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Mobilidade urbana  | 13/03/2012 11h58min

Duplicação da Rua Deputado Antônio Edu Vieira, em Florianópolis, sai da pauta da UFSC

Universidade Federal precisa ceder parte do seu terreno para que a via seja ampliada

Ângela Bastos e Gabrielle Bittelbrun  |  angela.bastos@diario.com.br e gabrielle.bittelbrun@diario.com.br

Em reunião na manhã desta terça-feira, o Conselho Universitário da UFSC não aprovou a cessão de um terreno do campus à prefeitura de Florianópolis, para as obras de duplicação da rua Deputado Antônio Edu Vieira, no bairro Pantanal. Em decorrência dos pareceres desfavoráveis à doação da área, o retiro Alvaro Prata avocou o processo, retirando o assunto da pauta.

A intenção é que um novo parecer sobre o caso seja submetido para votação nas próximas semanas. Os conselheiros pediram, na reunião de terça-feira, para que a prefeitura aprimore a proposta de duplicação, desenvolvendo estudos de impacto de solo e atendendo às solicitações da comunidade. Na opinião dos conselheiros, só aprimorando a proposta seria viável a doação do terreno.

A rua é um acesso importante à Universidade e um dos "gargalos" no trânsito na região. Atualmente, passam cerca de 37 mil veículos pela rua todos os dias. A duplicação é considerada fundamental para a mobilidade da cidade, mas será necessária a desapropriação de várias casas, prédios e uma parte do terreno da UFSC.

Desde 2003 o assunto vem sendo debatido, tendo já sido aprovado um projeto para a obra. Porém, a falta de um documento que provasse ter a UFSC repassado a área para a prefeitura executar a duplicação emperrou a questão. O projeto tem duas fases. A primeira trata da duplicação da via entre os trevos da UFSC (onde se localiza o Restaurante Dona Benta) e o da Eletrosul. A área entre o Armazém Vieira e a Eletrosul passaria por revitalização ao longo de 900 metros. O custo está estimado em R$ 6 milhões.

Irritado com os impasses burocráticos, o prefeito Dário Berger (PMDB) chegou a declarar que a obra dificilmente sairia na sua administração. Foi uma forma política de pressionar a universidade, instituição que pelo fluxo de pessoas que circulam na área tem responsabilidade sobre o trânsito engarrafado especialmente em horas de pico.

— A obra é fundamental para melhorar o trânsito na cidade, especialmente em um momento quando a cidade se prepara para o BRT (Trânsito Rápido de ônibus) ligando o Centro e aquela área da cidade — sugere João Batista, vice-prefeito e secretário de Transportes e Mobilidade de Florianópolis. A obra está no Plano Diretor e consta como uma das obras previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) da prefeitura de Florianópolis para o Bairro Pantanal.

Ex-presidente do Conselho Comunitário do Pantanal (CCPan) por quatro vezes, o líder comunitário Romeu Franzoni Júnior acha que a UFSC tem obrigação de ceder a área:

— Um problema como o trânsito no Pantanal deve ser tratado com a seriedade proporcional ao tamanho dos engarrafamentos, e devemos buscar resolver a situação na velocidade inversamente proporcional à dos carros nos horários de alto movimento.

O reitor Álvaro Prata diz que o parecer da procuradoria da UFSC é favorável à cessão, mas o caso não chegou a avançar na última reunião do conselho porque a universidade estava em férias.


>> Confira a arte com as alterações

DIÁRIO CATARINENSE
Flávio Neves / Agencia RBS

A obra, de um quilômetro, é considerada fundamental para a mobilidade da cidade
Foto:  Flávio Neves  /  Agencia RBS


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