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Recuperação Economica nos Vales - { parte 7}
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DESENVOLVIMENTO


Prefeituras querem diversificar atividades

JAIME AVENDANO

esp02.jpg (69620 bytes)BLUMENAU - Os municípios da Região dos Vales estão enxergando neste novo ciclo de desenvolvimento industrial uma oportunidade de diversificar as atividades. A proposta é continuar incentivando o crescimento das indústrias e setores que já estão instalados, mas também buscar novas alternativas - principalmente empresas voltadas à tecnologia.
Para atrair novas empresas, os municípios procuram oferecer isenção de impostos - Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre Serviços (ISS) -, pagamento de aluguéis e obras de infra-estrutura. No geral, todos os municípios da região oferecem os mesmos incentivos. As exigências também são semelhantes: previsão de arrecadação futura de impostos e geração de empregos.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Jaraguá do Sul, Waldir Watzko, acredita que a atração de novas empresas não pode ser vista em nível local. "Vindo uma indústria para qualquer cidade da região é bom para o desenvolvimento de toda a região", enfatiza. Para atrair novos empreendimentos a prefeitura está realizando obras de pavimentação, através do projeto "Nosso Asfalto", e renovando toda a estrutura de esgoto - a um custo de R$ 12 milhões, atendendo entre 75% e 80% da população.
O superintendente de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Blumenau, Charles Schwanke, vê no crescimento da atividade industrial um fator importante para o desenvolvimento de todo o município. "O setor industrial representa 60% da receita gerada em Blumenau. Fica claro que se esse setor vai bem, acaba puxando o resto", destaca Schwanke. Segundo ele, o município não está fazendo um trabalho ativo de atração de novas empresas porque, em primeiro lugar, deve ser resolvido o problema da viabilização de terrenos industriais, que passa pela criação do Distrito Industrial - que faz parte do projeto Parque Tecnológico Regional.

Interesse

"No momento estamos trabalhando pela manutenção das empresas já instaladas, através de incentivos para expansão e realocação de unidades", explica Schwanke. "Existe o interesse em atrair novas empresas, mas não temos lotes disponíveis". Mesmo assim, o superintendente conta que muitos empresários de fora interessados em instalar fábricas ou unidades em Blumenau têm procurado a prefeitura. No ano passado, três novas empresas chegaram ao município vindas de outras regiões, gerando 55 empregos diretos.
O secretário da Indústria, Comércio e Turismo de Rio do Sul, Dalcírio Bracello, diz que o município trabalha com a expectativa de crescimento de 15% a 20% da atividade industrial neste ano, em relação ao ano passado. De acordo com Bracello, a previsão é baseada no aumento da produção das indústrias já existentes e nas novas empresas interessadas em se instalar no município.
"Estamos investindo na qualificação da mão-de-obra, uma vez que não são apenas os incentivos que atraem novos investimentos. Temos interesse em atrair empresas de informática e tecnologia", enfatiza Bracello. Em Brusque, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico aprovou 70 projetos de incentivos fiscais e econômicos no ano passado. Em 98, o número de empresas beneficiadas foi de 47.
O secretário da Indústria e Comércio de Itajaí, Noemi dos Santos Cruz, garante que a atração de novas empresas é prioridade. "O impacto é imediato na economia local, uma vez que cada trabalhador contratado torna-se um consumidor no comércio local", explica. Cruz diz ainda que o município tem intenção de diversificar seu parque industrial. "Itajaí já foi um grande produtor de madeira, já concentrou a indústria têxtil e, mais recentemente, tornou-se o maior produtor de pescados do país. Manter uma atividade principal é temporariamente salutar quando essa atividade vai bem, mas em épocas de crise todos saem perdendo. Daí a necessidade de diversificar", acrescenta.


Lotes adequados são escassos

O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), com atuação em toda a Região Metropolitana, Ivar Luiz Braz, acredita que é preciso modernizar os imóveis empresariais. "De repente se descobriu que as propriedades industriais em nossa região, com especificações adequadas, ou foram retomadas pelos antigos proprietários para aumentar a produção ou locadas por empresas de fora", afirma.
Como exemplo da falta de imóveis, Braz cita uma empresa que importou recentemente novos equipamentos e precisa de um local para fazer os testes. "Essa empresa está atrás de um galpão grande para a instalação provisória das máquinas, mas o local tem que apresentar medidas específicas. Conclusão: não estou encontrando o que o cliente pede", explica Braz, que também é proprietário da imobiliária Unser Heim - especializada em imóveis empresariais.
Para Braz, com a chegada de novas empresas e ampliação das existentes, terão que ser criadas mais propriedades qualificadas. "Muitas propriedades se tornaram obsoletas nos últimos anos, juntamente com o maquinário interno, e terão que ser reformuladas", argumenta. O trabalho de adequação tecnológica, segundo ele, passa pela instalação de equipamentos de tratamento de efluentes, esgoto e filtros para emissão de poluentes.
"Isso é elementar nas instalações industriais modernas. Atualmente, em alguns casos, compensa mais derrubar o prédio e começar de novo", destaca Braz, que tem em seu cadastro 38 grandes propriedades não qualificadas, a preços baixos, mas que não vêm agradando aos investidores, principalmente empresários de outros países.


A Série
ticado.gif (1109 bytes) Domingo: Exportações puxam crescimento da indústria catarinense
ticado.gif (1109 bytes) Terça-feira: Empresas da Região dos Vales tentam recuperar mercado
ticado.gif (1109 bytes) Quarta-feira: Emprego começa a aparecer em todos os setores da economia
ticado.gif (1109 bytes) Quinta-feira: Impactos do crescimento econômico no comércio e nos municípios

 





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