| 16/07/2008 20h24min
A volta ao Brasil do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, prevista para ocorrer nesta quinta-feira, representa o avanço do Estado brasileiro no combate aos criminosos, segundo afirmou nesta quarta o ministro da Justiça, Tarso Genro. 
— Mostra que a Justiça brasileira pode demorar um pouco, mas ela não falha, e isso significa que a impunidade no Brasil está terminando. O Brasil teve confiabilidade para fazer técnica e politicamente uma extradição de um país, que não que ter o prestígio de praça de proteção para condenados de outro país — ressaltou Tarso, ao se referir ao deferimento pelo Principado de Mônaco do pedido de extradição de Cacciola, feito pelo governo brasileiro. 
O ministro também minimizou a importância do perfil do extraditado diante do fato. 
— Para nós interessa muito pouco quem é ele, qual o seu passado e suas relações políticas. O senhor Cacciola está voltando porque é um condenado da Justiça brasileira — disse Tarso. 
Cacciola foi condenado no Brasil, em 2005, a 13 
anos de prisão pelo crime de desvio de dinheiro público e de gestão fraudulenta. 
Ele foi preso no principado de Mônaco em setembro de 2007 por agentes da Interpol, depois que a 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro expediu o mandado. 
Decisão do STJ 
Tarso ainda comentou o pedido dos advogados de Cacciola ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para que o ex-banqueiro, ao chegar no Brasil, não seja algemado ou transportado na parte de trás de um camburão policial. 
— Não expor deliberadamente o custodiado já é uma recomendação nossa. Em relação às algemas, o agente que cumpre o mandado de custódia deve resolver, com base na segurança, independente da condição de classe da pessoa. Mas se o STJ disser que ele (Cacciola) não pode ser algemado o agente vai cumprir o que for determinado — disse Tarso. 
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