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 | 14/10/2010 13h31min

Vereadores presos em Maravilha são transferidos para o presídio de Chapecó

Mandados de prisão foram cumpridos na manhã desta sexta-feira

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Estão no Presídio Regional de Chapecó três dos quatro vereadores e um comerciante presos na manhã desta quinta-feira em Maravilha, no Extremo-Oeste de Santa Catarina.

Os cinco homens, que passaram a manhã na sede da Coordenadoria Regional de Investigações Especiais de Chapecó, são suspeitos de praticar concussão e corrupção passiva, além de lavagem e ocultação de dinheiro e formação de quadrilha.

Um dos vereadores continua na coordenadoria para prestar depoimento. Os outros foram transferidos ao presídio até serem chamados para também prestar depoimento. O comerciante preso é parente de um dos vereadores.

Os cinco mandados de prisão temporária foram expedidos após três meses de investigação da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado, que nomeou como "Parlamento" a operação.

Segundo uma nota divulgada no site do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a força-tarefa apurou a exigência de pagamentos indevidos para aprovação de pré-projetos de loteamentos e de outros procedimentos que são submetidos à apreciação à Câmara Municipal.

R$ 60 mil para aprovar projeto

Os vereadores presos fazem parte da Mesa Diretora. Também foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira. A operação apreendeu documentos e um cheque no valor de R$ 60 mil, uma das provas de que os vereadores teriam cobrado para aprovar projetos.

De acordo com a informação repassada por um dos integrantes da força-tarefa à equipe de reportagem do DC, a quantia do cheque foi o valor pedido para aprovar o projeto de um loteamento na cidade.

Em entrevista à rádio CBN Diário, o promotor do MPSC Alexandre Graziotin, um dos responsáveis pela operação, ressaltou que todos os mandados foram cumpridos nesta manhã.

— Agora entramos na segunda fase da operação, que é analisar o material apreendido. Esperamos que isso nos ajude a ampliar os elementos para a ação penal contra os envolvidos — ressaltou Graziotin.

Ação conjunta

A força-tarefa é composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, integrantes da Coordenadoria Regional de Investigações Especiais de Chapecó e das polícias Civil e Militar.

Com informações do repórter Darci Debona

DIARIO.COM.BR
Darci Debona / 

Vereadores foram levados ao presídio no início da tarde
Foto:  Darci Debona


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