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Política  | 11/05/2010 15h23min

Marina defende 'terceira geração' do Bolsa-Família

Pré-candidata diz que projeto deve focar na profissionalização de jovens

Pré-candidata do PV à presidência da República, a senadora Marina Silva defendeu nesta terça, no Rio Grande do Norte, a implementação daquilo que chamou de "terceira geração do programa Bolsa-Família". Marina explicou que a ideia é continuar com a distribuição de renda, mas focando na profissionalização dos jovens:

— A primeira geração era o sacolão, não era o melhor caminho. A segunda geração foi o Bolsa-Família, transferência direta de renda com contrapartida simples, e a terceira geração deve promover a inclusão produtiva. Mantém-se o Bolsa-Família para as famílias em situação de risco e se faz investimento pesado em educação, para que os jovens tenham profissionalização e sejam incluídos produtivamente — disse a pré-candidata, que está em Natal para cumprir agenda de dois dias.

O projeto da ex-ministra do meio ambiente para o Nordeste inclui um plano de desenvolvimento sustentável semelhante ao que elaborou para Amazônia na época que estva no ministério:
— Tem que se ter um Plano de Desenvolvimento Sustentável para o Nordeste brasileiro da mesma forma que fizemos para a Amazônia. Infelizmente o ministro Mangabeira Unger não implementou, mas foi um esforço fantástico que teve a participação de 22 Ministérios, onde trabalhamos os eixos para o desenvolvimento sustentável da região amazônica.

Com relação à corrida eleitoral, Marina lamentou a retirada da candidatura de Ciro Gomes e alfinetou os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que teriam, em sua visão, "dificuldade para lidar com a alternância de poder":
— Lamento profundamente que Ciro Gomes não seja candidato, porque isso ampliaria a possibilidade de escolha para os eleitores brasileiros. As pessoas fazem malabarismos para evitar que se tenha um leque maior de opção porque elas têm dificuldade de lidar com a ideia de alternância no poder — analisou.

A pré-candidata do PV também chamou a atenção para o que definiu de "realinhamento" entre PSDB e PT e disse que, se eleita, deseja governar com o que existe "de melhor" nesses partidos:
— É fundamental o realinhamento histórico entre PT e PSDB, se ganhar vou querer governar com os melhores. Se PT e PSDB continuarem sem conversar, o Brasil vai sempre ficar de mal a pior. O PSDB tentou governar sozinho e ficou refém do que havia de pior dos Democratas. O PT tentou governar sozinho e ficou refém do que havia de pior do PMDB.

Agência Estado
 

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