pesquisa confirma a identidade de

17 homens degolados em sangrento

episódio na guerra do contestado

TEXTOS | ângela bastos

imagens | BETINA HUMERES

embarcação desliza sobre as águas do Iguassu. Assim mesmo, com dois ésses. Serão 8,7 quilômetros rio acima. Os passageiros são todos homens e não sabem o que os espera, adiante, num descampado, lado oposto de onde partem. Provável que, depois de uma semana de empreitadas na região, esses trabalhadores com sotaques tão diferentes desejem o reencontro com as famílias. Mas é a morte que os aguarda. Não por afogamento, caso o vapor afunde nas águas turvas de um território contestado. Mas por degola. Deles irá jorrar sangue que encharcará o chão da mata. Seus corpos sequer serão enterrados. Ficarão expostos para serem devorados por animais famintos. Assim sentenciam os algozes. Possuídos da mesma frieza de quem antes irá despi-los. Para, no domingo que raia, se exibir na vizinhança com as vestes respingadas de encarnado. Trunfo sobre os 17 sacrificados. Aviso para quem se atrever a opor-se às (des)ordens dos poderosos da região.

Mais de um século depois, o que aconteceu naquele sábado de 21 para 22 de novembro de 1914, em plena Guerra do Contestado, irrompe a injustiça. À luz de documentos, laudos cadavéricos, recortes de jornais, relatos do Exército e entrevistas com descendentes de quem esteve dos dois lados – vítimas e carrascos –, a pesquisa feita pela doutoranda Viviani Poyer, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dá cientificidade ao que até então fazia parte da história oral.

A cruenta Chacina do Iguaçu ou Chacina dos 17, como também é conhecida, emerge na semana das comemorações do acordo de limites da Guerra do Contestado – 20 de outubro de 1916 – com uma revelação: os mortos não eram fornecedores de armas para os revoltosos. Tampouco envolvidos com a escaramuça, como alegou o temido coronel Fabrício Vieira, integrante da antiga Guarda Nacional, e que comandava contratados pelo Exército Brasileiro para atuarem como homens-guias das tropas militares contra os civis. Eram, em maioria, imigrantes europeus – com nome, origem e profissão – atraídos pelo sonho de uma vida melhor.

– Prova disso foi a forte cobrança dos consulados perante o governo brasileiro acerca dos assassinatos. Ao mesmo tempo, fica evidente que só foi possível identificar os mortos por serem pessoas que possuíam documentação. Realidade bem diferente dos milhares de brasileiros exterminados e jamais identificados, contados, reconhecidos – observa a historiadora Viviani Poyer.

embarcação desliza sobre as águas do Iguaçu. Atualmente escrito com ç, conforme acordo selado em 1945 entre a Academia de Letras de Lisboa e do Brasil.

É num pequeno barco de madeira a motor que a reportagem do Diário Catarinense segue para refazer o percurso das vítimas da Chacina do Iguaçu ou Chacina dos 17, como dizem os moradores da comunidade Felipe Schmidt, a 40 quilômetros do Centro de Canoinhas, onde ocorreu o sangrento episódio.

Hoje, o território não é mais contestado. Pelo acordo de limites, o rio faz a divisa entre os Estados de Santa Catarina e Paraná. Por sinal está plúmbeo. A falta de chuva estreitou o leito. Não só no trecho a ser percorrido, mas desde a nascente, na Grande Curitiba, até a desembocadura, nas cataratas de Foz do Iguaçu.

Em alguns pontos, avistam-se pedras.

A paisagem mantém certo mistério. Nas barrancas, à mostra, troncos esculpidos pelo tempo ganharam aspecto de seres. Dá para fantasiar. Mas é quando a embarcação atraca numa ribanceira, banhada por um canal nascido num braço de água que corre em direção ao Iguaçu, que é possível imaginar a barbárie ocorrida naquele lugar ermo.

Ali se encontra o túmulo com os restos mortais das vítimas da Chacina dos 17. Lugar onde os homens foram abatidos pelas mãos dos vaqueanos do coronel Fabrício Vieira.

A um palmo do chão, a catacumba tem um vaso quebrado ao lado e sebo de vela derretido por cima.

Local onde naturalmente o silêncio impõe outros silêncios. Em que a cruz de cimento convenciona o duelo vida e morte. Duelo sem duelistas. Já que não houve confronto, oposição, resistência. A perversidade estava de um lado só. O lugar é úmido, coberto por musgo grudado nos troncos e galhos. Às vezes, engolido pelas enchentes do Iguaçu. Outras, rachado pelo sol que vaza a copa das águas. Nesta primavera, entapetado com folhas secas que despencam com o vento.

uando criança, João Marques dos Santos, o Jango, tinha um colega de escola chamado Belmiro.  Tornaram-se tão amigos que dividiam a merenda trazida de casa. Normalmente farofa. O menino era filho de André Ferreira (não há consenso a respeito do sobrenome do brasileiro, que também poderia se chamar da Silva). Pela memória de Jango, criança na época dos relatos, André não era muito jovem, com idade estimada entre 60 e 70 anos, desconfiado e de pouca conversa. Mas que prendia a atenção quando falava da façanha de ter escapado a nado da Chacina dos 17.

– Ele contava que pediu a Deus: se fosse para ser degolado, então, preferia morrer afogado.

Jango recorda de André dizendo que se jogou no rio e como conseguiu se embrenhar no mato. Teria se aproveitado do descuido dos vaqueanos ao tentar conter um alemão que esperneava para não ser assassinado. Contra o sobrevivente, em fuga, teriam sido disparados vários tiros. Mas, entre braçadas e mergulhos, alcançou a margem oposta de onde estavam os fabricianos. O pai do amigo atribuía o feito a um milagre.

– Eu era um gurizote e tinha muita curiosidade. Lembro dele meio afastado, em silêncio. Quando chegava alguém na serraria para comprar telha ou tijolos, parecia desconfiado.

Jango acredita que André imaginava ser alguém para tentar acertar algo com ele:

– De certo a pessoa sempre fica com aquilo na cabeça, com medo de que ainda possa acontecer alguma coisa da época da guerra.

A família Ferreira morou em São Mateus do Sul (PR) e Valinhos (comunidade do interior de Canoinhas) onde era forte a atividade de extração de madeira. Mais tarde se mudou para Porto União e o contato entre os amigos de infância se perdeu.

De vez em quando, Jango visita a sepultura dos 17. Hábito ainda praticado por moradores da região de Canoinhas.

– Meu sentimento é de tristeza. Uns dizem que sentem arrepios no corpo, mas comigo não tem nada disso. Chego lá, faço minha oração e vou embora.

professor Josmar Kaschuk ensinou História para muitos jovens da comunidade Felipe Schmidt. Mas talvez seja ainda muito recente a maior contribuição. O educador ajudou a redesenhar o trajeto dos que morreram na Chacina dos 17. Desde o momento em que foram capturados do lado direito do rio, entre Barra Feia e Timbó, passando pelo ponto do embarque em Porto Marcolino, até a lancha chegar à margem esquerda.

Para isso, usou mapas antigos, dados com base na assinatura do acordo de limites e aplicativos. Na época do acerto, pressionados pelo presidente Wenceslau Braz, cada um dos dois Estados teve que ceder. A partilha foi vista como favorável aos catarinenses, que ficaram com 28 mil dos 48 mil quilômetros quadrados da área contestada. Assim, as referências geográficas precisaram ser atualizadas.

 

A Guerra do Contestado (1912-1916) foi um conflito em que civis enfrentaram as forças policiais e militares dos Estados de Santa Catarina e Paraná e do Exército. Os insurgentes eram movidos por motivos que iam do messianismo à luta pela terra. Nesse contexto surgem os monges, como João Maria, que na fé cabocla é reverenciado até os dias atuais. Protestavam contra o poder público e dos coronéis locais. Além de reagir contra a construção de uma estrada de ferro, que os expulsou da terra onde viviam.

Ainda que não exista um consenso sobre os mortos, estima-se que pelo menos 10 mil pessoas perderam a vida, seja nos combates ou de fome e de doenças como o tifo, que se alastraram pelas “cidades santas” erguidas pelos sertanejos. A guerra mobilizou metade do efetivo do Exército na época: mais de 7 mil soldados.

O acordo de limites foi assinado em 20 de outubro de 1916.

Mais de 100 anos do término da maior guerra civil camponesa brasileira, o palco dos episódios do Contestado aparece com os piores índices de desenvolvimento humano. Nas palavras do professor e pesquisador Nilson Cesar Fraga, sobrevive a “maldição das políticas públicas ineficientes, corruptas e de interesses de pequenos grupos que dominam a região, em todas as escalas”. Assim como nos tempos da guerra, em que apesar do poder opressor dos coronéis, muitos foram transformados em heróis, como  escrito na lápide do túmulo da figura polêmica de Fabrício Vieira, sepultado em Irineópolis, no Planalto Norte.

terreno pertence ao agropecuarista Dorcélio Crestani. Desde a infância ele ouve falar no assunto. Foi o próprio fazendeiro quem cimentou a sepultura. Crestani repetiu a iniciativa do pai e do avô, os primeiros a cercar com madeira a vala comum onde os esqueletos foram primeiramente enterrados.

O tempo desgastou o material. Há uns 20 anos, Crestani e o empregado Afonso Flaith, o Jipão, passavam pelo mato quando viram ossadas à mostra. Provavelmente desenterradas por algum animal. Não havia crânios. Tampouco objetos ou roupas. Mas pedaços de costelas, braços, pernas. Combinaram de retornar no dia seguinte para reenterrar, cimentar ao redor e fazer uma modesta inscrição com o ano da chacina: 1914.

Foi uma iniciativa em respeito à memória dos 17 mortos, ainda que não soubessem de quem se tratava. Crestani conta que recebeu outro ensinamento dos pais, repassado aos filhos:

– Em 2 de novembro, Dia de Finados, a gente vai lá, acende uma vela, reza e vai embora.

O fazendeiro recorda que muitas vezes ouviu os adultos falarem sobre os crimes. Um detalhe nos relatos sempre o impressionou:

– Meu pai mostrava uma árvore que foi testemunha das mortes. Dizem que nela eram encostadas as cabeças dos homens, antes de serem golpeados com a faca. Até hoje está ali. Mas não cresceu mais.

Para o educador, enaltecer conteúdos referentes à Guerra do Contestado é olhar para a trajetória das famílias que vivem na região. Como a dele, bisneto do imigrante Simão Kaschuk, o qual pelos anos de 1890 chegou da Ucrânia e trabalhou na construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande.

– No livro do nono ano, que é sobre o Contestado, tem meia página num total de duzentas. O tema permanece desconhecido para muitos brasileiros e precisa ser valorizado para não cair no esquecimento das futuras gerações – sugere o atual diretor na Escola Básica Municipal Benedito Therézio de Carvalho, em Felipe Schmidt.

Um espaço quase insignificante para um conflito que resultou na morte de 5 mil a 50 mil pessoas, observa.

A respeito da imprecisão dos números dos que morreram, sobre quantos morreram, o educador defende:

– A disparidade mostra que muitos dos acusados de fanatismo eram, na verdade, uns pobres coitados expulsos das próprias terras e caçados que nem bichos.

Na época, o território era um sertão, uma terra sem lei e marcada pela opressão. Lacunas assim, destaca o professor, tornam ainda mais importantes as informações sobre a Chacina dos 17. Josmar também faz parte da comissão municipal envolvida na preservação e divulgação da Guerra do Contestado. Uma das promessas é a colocação de uma placa com o nome dos 17 mortos junto ao túmulo das vítimas.

– Na nossa região existem episódios da Guerra do Contestado escritos em livros, mas tem também muita história oral. Parte disso é reflexo do medo que as pessoas sentiam de retaliação de governos e perseguição dos coronéis e dos herdeiros desses poderosos que podiam levar a algum tipo de repressão.

Conforme o professor, isso fez com que as narrativas passassem de pai para filho, mas não tivessem sido oficialmente registradas. Há muitos casos envolvendo morte de pessoas, mandado de assassinatos e perseguições.

– Ainda hoje os moradores mais antigos têm medo de falar em determinadas coisas que aconteceram, como a própria Chacina dos 17 que agora veio à tona. Mas há muito tempo se comentava, porém, sem saber exatamente as circunstâncias e quem eram os homens sacrificados – explica Josmar.

az quatro anos e meio que a doutoranda Viviani Poyer se dedica a pesquisar a Chacina do Iguaçu. Orientada pelo professor Paulo Pinheiro Machado, um dos maiores estudiosos da Guerra do Contestado, ela planeja defender a tese em dezembro. A pesquisa usa fontes históricas como documentos oficiais encontrados em arquivos como do Itamaraty, os públicos do Paraná e de Santa Catarina e do Exército do Rio de Janeiro.

A aluna também se municiou de jornais nacionais e estrangeiros. Para identificar as 17 vítimas cruzou laudos cadavéricos encontrados no arquivo do Itamaraty (RJ) feitos a partir dos esqueletos encontrados nas margens do Iguaçu, com jornais paranaenses que acompanharam com mais proximidade os acontecimentos do Contestado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A pesquisa aponta que os homens, na maioria imigrantes, foram mortos por possuírem algum dinheiro em espécie com eles, além de ferramentas e animais. No grupo havia pequenos produtores e um comerciante, com os quais os vaqueanos do coronel Fabrício Vieira tinham contraído dívidas. Na época, explica Viviani, os fabricianos controlavam a margem do rio para impedir que passassem alimentos, sal e armas para o lado catarinense. Com isso, dificultavam um suposto apoio aos insurgentes. Conforme a historiadora, o coronel não estava presente no momento da chacina. Fabrício teria sido levado por dois de seus homens, um deles conhecido como Dente de Ouro, e outro Isaías Daniel, e deixado em um lugar chamado de Barra Feia, atual Fluviópolis no Paraná. Mas acredita que era conhecedor desses fatos que ocorriam com muita frequência.

– Essa chacina despontou, ou seja, veio à tona por se tratar de imigrantes. Mas houve outros episódios envolvendo moradores da região sem documentos que não foram esclarecidos.

Além de tomar por base documentos oficiais, a pesquisadora também tem mantido contato com netos e bisnetos dos envolvidos. Já ouviu descendentes de José Lírio Santi e do coronel Fabrício Vieira. A respeito do constrangimento que passou o governo brasileiro cobrado por países de origem dos mortos, a pesquisadora explica que o primeiro a se manifestar, por meio do consulado, foi a Itália.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Passados mais de 100 anos, a pesquisadora não acredita que um eventual pedido de indenização por parte dos descendentes venha a ser atendido. Uma eventual retratação também seria difícil de ocorrer:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como historiadora, ela diz que é gratificante ajudar a esclarecer um fato tão marcante.

– Trabalho com uma linha da história social, e ao entrar no doutorado a gente assume o compromisso de devolver algo à comunidade extra muros, inclusive, por se tratar de um trabalho financiado com bolsa de estudos. Acredito que além de contribuir para a história de Santa Catarina e do Paraná, estou também fazendo isso para a história do país, já que o Contestado teve um impacto nacional.

Ainda como pesquisadora da História, Viviani responde como se sente quando olha para dois túmulos distintos: o das vítimas da Chacina dos 17, às margens do Iguaçu; e do coronel Fabrício Vieira, no cemitério de Irineópolis, sobre o qual está escrito “Herói do Contestado”:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A doutoranda da UFSC planeja defender a tese sobre a Chacina do Iguaçu em dezembro deste ano.

Documento mostra que o governo brasileiro pagou
indenização à Espanha por dois imigrantes assassinados

Laudos cadavéricos comprovam que os 17 homens foram degolados

Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 1915

“Nas proximidades dos Bugios, à margem direita do Iguaçu (à época grafado como Iguassu) reside Rufino Teixeira. Na casa deste se achavam José Lyra e um camarada conversando à noite, quando batem à porta a escolta da qual fazia parte o sargento do Exército de nome Saturnino e certo Domingos de tal, civil arvorado em capitão do bando de vaqueanos. Logo essa escolta com os dois prisioneiros descem em direção a um rancho onde se achavam as outras 16 vítimas da sanha sanguinária dessa horda.

No caminho, o camarada de Rufino Teixeira teve a grande ventura de ser amigo de um dos homens dessa escolta, o qual conhecera nesta capital (Curitiba) e sabia ser ele um homem morigerado e com família e assim deu-lhe o ensejo de embrenhar-se no mato e fugir à morte bárbara que o esperava.

Chegados ao rancho, os da escolta, que nos dizem em número de 45 homens, fizeram as suas vítimas servir-lhes café com bolos de farinha e, com eles, na mais aparente camaradagem a cear.

Depois disseram-lhes que vinham prendê-los por ordem do coronel Fabricio, que precisava ouvi-los em certas explicações.

Grande foi a surpresa de todos, alguns quiseram reagir; outros aconselharam que nada devendo, residentes que eram na margem direita do Iguaçu, nada tendo em comum com os fanáticos, não havia motivos para temores e que, todos deviam se apresentar ao coronel Fabricio que estava lhes prestando até bons serviços, impedindo que os jagunços (rebeldes) atravessassem o rio e lhes invadissem os ranchos e as lavouras.

Em paz e confiantes, esses homens embarcaram na lancha que seguiu rumo ao local Bugres.

Num certo ponto a lancha parou e atracou em frente a um descampado, parece que previamente preparado para a execução sumária desses 17 desgraçados.

Feito o desembarque, os facínoras, à arma branca (faca), foram entrando em ação sem clemência, sem atenderem aos rogos dos infelizes que invocavam as famílias, pediam para ser levados à presença do coronel Fabricio ante quem queriam se justificar.

Diante de tão pavorosa cena, alguns dos desgraçados perderam os sentidos, sendo mortos em estado comatoso devido à comoção.

Apenas um deles foi valente até o último momento, dizendo-lhes: ‘Bandidos, fiquem sabendo que matam a um homem desarmado. A Justiça de Deus tudo vê!’

Durante essa carnificina hedionda o sargento Saturnino, mudo, abatido e envergonhado, cobrindo o rosto com o chapéu e o capote, tristemente murmurava para o marinheiro: ‘Isso é uma covardia’.

Terminando a chacina, foram as vítimas despojadas de tudo que consigo traziam, sendo que de Lille foi aproveitado um terno novo, com o qual um dos bandidos foi visto desembarcar em Barra Feia (atual Fluviópolis, interior de São Mateus do Sul).

Fotos reprodução

Fotos reprodução

Jornal carioca noticia a chacina do Contestado

Reportagem

Ângela Bastos

 

Editora

Julia Pitthan

 

Editora de design e arte

Aline Fialho

 

Editor de fotografia

Ricardo Wolffenbüttel

QUEM SOMOS

Design e desenvolvimento

Cris Macari

 

Fotografia

Betina Humeres

Cristiano Estrela

 

Edição de vídeo

Chico Duarte

José Lyrio Santi, o Bepi Liro, empreiteiro italiano assassinado em 21 de novembro de 1914

Coronel Fabrício Vieira (segundo, sentado, da esquerda para a direita) entre seus vaqueanos

ADOLPHO SOUZA, LAVRADOR, BRASILEIRO

ALFREDO FERREIRA, PEDREIRO, BRASILEIRO

ANGELO TRESS,  LAVRADOR, ITALIANO

ANTONIO PRETI, LAVRADOR, ITALIANO

CELESTINO JANUÁRIO, LAVRADOR, BRASILEIRO

DOMINGOS MOURA, MARCENEIRO, BRASILEIRO

EVARISTO MIRON, CANTEIRO, ESPANHOL

HORÁCIO FELIPPE, LAVRADOR, ITALIANO

ISOLINO MIRON, CANTEIRO, ESPANHOL

JOÃO ANTONIO, PEDREIRO, PORTUGUÊS

JOÃO MERKEL, LAVRADOR, ALEMÃO

JOAQUIM VICENTE, NEGOCIANTE, BRASILEIRO

JOSÉ LICHELSKY, LAVRADOR, POLACO

JOSÉ LYRIO SANTI, EMPREITEIRO, ITALIANO

JOSÉ MERKEL, LAVRADOR, ALEMÃO

JOSÉ SARTORI, LAVRADOR, ITALIANO

ROSALINO ALVES, LAVRADOR, BRASILEIRO

VALENTIM FACHIM (OU FACHINI), PEDREIRO, ITALIANO

 

 

* Na lista divulgada nos jornais Diário da Tarde (PR) de 14/12/1914
e Gazeta de Notícias (RJ) de 29/1/1915 foram encontrados 18 nomes. Mas a partir laudo cadavérico e entrevistas realizadas com moradores, a pesquisa de Viviani Poyer aponta para 17 vítimas.
A explicação mais provável para a diferença nos números está no fato de que um deles escapou se jogando no rio Iguaçu.