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Eleições  | 12/06/2010 02h55min

Convenções das principais siglas definem chapas no fim de semana

Se no caso petista, tudo indica a oficialização da dupla Dilma-Temer, no PSDB reina dúvida sobre vice

A partir de hoje, se intensificam os processos de convenção nacional dos principais partidos do país. Depois de Marina Silva (PV), formalizada na quinta-feira, neste fim de semana será a vez de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) (veja quadro com as datas e horários abaixo).

No ninho tucano, ainda reina grande expectativa em torno do candidato a vice na chapa de Serra. Depois do assédio infrutífero ao ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB), outros nomes apareceram, como o do ex-ministro Pimenta da Veiga. Mas não está descartada a hipótese de a definição ser postergada.

A convenção ocorrerá hoje, em Salvador. Ontem, Serra se dedicou à redação do discurso que deverá fazer. No evento, num clube da capital baiana, cerca de 600 delegados votarão três pontos: indicação de Serra como candidato do partido, autorização para a executiva escolher o vice e autorização para se coligar com outras siglas, além das atuais aliadas.

Os pontos são uma demonstração de que o PSDB, apesar de desencorajado pelo comando do partido, ainda torce por uma aliança com o PP. Ao deixar as portas abertas, os tucanos, ao menos, tentam impedir que o PP se alie formalmente a Dilma.

No caso de Dilma, o PT acabou obrigado a ceder espaço para o PMDB em diversos Estados. Mas, no entendimento do partido, o esforço e até alguma perda de representatividade será compensada ao eleger a ex-ministra presidente.

– O quadro eleitoral mostra que o PT está viabilizando o objetivo central que é a eleição de Dilma – acredita o deputado José Genoino (PT-SP).

Ele ressalta que a estratégia petista prevê fazer bancadas maiores na Câmara e no Senado para garantir apoio parlamentar à Dilma. A intenção do PT é aumentar a bancada atual de 10 senadores para 16 ou 18 e crescer a bancada da Câmara, composta hoje por 79 deputados.

Aliança com Temer de vice deve ter 85% dos votos

O PMDB faz hoje sua convenção nacional que irá selar a aliança com o PT em torno da presidenciável Dilma Rousseff com a indicação de Michel Temer para vice. A parceria garante à ex-ministra mais 5 minutos e 46 segundos de tempo na propaganda de rádio e TV.

A avaliação da cúpula do partido é que Temer terá, pelo menos, 85% dos votos dos convencionais. Ainda há a opção da candidatura própria, com os nomes de Roberto Requião ou Antonio Pedreira É a primeira vez na história da sigla que haverá aliança nacional com o PT.

Em 2002, o PMDB indicou o vice de José Serra (PSDB), que será o principal adversário da petista nesta disputa. A chapa PSDB-PMDB perdeu a eleição para Lula

PDT apoiará Dilma de olho na ampliação da bancada

O PDT realiza hoje, em São Paulo, a sua convenção nacional, que irá oficializar o apoio do partido à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

Além do apoio formal ao PT, o PDT vai anunciar a estratégia por meio da qual pretende eleger uma bancada de 45 a 50 deputados federais nas eleições deste ano.

Atualmente o partido tem 23 cadeiras no Congresso.

– A prioridade partidária é a eleição de uma confortável bancada na Câmara dos Deputados e no Senado – disse o secretário-geral da legenda, Manoel Dias.

De acordo com o PDT, a política de alianças seguirá a tradição de respeitar as peculiaridades nacionais, mas seguindo a orientação nacional.

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