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O ano do Leão  | 11/11/2008 10h21min

Avaí recebe o Brasiliense para fazer história e conquistar o acesso

Torcida não se importa de comemorar a conquista da vaga na Série A sem o título

Jean Balbinotti  |  jean.balbinotti@diario.com.br

Quando o Avaí entrar em campo nesta terça, a partir das 19h30min, para enfrentar o Brasiliense, o olhar de uma nação estará centrado em 11 guerreiros. Jogadores que poderão ter o privilégio, se vencerem a partida, de ingressar definitivamente na história do clube que nasceu há 85 anos, em Florianópolis.

E o mais inédito: serão heróis sem carregar a faixa de campeão no peito — o Corinthians faturou o título por antecipação, na última rodada. Mas isso, para os avaianos, é apenas um detalhe. O que realmente importa para a torcida azurra é chegar à Série A. Tanto que a Ressacada deve ficar pequena esta noite.

As intermináveis filas de veículos que se formam nas imediações do estádio em dias de grandes jogos atingirão o seu ápice. Problema? Nada disso. É dia de festa para a nação azurra, dia de comemorar o acesso. E o Avaí sabe disso. A quatro rodadas do término da competição — incluindo o jogo desta terça —, o Leão confirma o ingresso à Série A com uma vitória simples.

Se não puder ir à Ressacada assistir de perto ao jogo que pode colocar o Avaí na Série A em 2009, o torcedor pode acompanhar todos os lances da partida pelo Minuto a Minuto do clicRBS.

Em 2001 e 2004 ficou no quase

Desde a implantação deste sistema de disputa, nos anos 1990, o Leão chegou próximo da vaga em duas oportunidades. Na primeira delas, em 2001, disputou um quadrangular final com o Figueirense, Paysandu-PA e Caxias-RS, e perdeu a vaga para o maior rival, o Figueirense, e para o Paysandu, na última rodada.

Três anos depois, o Avaí beliscou a vaga novamente. Chegou à ultima rodada podendo perder o jogo para o Fortaleza por 1 a 0. Acabou eliminado ao ser derrotado por 2 a 0. Agora, a situação é outra. O acesso é questão de tempo — 90 minutos, para ser mais preciso —, e três pontos levam o Leão à elite.

Torcida eufórica

Condição que mexe com os brios dos torcedores ilustres, como o tenista Gustavo Kuerten.
 
— Para mim será o maior momento da história do clube, a maior conquista. Um momento de alegria e felicidade imensurável — disse.

O mesmo sentimento é compartilhado pela diretora social do Avaí, Nezi Brina Furlani, de 71 anos, que se diz bastante ansiosa pela confirmação da vaga.

— É muito emocionante para mim viver esse momento. Lutamos muito para chegar até aqui e, agora, falta muito pouco para atingirmos o nosso objetivo. Agradeço a Deus todos os dias por me dar essa oportunidade — afirma Nezi, que terá o apoio dos filhos e netos na noite desta terça, na Ressacada.

O advogado Tullo Cavallazzi Filho também tenta segurar a euforia. Filho de um dos torcedores-símbolo do Avaí, Tullo Cavallazzi, que faleceu neste ano, ele diz que o segredo do sucesso do clube do coração é a união do grupo de jogadores, dirigentes e comissão técnica.

— Esse momento representa o início de uma nova caminhada. Demoramos para chegar à elite, mas agora queremos curtir cada minuto — observou Tullo, que não esquece da importância do pai neste processo.

— Ele sempre foi um aglutinador, fez parte dessa obra.

Os avaianos não têm dúvida disso. Sabem que o seu Tullo, um ferrenho defensor das cores azul e branca, estará observando, de algum lugar, cada movimento, cada lance dessa histórica partida. Até porque toda grande obra tem início, meio e fim. E este último item, o fim, nunca esteve tão perto de acontecer.

Para o jogo, Silas tem o desfalque de André Turatto, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Marquinhos, que levou cartão vermelho no jogo contra o CRB, no último sábado.

Para a vaga de Turatto, o escolhido é Rafael, gêmeo de Cássio, com quem formará dupla de zaga. Fabrício, que jogou meio tempo na Copa SC no domingo, ficará no banco.

Já no meio, permanece o mistério. Mas a briga pela vaga fica entre Odair e Juliano. O lateral-direito Ferdinando está recuperado da lesão no púbis e vai concentrar com o time.

As combinações

O Avaí tem 63 pontos e, se vencer, chega aos 66 pontos, garantindo a vaga. Neste caso, apenas o Vila Nova, quarto colocado, com 55 pontos, e Barueri, quinto com 54, poderiam alcançar essa pontuação.

O detalhe é que ambos se enfrentam nesta rodada e, assim, apenas um deles pode alcançar o Leão. Como quatro equipes sobem para a elite, o Leão, na pior das hipóteses, terminaria em quarto lugar e não poderia mais ser alcançado pelo quinto colocado.

Se empatar o jogo, o Avaí chegará aos 64 pontos e terá que torcer pelo tropeço do Barueri diante do Vila, que atingiria, no máximo, 63 pontos. Neste caso, classificaria.

Empate do Avaí e empate entre Vila Nova e Barueri não serve. Isso porque o Vila poderia chegar aos 65 pontos, ultrapassando os 64 do Avaí, e o Barueri poderia atingir os mesmos 64, mas com um número maior de vitórias (20 do time paulista contra 17 do Leão).

Neste caso, os paulistas teriam que vencer os últimos três jogos e os avaianos perderem os últimos três. Derrota do Avaí para o Brasiliense adia a classificação para a rodada seguinte, contra o Bragantino, fora de casa.

Cuidado especial

A diretoria do Avaí alerta para que, em caso de classificação antecipada, o torcedor não invada o campo. Se isso acontecer, o clube pode perder o mando de campo na continuidade da Série B deste ano ou, quem sabe, na elite em 2009.

Estacionamento

A diretoria do Avaí atendeu a uma solicitação feita pela Polícia Militar e vai liberar os estacionamentos fechados do Estádio da Ressacada da cobrança de taxa. Assim, os primeiros torcedores que chegarem ao local ocuparão as vagas disponíveis. A intenção da PM é melhorar o fluxo de veículos.

 
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