Atletas deficientes mentais não poderão participar dos Jogos Parapan-Americanos, que ocorrem de 12 a 19 de agosto no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada por causa de uma fraude nas Paraolimpíadas de Sidney, em 2000, quando um jornalista espanhol se passou por uma atleta com deficiência mental e integrou a delegação de basquete do país. As informações são do site GloboEsporte.com.

O Comitê Paraolímpico Internacional decidiu que não haveria mais provas para deficientes mentais nos campeonatos promovidos pela entidade. A decisão vale, pelo menos, até 2008 nos Jogos de Pequim, quando será discutida novamente a possibilidade desses atletas voltarem ao programa.

– Essa situação é muito estranha. Eles dizem que o deficiente mental não participa dos Jogos de Pequim, entretanto, o Comitê Olímpico Brasileiro colocou no Parapan esportes que não estão em Pequim, já que a organização do país pode colocar as modalidades que desejar. E, mais uma vez, os deficientes mentais foram excluídos – criticou Adilson Ramos, presidente da Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais (Abdem).

Como a decisão foi tomada pelo Comitê Paraolímpico Internacional, nem o Comitê Paraolímpico Brasileiro e o Comitê Paraolímpico das Américas podem reverter essa situação.

– É uma pena, porque é um segmento grande de atletas, mas é um problema que vem se arrastando desde 2000, e que realmente precisa ser cuidado com muita atenção porque afeta diretamente a credibilidade do movimento paraolímpico – afirmou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico das Américas.