A ministra da Cultura Ana de Hollanda não virá mais a Florianópolis abrir a reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic) nesta quinta-feira à tarde. No encontro, o grupo decidirá se a captação de recursos pela Lei Rouanet para restauração da Ponte Hercílio Luz será liberada. Ao que tudo indica, ela mudou a agenda para prestar esclarecimentos ao Senado sobre a denuncia de suposto favorecimento ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

A assessoria de imprensa não confirmou e justificou o não comparecimento da ministra em Florianópolis a necessidade de participar de uma reunião sobre audiovisual, no Rio de Janeiro. Integrantes da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, que estão em Florianópolis, alegaram até que Ana de Hollanda não viria porque o governador Raimundo Colombo também não iria comparecer.

Mas, o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, José Natal Pereira informou que a ministra tinha que dar uma resposta aos questionamentos do Senado.

— A ministra não poderia vir porque foi convidada a prestar esclarecimentos por causa do problema do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). É uma polêmica que já ocorre há algum tempo. Já que ela não vem, o governador foi cumprir agenda no Oeste por causa da estiagem — lembra Natal.

Mesmo sem a ministra, a reunião do Cnic seguirá normalmente até esta quinta-feira. A plenária dos comissários, marcada para às 15h, será presidida pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes. Estão em análise 500 projetos em busca de renúncia fiscal, entre eles o da Ponte Hercílio Luz. A proposta é para captar R$ 76,8 milhões para finalizar a estrutura provisória, que salvaria a ponte de um possível colapso.