador. Era comum usar (o equipamento) para descer – admite.

 

Flagrantes do descaso com a própria segurança como a história de Claudemir são feitos diariamente, até mesmo pelos olhares mais desatentos. Operários se equilibram no topo de prédios, usam elevadores de carga como transporte de pessoas e dispensam os equipamentos de segurança obrigatórios. Falta gente para fiscalizá-los.

 

Atualmente o Ministério do Trabalho e Emprego conta com seis auditores fiscais, mas só um atua na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais em todo o Vale do Itajaí, onde há 500 mil trabalhadores.

 

Na tentativa de incentivar a prevenção, no ano passado 3,1 mil ações de vistorias em obras foram feitas na região pelo Cetro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), uma média de oito ações diárias. Até maio deste ano o número era de seis ações por dia, mas a ideia é intensificar. Nas visitas o grupo com especialistas em segurança do trabalho do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Imobiliário (Siticom) também checa denúncias feitas à ouvidoria do município. Em 2014 foram 1.052 sobre condições precárias e de risco em obras e empresas.

 

O procurador do Ministério Público de Santa Catarina e coordenador regional da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), Bruno Martins Mano Teixeira, ressalta que o meio ambiente do trabalho é prioritário para o órgão:

– É inclusive objeto da maioria das investigações que possuímos. O tema responde por quase um terço de tudo que é instaurado no âmbito do Ministério Público do Trabalho, um retrato de 2014, elaborado pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

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Flagrantes de imprudência

Os repórteres fotográficos do Santa registraram as imagens em 2014 e 2015

Mortes são recorrentes na construção civil
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s casos mais graves e a maioria das fatalidades em acidentes de trabalho ocorrem na construção civil, segundo o coordenador do Cerest de Blumenau, Francisco Giuberto de Brito. Embora não haja dados concretos sobre o número de mortes, ele aponta três fatores para a mortalidade: a queda de altura, o choque elétrico e o soterramento.

– A construção civil é um ramo perigoso. Diferente de outras áreas, a maioria dos trabalhadores é homem e eles se arriscam mais do que as mulheres. Costumo dizer que se todos fossem mulheres haveria uma queda de 20% nos acidentes – diz.

Outro destaque da área é a condição de vida dos operários. Segundo Brito, muitos migram para trabalhar na região e acabam se submetendo a situações precárias. Registros feitos durante a fiscalização em obras da região mostram um cenário assustador: banheiros sujos, alimentos armazenados de maneira incorreta e descaso com a saúde do trabalhador.

 

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Blumenau (Sinduscon), Renato Rossmark Schramm, ressalta que o problema do setor, que sempre está no ranking dos acidentes de trabalho, é o aumento do investidor que não se responsabiliza pelo trabalhador:

– É um ramo que necessita atenção constante pois a cada dia há um cenário diferente na obra. Lamentamos cada vez que um acidente grave ocorre e estamos sempre em busca de melhorias no cenário.

Situação de alojamentos é precária, segundo o Cerest

Fotos Cerest, Divulgação

Mensalmente o sindicato patronal e laboral e órgãos fiscalizadores se reúnem para discutir segurança e focar em projetos de prevenção.

 

O técnico de Segurança do Trabalho do Sinduscon, André Ricardo de Mello, destaca que mensalmente, em média, 500 operários também passam por cursos no Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Seconci).

– A segurança é uma constante. Estamos lidando com vidas, é preciso seguir as normas, usar equipamentos de segurança e minimizar danos. Claro que acidentes ocorrem mas há várias formas de preveni-los – alerta.

Saúde do trabalhador preocupa especialistas
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reocupada com a saúde do trabalhador, por ver de perto casos de acidentes na região, a advogada e professora do curso de Direito da Furb, Elsa Cristine Bevian, com as acadêmicas Suelen Silvy, Ana Paula Tabosa dos Santos e Débora Ferrazzo, deu início à pesquisa Diagnóstico da Saúde do Trabalhador em Blumenau. Durante a produção reuniu dados de 2005 a 2010 que mostram uma realidade pouco conhecida pela população.

 

Entre eles o de que 26% dos trabalhadores formais sofreram algum acidente de trabalho, ou seja: um em cada quatro trabalhadores.

– Pensei em fazer algo para evitar isto, não apenas na reparação mas na prevenção. Resolvi identificar o problema e a partir daí avançar com ações e processos para mudar o cenário – conta a pesquisadora que pretende dar sequência ao estudo neste ano.

 

O operário Claudemir também está presente nas estatísticas que farão parte do novo estudo. Desde o acidente, em outubro, ele recebe o Auxílio-Doença por Acidente de Trabalho, algo em torno de R$ 1,2 mil, mas as despesas mensais são mais altas. O pai dele David Pimentel de Souza se dedica integralmente ao atendimento dele. Rotina que alterou a vida de toda a família – seis pessoas moram na casa da Itoupavazinha, onde Claudemir se recupera enquanto aguarda o andamento do processo que abriu contra a empresa na qual trabalhava.

– Minha mulher não tem condições de trabalhar, dedicamos o dia todo para ele. O auxílio é suficiente para fraldas e remédios. Só conseguimos dar conforto pra ele há alguns meses, com uma casa cedida e uma cama hospitalar emprestada – conta.

 

O desembargador do 12º Tribunal Regional do Trabalho, Amarildo Carlos de Lima, gestor do Programa Trabalho Seguro em Santa Catarina conta que o ramo da construção civil, frigorífico e o trabalho rural são preocupação constante.

– Acidentes geram prejuízos para todo mundo. O primeiro prejudicado é o trabalhador, depois a família, a empresa e a sociedade como um todo. O sistema previdenciário não tem como devolver a saúde ou um órgão, as sequelas ficam – aponta ao destacar a importância da prevenção.

Metalúrgicos criam grupos de discussão

Há quatro anos e meio o Sindicato da Indústria Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Blumenau (Simmeb) criou um grupo de discussão sobre acidentes de trabalho. Segundo o presidente do Simmeb, Hans Bethe, o tema já era um preocupação antiga da categoria e se potencializou nos últimos anos.

– O empresário se conscientizou que o ambiente de trabalho bom é um ambiente seguro. O sindicato perdeu o medo de tocar no assunto, o acidente de trabalho é uma realidade.

 

Um grupo de técnicos e engenheiros se reúne mensalmente, troca experiências e fala sobre melhorias feitas nas empresas. Hans Bethe conta que a associação, que tem 150 integrantes, tem conseguido conscientizar o empresário sobre a importância da prevenção:

– As empresas entenderam que é melhor investir em prevenção do que ter que pagar valores altíssimos em indenizações trabalhistas. Ganha o trabalhador e ganha o empresário, que além de se tornar referência é recomendado por seus funcionários, economiza.

 

O especialista em Medicina no Trabalho e em Saúde do Trabalhador Gustavo Nicolai, também coordenador de Segurança e Saúde no Trabalho do Departamento Nacional do Sesi, destaca o aumento de empresários preocupados em acidentes de trabalho e nos custos disso:

– Brinco que se os funcionários estão prestes a fazer um trabalho sem equipamento de segurança, o responsável tem que ir até uma loja e comprar o item. Não tem carro para ir até a loja? Compre um carro. O valor com certeza será menor do que a despesa com a saúde do trabalhador, caso o acidente ocorra – finaliza

Mulheres adoecem
mais
AJUDA | Elvira Celi Scheel fundou associação após lesões nos ombros
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s ombros, as mãos e os pés já não desenvolvem as mesmas funções de quando Elvira Celi Scheel teve o primeiro contato com a máquina de costura, aos 14 anos. Ainda hoje, aos 58, ainda acha mágico poder confeccionar peças de roupa e se pudesse não teria abandonado a rotina que manteve por 25 anos. Mas o corpo já não acompanha o desejo da alma. A costureira tem os tendões dos dois braços comprometidos, problemas no quadril e nas articulações de pernas e pés.

 

Não passa um dia sem remédios. Nem as fisioterapias e cirurgias diminuíram suas dores.

– Quando estava trabalhando dava tudo de mim, mas paguei um preço alto – conta a costureira que sofre de Lesão por Esforço Repetitivo (LER), tem problemas de locomoção e dificuldade para dormir.

 

Assim como o problema que afastou Elvira do trabalho em 1996, em média outros 10% dos trabalhadores são afastados todos os anos devido a acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. O número é resultado do estudo coordenado pela professora de Direito da Furb Elsa Cristine Bevian, a partir de dados do INSS de 2005 e 2010.

– A quantidade de trabalhadores adoecidos é algo muito sério. Blumenau é a quinta cidade com maior número de doenças ocupacionais do Brasil e está em quarto lugar entre as cidades do país em subnotificação de acidentes de trabalho. Ou seja, grande parte das empresas não emitem a notificação – ressalta Elsa.

Atualizados, os dados da Gerência Executiva do INSS de Blumenau mostram que dos 52 mil trabalhadores que receberam benefícios por incapacidade em Blumenau, entre 2011 a maio de 2015, a maioria é mulher. Do total de trabalhadores, 27 mil são do sexo feminino e 24 mil do sexo masculino. A maioria na faixa etária entre 50 e 54 anos (7,4 mil casos) e de 40 e 44 anos (6,9 mil casos).

Além da dor física, que fez Elvira parar de trabalhar, ela também passou por assédio moral no trabalho antes de descobrir o problema de saúde.

– Muita gente achava que eu estava fazendo corpo mole para não trabalhar, justamente eu, que nunca nem recebi seguro desemprego em toda a minha vida. Muitas vezes tinha que vender parte das férias, pois a chefia dizia que a produção tinha pressa. Algumas colegas que duvidavam das minhas condições mais tarde tiveram o mesmo problema – ressalta.

 

Associação orienta pessoas sobre doenças

Foi por falta de informação em relação à doença que Elvira Celi Scheel junto com a ajuda de colegas e o apoio do advogado Jorge Lobe fundaram a Associação em Defesa da Saúde do Trabalhador e dos Vitimados pelo Trabalho de Blumenau e Região (Advisat Apler) em 2013. Hoje a Apler Blumenau tem aproximadamente 700 associados, mas presta auxílio e orientação a um número muito maior de trabalhadores, conta a atual coordenadora, Marli Kienen:

– Orientamos muita gente que não teve assistência da empresa. A grande maioria de (trabalhadores) terceirizados.

 

Segundo o assessor de Formação da Federação dos Trabalhadores das Indústrias de Santa Catarina (Fetiesc) e coordenador estadual do Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora Catarinense (Movida), Sabino Bussanello, em 2010 Santa Catarina ocupava o primeiro lugar no ranking nacional de doenças e acidentes de trabalho. Um estudo feito pela Universidade do Vale do Itajaí há três anos mostrou que o número de trabalhadores afastados por motivos de saúde em SC era 48% maior do que a média nacional.

 

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem e do Vestuário (Sintex), Renato Valim, conta que cada vez mais o tema faz parte do dia a dia da empresa, pela segurança do trabalhador e pela contenção de despesas:

– Hoje você não pode produzir um produto sem qualidade, então, da mesma forma que temos uma atenção especial ao produto que fabricamos nós também temos uma preocupação especial ao nosso funcionário. Na verdade, a legislação é muito severa referente ao acidente de trabalho – ressalta.

 

Ele conta que ao preservar a saúde e a integridade física do trabalhador, o aspecto financeiro também é levado em conta já que cada Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) emitida gera despesas ao empregador.

Líderes de acidentes em Santa Catarina
Segundo a última informação por município disponível ao público na base de dados da Previdência Social (2012), os líderes de acidentes e doenças do trabalho no Estado são:
Trabalhadores afastados são mais propensos à depressão
CONSEQUÊNCIA | Eraci Bilk Pripra, 45, teve depressão após a doença ocupacional
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lém do problema físico, o fator psicológico mantém profissionais de diferentes áreas afastados do trabalho. Durante 15 anos Eraci Bilk Pripra trabalhou no terceiro turno de uma empresa têxtil. Ela era responsável pela costura de finalização de travesseiros e edredons e por anos exerceu sua função em uma posição incorreta.

 

Segundo ela, era impossível manter uma postura saudável durante as horas de labuta.

– Chegou um momento em que eu não conseguia levantar o braço, tudo doía. Depois que fiquei afastada do trabalho fiquei depressiva e achava que não ia sobreviver, perdi 25 quilos – relembra a mulher de 45 anos que sofre de Lesão por Esforço Repetitivo (LER) nos dois ombros.

Segundo a atual coordenadora da Apler Blumenau, Marli Kienen, muitos trabalhadores chegam ao local deprimidos, mas não há dados específicos que contemplem o cenário atual na região.

 

A psicóloga Christine Liz Moeller Gabel explica que quando um hábito diário deixa de ser feito, como um afastamento abrupto, a depressão pode ocorrer e as pessoas precisam ficar atentas aos sintomas.

– Não se tem uma causa única para a depressão. Ela pode ser causada por predisposição genética e por fatores ambientais combinados. Nesses últimos estão incluídas situações estressantes tais como morte, doenças, perda de emprego, acidentes, separações, além do uso de remédios – destaca.

 

Ela também alerta para a necessidade de um diagnóstico preciso para se identificar o transtorno. Muitas vezes se faz necessária a utilização de medicação indicada por médico psiquiatra e acompanhamento psicológico, mas o apoio familiar, a prática de esporte e o lazer também podem estar aliados à superação. Assim foi o caso de Eraci que conseguiu encontrar forças e superar a depressão se dedicando à religião e aos familiares.

 

A advogada Elsa Cristina Bevian, autora de um estudo sobre a saúde do trabalhador, conta que ao longo da carreira defendeu diversos profissionais em ações trabalhistas mas recorda especialmente da fala de uma de suas clientes:

– Um dia uma trabalhadora, que ganhou um bom dinheiro na ação contra a empresa, começou a chorar e eu perguntei o que aconteceu? E ela me disse: O que me adianta este dinheiro? Eu não posso mais dormir direito, eu não posso mais sentar direito, eu não posso fazer nada. Nem a minha higiene pessoal eu consigo fazer.

Reportagem: 
Pamyle Brugnago
pamyle.brugnago@santa.com.br
Edição: Cleisi Soares cleisi.soares@santa.com.br
Imagens: Rafaela Martins e Gilmar de Souza
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Edição de vídeo: 
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Design e desenvolvimento:
Arivaldo Hermes
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Dados não retratam a realidade

Mas as estatísticas ligadas aos acidentes de trabalho na cidade são ainda maiores do que as registradas pelos órgãos competentes, que não registram todas as ocorrências nem fazem um cruzamento entre os dados existentes. Em Blumenau, foram emitidas 873 Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) em 2014. para um total de 130 mil trabalhadores formais, número inferior a outras cidades de SC.

– O fato das empresas de Blumenau emitirem, proporcionalmente, a metade das CATs das demais cidades, não decorre de um menor número de acidentes, mas de subnotificação – diz o auditor fiscal do Ministério do Trabalho Pedro Henrique Maglioni da Cruz.

 

Na opinião do procurador do Ministério Público de Santa Catarina Bruno Martins Mano Teixeira, um dos grandes problemas é a falta de notificação dos acidentes:

– Muitos empregadores deixam de emitir a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), acreditando que, com isso, eximem-se das responsabilidades decorrentes do acidente ou de alguma doença relacionada ao trabalho.

 

Na opinião de Teixeira, esta falha impede que se elimine a cultura do “acidentes acontecem”.

– A análise dos dados nos possibilita focar nos ramos em que mais se verificam os acidentes e nas espécies de lesões mais comuns; e na formação de forças-tarefa, pois, com elas, é possível colocar em prática as ações para melhoria das condições de trabalho – conclui.

 

Mas enquanto faltam providências, as ocorrências se repetem. Até agosto deste ano, outros 15 acidentes de trabalho foram noticiados pelo Santa em Blumenau, a maioria na construção civil.

 

SONHO | Mesmo acamado por conta do acidente, Claudemir deseja voltar a trabalhar