Não espere ouvir os maiores sucessos de Maria Gadú no show que chegará a Joinville na sexta-feira. Nem crie a expectativa de se encontrar com a mesma cantora apresentada nacionalmente em 2009. O trabalho que traz a paulista pela primeira vez à cidade tem a atmosfera de um novo momento da artista – mais madura, naturalmente, mas também em busca de novidades.

– Este disco (o terceiro com repertório inédito) nasceu de uma vontade pessoal de mudança, de voltar a estudar guitarra e descobrir novas sonoridades – conta Gadú.

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Na turnê de Guelã, que significa gaivota em dialeto crioulo, não há espaço para Shimbalaiê – que há alguns anos está fora do setlist dos shows no Brasil. Mas a apresentação também não contempla exclusivamente as faixas do novo trabalho. Algumas canções são revisitações, como Paracuti, gravada apenas no DVD Multishow ao Vivo, mas nunca levada ao palco em outras turnês, o que revela o quão criteriosa a artista tem sido em manter a atmosfera proposta pelo álbum.

– Houve um preciosismo maior no Guelã do que nos projetos anteriores, tanto que tomei para mim a produção – compara.

Receptividade e envolvimento do público

A renovação está marcada também na banda que passa a acompanhá-la – apenas o violoncelista Federico Puppi, que é coprodutor do disco, permanece. Todos os músicos tocam mais de um instrumento, inclusive Gadú. Sem firulas, o palco é “basicamente som e luz”, resume.

– O show não é intermitente, é quase como se fosse uma apresentação teatral. As pessoas não filmam, pois ficam tão envolvidas que quando veem já acabou – brinca a cantora, que comemora a boa receptividade do público.

Guelã conta com foto de capa de Catharina Suleiman, em um projeto gráfico de Luisa Corsini. As faixas são quase todas de Gadú, compostas sozinha ou em parcerias, como Obloco, Semivoz e Sakédu. Há harmonia até em Trovoa, uma exceção presenteada por Maurício Pereira e que, segundo a artista, entraria no repertório de qualquer jeito.

A turnê começou no Sudeste, veio ao Sul e ao Nordeste e agora volta para passar por Joinville, única cidade do Estado no roteiro recente de shows. A passagem faz parte do projeto Palco Incorposul, que já realizou a apresentação de Mario Ghanna no ano passado. A abertura ficará por conta do Semba Trio, grupo joinvilense que fará releituras dançantes de sucessos da música brasileira.

Agende-se

O quê: show da cantora Maria Gadú
Quando: sexta-feira, às 21h
Onde: Yelo Stage (Avenida Procópio Gomes, 358, Joinville)
Quanto: R$ 80 e R$ 40 (meia) – pista. R$ 110 – camarote e mezanino. R$ 900 – mesa com seis lugares. Valores de 2o lote. Desconto de 30% para Clube do Assinante. Vendas no local, na sede da Incorposul (Rua Marcílio Dias, 204, Santo Antônio, Joinville) e nas lojas Multisom. Online pelo palcoincorposul.com.br