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Eleições  | 11/09/2010 22h09min

Conheça os candidatos a vice-governador de Santa Catarina

Saiba mais sobre Eduardo Pinho Moreira, Manoel Dias e Guido Bretzke

As eleições estão chegando, e você já sabe quem são os candidatos a vice-governador em Santa Catarina? O Diário Catarinense mostra um pouco sobre os companheiros de chapa dos candidatos ao governo Angela Amin, Ideli Salvatti e Raimundo Colombo, e como eles podem ajudar ou atrapalhar a campanha.

Eduardo Pinho Moreira
Vice de Raimundo Colombo

De todos os que fazem parte das chapas majoritárias, é o único que passou pela administração do Estado. Foi eleito vice-governador com Luiz Henrique da Silveira, em 2002, e assumiu o governo quando LHS renunciou para disputar a reeleição, em 2006.

Eduardo Pinho Moreira (PMDB) começou 2010 com a expectativa de disputar o cargo de governador, mas recuou e ficou como vice na chapa de Raimundo Colombo (DEM). Por causa da desistência da candidatura, quase foi expulso do partido pelo diretório nacional.

— Foi realmente um momento muito difícil porque meu preparei para ser governador. Se fosse candidato, o Pavan também seria, e seria exercendo o cargo de governador, então eu seria oposição ao governo que elegemos — afirma, ao comentar a decisão de renunciar à candidatura mesmo depois de ser escolhido, nas prévias, como o candidato do PMDB ao governo.

Como candidato a vice na coligação As Pessoas em Primeiro Lugar, Moreira pretende usar essa experiência na administração do Estado para contribuir com Colombo. Além disso, como médico, o peemedebista acredita que poderá ajudar na área da saúde.

Formado em medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), especializado em cardiologia e segurança do trabalho, Moreira exerceu a profissão até o início do mandato como vice-governador, em 2003.

Ele é nascido em Laguna, mas construiu sua vida política em Criciúma. Filiado ao PMDB desde os 35 anos, além da passagem pelo governo, Moreira foi deputado estadual duas vezes, em 1986 e 1990; prefeito de Criciúma em 1992; e assumiu a presidência da Celesc em 1997 e 2007. Em 2000, disputou a prefeitura novamente, mas foi derrotado pelo candidato petista Décio Góes.

Aos 61 anos, Moreira diz que está preparado para assumir o governo caso Colombo seja eleito e precise se afastar.

Para Colombo, o peemedebista é uma liderança importante no Sul e um político qualificado, por isso foi escolhido para a vaga de vice.

— Há uma sintonia grande entre nós, somos amigos e temos uma carreira política parecida. Isso é muito importante — diz o demista.

No que ajuda
— Estrutura do maior partido de Santa Catarina
— Experiência administrativa como governador e vice

No que atrapalha
— Não é um nome muito popular
— Desgaste por desistir da disputa ao governo após vencer prévias do partido


Manoel Dias
Vice de Angela Amin

Militante desde os 18 anos, preso político no regime militar, Manoel Dias (PDT) é o vice pela coligação Aliança com Santa Catarina, que tem como cabeça de chapa Angela Amin (PP). Maneca, como é conhecido, foi vereador de Içara em 1964 e deputado estadual em 1966. Teve os mandatos cassados pela ditadura.

A primeira filiação foi ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), legenda fundada por Getúlio Vargas. Com a anistia, em 1979, o catarinense ajudou Leonel Brizola a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT).

A principal bandeira defendida pelos pedetistas é a educação, e essa é a área em que Maneca pretende dar uma contribuição maior, tanto na campanha, quanto no governo, caso Angela seja eleita.

— A Angela já incorporou isso e para nós a educação é prioridade — afirma o candidato.

Além das atividades de campanha, Maneca acumula as funções de presidente interino do PDT nacional e integrante do comitê de campanha da candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff. De acordo com ele, sua prioridade é eleger a presidente.

— A nação está acima de tudo. Não adianta eu ser vice-governador de uma pátria injusta, de um país que não ter perspectiva de avançar na inclusão social — diz.

Apesar de Angela adotar uma postura neutra com relação às eleições nacionais, Maneca afirma que não tem problemas em dividir os compromissos de suas própria campanha com os compromissos do comitê de Dilma.

Caso seja eleito junto com a pepista e precise assumir, eventualmente, o governo, o pedetista diz que está preparado para o cargo:

— Não estou pensando em assumir o governo até porque sou candidato a vice, mas me acho preparado. Eu que tive uma vida cortada muito moço, com a cassação, não pude realizar meus sonhos, quero agora retomar e aproveitar o resto da minha juventude para realizar esse trabalho.

De acordo com Maneca, ele e Angela não fizeram nenhum acordo de divisão do poder durante o mandato, caso sejam eleitos, mas conversaram que o governo será levado a quatro mãos.

Segundo Angela, além da área da educação, o PDT deverá agregar também na área do trabalho.

No que ajuda
— Mais tempo de TV para Angela
— Ameniza as críticas de que o PP não consegue fazer alianças

No que atrapalha
— Não se elege desde a década de 1960
— Apoiou a gestão LHS, principal adversário do PP, até às vésperas da eleição


Guido Bretzke
Vice de Ideli Salvatti

O empresário Guido Bretzke (PR) entrou na vida político-partidária há pouco mais de um ano. Ele afirma que quando se filiou ao Partido da República, não tinha a pretensão de disputar nenhum cargo eletivo, mas encarou como um desafio o convite de Ideli Salvatti (PT) para integrar a chapa como vice-governador.

Na campanha e no governo do Estado, caso seja eleito, o candidato tem a missão de representar os empresários. O objetivo da petista ao chamar um empresário foi repetir o mesmo perfil da chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado de José Alencar (PR).

— Meu papel dentro da campanha e no governo é de interlocução com a classe empreendedora. Além disso, represento o interior do Estado, para que o ele também esteja contemplado nas ações do governo. Ainda existe muita coisa a ser feita — diz o candidato.

Bretzke é de Jaraguá do Sul, no Norte do Estado. Tem formação em administração pela Universidade Regional de Blumenau, em marketing pela Faculdade Católica de Administração e Economia de Curitiba e pós-graduação em finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Para dedicar-se integralmente à campanha, licenciou-se da sua empresa. Segundo ele, as conversas com a candidata Ideli são diárias.

— Falamos sobre campanha, sobre plano de governo, sobre estratégia — afirma.

Como candidato a vice-governador pela coligação A Favor de Santa Catarina, aos 41 anos, Bretzke sente-se preparado a assumir o Estado caso Ideli seja eleita e precise se afastar do cargo. Segundo ele, sua experiência como empresário será fundamental.

— O governo é a soma de experiências e de contribuições, com a construção de uma estrutura de secretários competentes e pessoas dedicadas. O governador não é aquele que faz tudo, é aquele que coordena e direciona. — diz ele.

Segundo Ideli, Bretzke é um líder empresarial que agrega dinamismo, vigor e experiência administrativa à coligação.

— Santa Catarina é referência no setor empresarial quanto à força e organização. A fórmula que deu certo no Brasil com Lula e Alencar e vai dar certo também em Santa
Catarina — diz a candidata.

No que ajuda
— Ponte com o empresariado catarinense
— Experiência na iniciativa privada

No que atrapalha
— Falta de experiência política
— Nome desconhecido fora da região Norte

DIÁRIO CATARINENSE
Daniel Conzi, Daniel Conzi e Luciano Moraes / 

Da esquerda para direita, Eduardo Pinho Moreira, Manoel Dias e Guido Jackson Bretzke
Foto:  Daniel Conzi, Daniel Conzi e Luciano Moraes


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