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Política  | 03/06/2010 10h49min

PMDB, PSDB e DEM discutem tríplice aliança, mas dúvida é sobre quem deixará disputa

Partidos analisam quem teria mais chance ao governo: Pavan, Colombo ou Moreira

Upiara Boschi  |  upiara.boschi@diario.com.br

A reunião com José Serra (PSDB) manteve aberta a possibilidade de reedição da tríplice aliança, mas não escondeu a maior dificuldade para o entendimento entre PMDB, PSDB e DEM: quem abriria mão da candidatura ao governo estadual?

Leonel Pavan (PSDB) deixou claro que só será candidato se não houver entendimento entre Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e Raimundo Colombo (DEM). O problema é um dos dois deixar a disputa.

Até a noite de quarta-feira, Moreira e Colombo ainda não haviam marcado uma nova conversa em busca do entendimento. No encontro com Serra, com a participação do ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e do senador Sérgio Guerra (PSDB-CE), presidente nacional do PSDB, ficou acertada uma nova rodada na próxima semana. Enquanto isso, PMDB e DEM conversariam no Estado.

Pinho Moreira é o mais cético quanto à reaglutinação da aliança que deu a reeleição a Luiz Henrique da Silveira (PMDB) em 2006. O peemedebista avalia que o gesto de Pavan é um avanço em relação às últimas discussões, mas duvida do consenso com Colombo.

— Eu acredito em um cenário de múltiplas candidaturas, quatro ou cinco — diz.

Na avaliação de Moreira, o gesto do tucano traz embutido a decisão de também sair candidato caso não haja entendimento entre PMDB e DEM. Ele destaca que está com a candidatura estruturada e respaldado pela prévia realizada em março, quando venceu o prefeito de Florianópolis Dário Berger na disputa pela indicação do partido.

— Fizemos 36 reuniões em todo o Estado nos últimos dois meses, o partido está estruturado, já estamos com uma agência de marketing contratada, uma equipe de advogados. Vou desistir por quê? Por causa da pesquisa? Isso é algo de momento e as experiências que se sucederam mostram isso — sustenta.

Raimundo Colombo concorda que tanto ele quanto Moreira teriam dificuldades de explicar aos próprios partidos uma possível desistência.

— É uma realidade. Vamos conversar com o Eduardo para ver se existe disposição para o entendimento. Se não houver, cada um lança sua candidatura e vamos levar as ideias para frente — afirma.

O senador diz que o encontro com Serra foi positivo e elogiou a posição do governador Pavan em nome do entendimento. Preferiu não fazer prognósticos sobre o futuro da tríplice aliança, mas deu sinais de que a reaproximação com o PSDB é a prioridade atual.

— O Pavan foi muito feliz em seu posicionamento e eu não tenho dúvida de que nós e o PSDB estaremos juntos. O Serra nos aproxima — diz.

Clique na imagem e veja a situação de cada pré-candidato ao governo:

 

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