| 04/11/2008 03h22min
Panela de pressão gigante, a Bombonera está outra vez no caminho do Inter. Por duas vezes o time gaúcho viu o estádio do Boca Juniors ferver: 2004 e 2005, derrotas por 4 a 2 e 4 a 1, respectivamente. Para não deixar isso acontecer novamente e voltar para Porto Alegre com a classificação para as semifinais da Copa Sul-Americana, os repórteres hermanos têm uma recomendação bastante simples: manter os nervos no lugar. 
Não ouvir nada 
A proximidade da arquibancada e dos camarotes do campo aliado ao formato, que lembra um grande caixote, dá ao estádio uma acústica toda especial. 
– A famosa força da torcida 12 contagia os jogadores a qualquer momento da partida. Algumas equipes sentem a pressão – explica Sebástian Torok, repórter do Jornal La Nación. 
A dica: foco total no campo e, como se fosse possível, tentar ignorar o barulho dos torcedores. 
Agüentar a 
tremedeira 
Ramiro Scandolo, repórter do Diário Olé, conta que na Argentina a 
fama da Bombonera ganhou um impulso especial no dia 8 de maio de 1991. O Flamengo disputava a segunda partida das quartas-de-final da Libertadores daquele ano depois de ganhar do Boca Juniors por 2 a 1, no Rio. Na saída do vestiário, o lateral-esquerdo Júnior disse que os companheiros não deveriam temer a Bombonera porque estavam acostumados ao Maracanã. 
– E outro jogador disse: “Mas o Maracanã não treme” – conta Scandolo. 
Para o repórter, a sensação local é de que as equipes estrangeiras têm um respeito maior pela Bombonera do que os times argentinos. Ele aconselha os brasileiros a se espelharem no Paysandu, em 2003 – venceu por 1 a 0 com gol de Iarley, com um jogador a menos em campo. 
Suportar 30 minutos 
Torok e Scandolo dizem que manter a posse de bola e agüentar os 30 minutos iniciais são essenciais na busca de um bom resultado. Claro que a recomendação não é garantia de bom resultado. Um 
exemplo: a primeira partida do Inter lá, quando a equipe resistiu o 
primeiro tempo inteiro e Rafael Sobis marcou 1 a 0 aos 25 segundos do primeiro tempo. Depois que o Boca empatou, a torcida fez o resto. 
– Se cria um clima nos adversários, uma pressão psicológica de que é difícil vencer – analisa Scandolo. 
Assustar o Boca 
Ninguém melhor do que D’Alessandro e Guiñazu para acalmar os ânimos do Inter na quinta-feira. Os argentinos jogaram inúmeras vezes na Bombonera. Já Alex pede atenção aos detalhes e recomenda: 
– Temos que dar uns sustos neles. 
A força do Boca na Bombonera 
NO ARGENTINO 
- quatro vitórias 
- um empate 
- duas derrotas 
- 21/9 – Boca Juniors 2x3 Tigres 
- 5/10 – Boca Juniors 1x2 Estudiantes 
NA SUL-AMERICANA 
23/9 – Boca Juniors 4x0 LDU 
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