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Geral  | 28/07/2013 09h04min

Em Copacabana, Papa celebra missa que encerra a Jornada Mundial da Juventude

Cerca de três milhões de pessoas acompanham a celebração

Atualizada às 12h58min

Em Copacabana, o Papa Francisco reza a Missa de Envio, que marca o encerramento da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro. Um público estimado em três milhões de pessoas participou da celebração, que começou às 10h. Além da presidente Dilma Rousseff, prestigiaram o evento outros chefes de Estado: Cristina Kirchner, da Argentina e Evo Morales, da Bolívia. 

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Antes do início da cerimônia, jovens realizaram um flash mob, apresentado como "o maior do mundo". Trata-se de uma dança coreografada seguida pela multidão que aguardava o início da missa de encerramento. A dança foi encenada também pelos bispos e cardeais que já estavam no palco. Padres, freiras e leigos dançaram animadamente. 

No trajeto de papamóvel até o palco, Francisco passeou animado por toda a extensão da praia. Ele beijou várias crianças e bebês e não parou de acenar para fiéis e voluntários da JMJ, que formavam um cordão de isolamento para sua proteção.  O pontífice aceitou uma cuia de chimarrão dada por um fiel e tomou o líquido. Presentes foram jogados no veículo, como camisetas e bandeiras. Os seguranças que cercavam o papamóvel, mais uma vez, tinham expressão de tensão.

 
Papa Francisco toma chimarrão no percurso até o palco
Foto: Globo News, Reprodução 


Durante toda a noite peregrinos acamparam na areia, em uma gigantesca vigília na qual não faltaram cânticos e orações. Na véspera, no início da vigília, o Papa argentino de 76 anos pediu para que os jovens vivam, de fato, a vida, e não a acompanhem de longe, sejam protagonistas da mudança, se interessem pela política e pelos problemas sociais e não se deixem vencer pela apatia.

— Os jovens nas ruas querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixem que outros sejam protagonistas da mudança —, pediu diante de dois milhões de pessoas que o aclamavam, muitas delas chorando, após os recentes protestos que sacudiram as ruas do Brasil pedindo melhores serviços públicos e criticando a corrupção e os gastos excessivos do governo.

 Peregrinos aguardam a chegada do papa
Foto: Ricardo Duarte 



Mensagem aos latino-americanos

Francisco almoçará mais tarde com o comitê de coordenação da Conferência Episcopal Latino-Americana (Celam), integrado por 45 bispos, na residência do Sumaré, em meio à exuberante floresta tropical atlântica. Ali pronunciará um discurso destinado aos bispos da região onde nasceu e viveu por quase toda a sua vida este argentino filho de italianos, de 76 anos.

No Brasil, Francisco convocou a Igreja a reconquistar os que se tornaram evangélicos ou que vivem sem Deus, buscando a simplicidade em atos e palavras e trabalhando em favelas e comunidades carentes para frear a sangria de fiéis. Assim como no Brasil, o país com mais católicos do mundo, no resto da região a Igreja católica perde espaço diante de um crescimento das igrejas neo-pentecostais e das pessoas sem religião. E, como fez diante dos jovens, Francisco pediu que os bispos e cardeais brasileiros não tenham medo de se envolver em assuntos relativos "à educação, à saúde, à paz social", que são "as urgências do Brasil", convocando-os a se comprometer mais politicamente.

O Papa felicitou a Igreja brasileira por ter aplicado com originalidade o Concílio Vaticano II (1962-1965), que adaptou a Igreja aos tempos modernos e mudou seu perfil fechado e doutrinário para o de uma Igreja pastoral. Mas se referiu - sem mencionar diretamente - à Teologia da Libertação como uma das "doenças infantis" do Concílio que a Igreja brasileira conseguiu superar.

Antes de retornar ao Vaticano, às 19h, sua intensa agenda prevê uma reunião com os milhares de voluntários da JMJ no centro de conferências Riocentro, na zona oeste da cidade, e um discurso de despedida no aeroporto internacional, o 15º e último de sua visita.

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