Leandro Behs
							
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O fracasso na Copa do Brasil acarretará mudanças no Inter. A primeira delas deve ser o retorno de Sorondo à defesa. O uruguaio enfrentará o Palmeiras, amanhã, no Parque Antártica. 
Abel Braga mostra disposição em apostar no retorno do zagueiro de estilo "xerifão". Seria o ideal para um jogo fora de casa e em que o time necessita recuperar a auto-estima. Para isso, no entanto, um estrangeiro ficará de fora. O colombiano Orozco é o maior candidato. 
O técnico relacionou os quatro para viajar a São Paulo. Mas a legislação brasileira permite que apenas três assinem a súmula. 
— Um dos quatro ficará na arquibancada. Não é culpa minha, é a lei — lamentou Abel. 
As fracas atuações do também colombiano Bustos recomendariam sua saída do time. Mas ele deve seguir pelas carências na lateral-direita. Wellington Monteiro ainda levará 40 dias para se recuperar da fratura no tornozelo. Jonas, o outro lateral, está em baixa pela atuação em 
Recife 
Abel só não usou Sorondo contra o 
Sport pelo desgaste físico que sofreu por atuar tempo inteiro contra o Vasco. Foi sua primeira partida depois de seis meses em recuperação de cirurgia no joelho esquerdo.
 

Sorondo fez coro a Abel e lamentou a limitação do número de estrangeiros, apesar de sua volta ao time titular ser quase consenso no Beira-Rio. Ele deve ser o líbero, no lugar de Orozco, e formará zaga com Índio e Marcão. Em 2007, ele atuou ao lado colombiano até se lesionar. 
— A lei é injusta. Trabalhamos para jogar. É muito ruim que um de nós quatro (estrangeiros) sempre tenha que ficar de fora de jogos importantes. Mas o esporte não é justo — protestou Sorondo. 
Sorondo recusa o rótulo de time caseiro, conferido ao Inter depois da 
eliminação em Recife. Lembra a conquista da Libertadores de 2006 para reforçar sua tese de que o time alcança bons resultados como visitante: 
— Não é por uma derrota que o trabalho está errado. Fomos mal em uma partida e só. Ninguém esquece de jogar. Muitos dos que estão aqui foram campeões da América jogando bem fora de casa. 
O estrangeiro que entra 
Contratado no dia 31 de agosto, Sorondo, 28, participou de nove jogos pelo Inter e marcou um gol, de cabeça, contra o São Paulo. Chegou ao Beira-Rio respaldado pelas boas atuações no Defensor, pela Libertadores, e pelo currículo. Defendeu o Uruguai, jogou um ano na Inter, de Milão, e defendeu Charlton e Crystal Palace, da Inglaterra. É um sujeito discreto, de poucas palavras e que domina o italiano e o inglês. Depois de 186 dias em recuperação de lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo, voltou a jogar no último domingo. 
— Foram seis meses parado. Já pude 
readquirir um pouco de ritmo de jogo contra o Vasco. 
Acredito que jogando mais 180 minutos estarei 100% outra vez — disse Sorondo. 
O estrangeiro que sai Orozco, 29, lembra cada detalhe dos seus nove meses no Inter. Ficou seis jogos na reserva antes de estrear. Depois substituiu Sorondo, suspenso, e seguiu quando Marcão foi flagrado no doping por uso de finasterida. A cirurgia do uruguaio o manteve no time até agora. Seu currículo registra jogos pela Colômbia e passagem por Racing-ARG e Dorados-MEX. 
— Provei ao Abel que posso ser titular. Sei que não podemos jogar os quatro estrangeiros juntos. Entenderei a situação, caso não atue — disse o colombiano. 
Gringômetro do Beira-Rio Guiñazu - É titular indiscutível no meio-campo 
Sorondo - Era titular até se lesionar. Tem a confiança de Abel. Vai bem pelo alto, é eficiente e tem liderança. Por isso, vai voltar ao time 
Bustos - Virou titular 
da lateral-direita com a lesão de Wellington Monteiro. Sua atuações não empolgam, mas há 
carências na posição e isso o beneficia 
Orozco - Foi titular desde que chegou. Primeiro pela suspensão de Marcão. Depois pela lesão de Sorondo. Atua melhor como líbero e isso o limita na disputada corrida por lugar na zaga. Também joga de volante, mas para a posição há Edinho, Danny e Maycon. Cometeu erros no Gauchão que causaram desconfiança.