Chorão e Samuel Rosa com Cidade Negra. Zeca Baleiro com Charlie Brown Jr. Marcelo D2 com O Rappa e Ira! O Planeta Atlântida de 2001 teve diversas surpresas.

A começar por um show eletrizante do Nenhum de Nós, artista surpresa daquela edição, que fez releituras acústicas de alguns dos maiores sucessos com Diga a Ela, Camila Camila, Vou Deixar que você se Vá, Astronauta de Mármore e Paz e Amor — que teve ainda o áudio de All you Need Is Love ao final.

Mas foi a junção de bandas de diferentes vertentes do pop nacional que fez da primeira noite do festival algo inesquecível.

A série "convidados" começou já no primeiro show: os gaúchos da Ultramen chamaram manos rappers das bandas D. R. O., Revolução, Groove James e Da Guedes, além do gaiteiro Gilberto Monteiro, para temperar o hip hop gaudério Peleia.

À noite, Zeca Baleiro deu sua canja com os santistas do Charlie Brown Jr., dividindo com o vocalista Chorão os versos de Proibida pra mim, temperando ainda mais um show que foi praticamente unanimidade entre os planetários: todo mundo pulava e cantava junto.

O encontro mais importante viria no final do show do Cidade Negra: Toni Garrido chamou ao palco Samuel Rosa (do Skank) e Chorão para cantarem O Erê. Foi um dos momentos de maior glória de toda a noite, que reuniu três das bandas dissidentes do Rock in Rio 3. De quebra, o Cidade Negra encerrou o show lembrando o rock dos anos 80, tocando Tempo Perdido, do Legião Urbana, ainda com Chorão no palco. Emoção total entre músicos e público.

A mais inusitada das jam sessions rolou no show de encerramento, a cargo dos paulistas do Ira!. O vocalista Nasi chamou ao palco Marcelo D2 e seus asseclas do Planet Hemp para detonarem uma versão incendiária de Vitrine Viva. Foi um misto do rock dos anos 80 e o rap-hardcore dos 90.