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Floripa 285 anos  | 23/03/2011 07h12min

No aniversário da cidade, moradores contam qual a magia de Floripa

Conheça as histórias de alguns bairros na capital catarinenses e como é morar neles há mais de 20 anos

Florianópolis comemora seus 285 anos nesta quarta-feira, dia 23, e para homenagear a Ilha da Magia - sem esquecer de sua porção continental -, o Pense Imóveis entrevistou moradores de diferentes bairros da cidade. Cada um fala o que mais gosta do local onde vive há mais de uma década, como a região se transformou e o que quem está pensando em se mudar precisa saber sobre a área. Confira as histórias.

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No continente
A atendendente Graça Kemper se mudou para Coqueiros, no Continente, quando casou. Ela e o marido tiveram a oportunidade de comprar o terreno e ergueram ali uma casa de quatro quartos. De lá pra cá, já 20 anos se passaram. "Gosto de tudo aqui, da tranquilidade, da facilidade de transporte, da infraestrutura", conta a moradora. De ônibus, ela diz que chega em 10 minutos ao centro da cidade, e no bairro também há opções de supermercado, farmácias, postos de gasolina, escola de inglês, lavanderia. Além disso, a praia (embora imprópria para banho) fica a 10 minutos andando, e no início do bairro o Parque de Coqueiros se configura como uma opção de lazer. "Não me imagino morando em outro lugar", finaliza Graça.

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Parque de Coqueiros tem pista de caminhar e ciclovia, quadra e brinquedos

Perto de tudo
Atravessando a ponte, encontramos Maria das Dores Kindermann, moradora da região central de Florianópolis há 17 anos. Ela morou com a família por cinco anos na Avenida Beira-Mar Norte, mas a via, uma das principais da Ilha de Santa Catarina, tinha muito barulho e a família optou por se mudar.

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Movimento na Beira-Mar incomodava moradora

Hoje, estão há mais de doze anos em um apartamento de três quartos no coração do Centro. E não é mais barulhento? A professora aposentada garante que não, e diz que até hoje ainda não achou nenhuma desvantagem em estar na região.

"É uma área muito bem localizada, fica perto de tudo, tem supermercado, escola para as crianças, e tem todas as lojas do centro para fazer compras", enumera Maria das Dores. Ela destaca, ainda, a facilidade de locomoção, tanto graças às linhas de ônibus executivo - conhecidos na capital catarinense como "amarelinhos", por causa da cor da carroceria, e em outras cidades chamados de "lotação" -, e às de transporte coletivo regulares. "Fora a proximidade com o terminal do Centro e a economia com o estacionamento, já que o carro pode ficar na garagem do apartamento e a gente faz as coisas a pé", continua a moradora.

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Visão aérea do Centro de Florianópolis

E a segurança, sendo cercada de prédios e estabelecimentos comerciais? Segundo a professora aposentada, os guardas dos edifícios de escritórios ajudam na segurança, e a proximidade com a Central de Polícia Civil garante o bom policiamento do local. "É muito bom morar aqui", resume.

Universidade e shopping
Quem também não troca o local onde mora é a bancária aposentada Izilda Monteiro, que está há 21 anos no Córrego Grande. Antes disso, foram cerca de quatro anos no bairro do lado, o Santa Mônica, enquanto a casa de cinco quartos atual estava sendo construída. A escolha do bairro foi por causa da proximidade do trabalho do marido, quando o casal veio da cidade de São Paulo com o filho de dois anos. Pesou também a proximidade do bairro com as universidades Federal e do Estado de Santa Catarina (UFSC e Udesc), onde os pequenos estudaram depois que cresceram - o paulista já é formado, e o mais novo está na graduação. Quando ele colar grau e sair de casa, Izilda e o marido pensam em ir para um apartamento, "mas aqui na mesma região", acrescenta rápido.

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Horto Florestal do Córrego Grande é opção de lazer

A bancária aposentada lembra que há duas décadas a área era bem mais residencial e tranquila, e que hoje o trânsito está bem mais complicado, tanto por causa das instituições de ensino quanto pela construção de um shopping no bairro. Mas, pondera, como há muitos serviços na localidade, como supermercados, farmácias e as próprias lojas do shopping, é possível fazer muitas coisas a pé e evitar os congestionamentos. "E também tem o Horto Florestal do Córrego Grande e a própria Beira-Mar, para caminhar e se exercitar", lembra.

Sul da Ilha
E ao contrário da região das universidades públicas em Florianópolis mudou tanto em duas décadas, o oposto ocorreu com no bairro Carianos, no Sul da Ilha, onde mora a consultora de vendas Vera Lúcia do Nascimento. Também paulista, ela foi para a capital catarinense com o marido, e compraram a casa de quatro quartos na área por ser perto do trabalho dele. Mas a família gostou do lugar, eminentemente residencial.

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Visão interna do estádio do Avaí, time da capital catarinense

Nesses 20 anos, segundo a moradora, cresceu o número de loteamentos e de casas, principalmente nas proximidades do estádio do Avaí. E como é morar perto do reduto azurra? "Não tenho queixas, em dia de jogo tem bastante barulho, tem o trânsito, mas eu não me importo, dá movimento e fica mais alegre", conta Vera, corintiana mãe de dois avaianos. Ela ainda cita a questão da violência: "aqui não tem muito problema, é muito raro ter roubo". Como desvantagem, menciona o trânsito, um dos problemas da região, por causa do Trevo da Seta, onde foi inaugurado um elevado que deve desafogar os congestionamentos. "Mas a maioria das pessoas trabalha por aqui, então não é tão complicado", pondera a consultora.

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Trevo de Seta foi inaugurado na véspera do aniversário de Floripa

Por causa do trânsito, antes da inauguração do elevado, Adilson Pedro Martins levava cerca de uma hora para sair do trabalho, no Saco Grande, e chegar em casa, na Caieira da Barra do Sul, um dos bairros quase na extermidade da Ilha. E isso de carro. Por causa da distância dos outros bairros, o assistente organizacional não aconselha mudanças para a região. Mas só por isso, porque para quem é aposentado, ou "gosta de uma vida mais pacata", o morador recomenda o lugar, onde mora há 58 anos.

Segundo Adilson, muitos nativos acabaram deixando a área por bairros mais próximos ao Centro ou a seus locais de trabalho, e hoje a maioria das casas é de pessoas que só visitam a região para veraneio. Não é o caso dele, que nasceu no local e foi nele em que decidiu construir a casa de três quartos onde mora. "Antes, o pessoal aqui se dedicadava à agricultura e à pesca, meu pai tinha uma mercearia e vendia fiado, marcava no caderninho e no início do mês o pessoal ia pagar", lembra o o assistente organizacional. "Agora não tem mais plantação, mas a pesca ainda tem", comenta, acrescentando que, quando se aposentar, quer viver do mar.

Com a saída das pessoas originais da região, o morador notou também que algumas tradições se perderam, como os bailes e festas que a comunidade organizava no passado, e a música ao vivo no bar na beira da praia. "A associação de moradores ainda organiza bingos, alguns eventos menores, mas o bar fechou, e hoje os jovens têm que ir para outro bairro quando querem se divertir", observa o pai de dois jovens. Outro problema da região é que há poucos ônibus, que costumam circular lotados, de acordo com Adilson. Apesar disso, o morador afirma: "não sairia nunca daqui".

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DÉBORAH SALVES  -  Pense Imóveis
 

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