O técnico Bernardinho admitiu não ter ficado satisfeito com a mudança de última hora da bola para o torneio de vôlei nos Jogos de Pequim. A alteração foi anunciada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) durante a disputa da fase final da Liga Mundial, no final de julho, e pode levar o Brasil a adotar outra estratégia de saque. Para o técnico brasileiro, o pouco tempo de adaptação dos atletas antes das Olimpíadas favorece a ocorrência de erros durante as partidas.

– Uma mudança em tempo não curto é errada – afirmou à Sportv, lamentando que a alteração não tenha sido feita no início de um ciclo. – Há muitos erros técnicos em função da pouca adaptação – explica.

A FIVB determinou a mudança na pressão interna da bola com o objetivo de tornar os jogos do masculino mais dinâmicos, com mais disputas nas jogadas. Mas para Bernardinho, por enquanto, isto não pode ser constatado. Na prática, as equipes principais têm preferido ser prudentes para não comprometer seus rendimentos em uma competição importante como as Olimpíadas. E o Brasil, que luta pelo bicampeonato, não pensa muito diferente.

– Alguns times estão optando pelo saque menos forçado. Nós temos de analisar se vamos usar isso contra adversários mais duros – pondera.

No jogo contra o Egito, Giba acredita que o Brasil ainda não estava à vontade com a nova bola.

– Estava difícil colocar a bola no chão. São apenas 15 dias treinando com ela, ainda precisamos nos adaptar – confirma o jogador.