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Geral  | 08/07/2013 00h47min

Primeiro foco de incêndio no Mercado Público teria sido em restaurantes

Perícia, que tentará esclarecer qual foi o ponto exato, deve ser concluída em 30 dias

Humberto Trezzi e Letícia Costa  |  humberto.trezzi@zerohora.com.br; leticia.costa@zerohora.com.br

O incêndio que quase aniquilou mais de 140 anos de história viva de Porto Alegre começou no segundo andar do vetusto prédio, entre três restaurantes e o Memorial do Mercado Público. É um ponto central, situado de frente para a Avenida Julio de Castilhos. Estas são as deduções preliminares da equipe enviada pelo Instituto-geral de Perícias (IGP) para periciar o local e também das informações repassadas por testemunhas ao delegado Hilton Müller, da 17ª DP, responsável pela investigação. A perícia deve ser concluída em 30 dias.

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Segundo funcionários do prédio e donos de bancas relataram a Zero Hora e também a policiais civis, as chamas irromperam em algum ponto entre três restaurantes (um de comida vegetariana, outro de culinária italiana e uma choperia). Logo, engolfaram também o Memorial do Mercado Público. O delegado diz que ainda é muito cedo para esclarecer as causas. As hipóteses vão desde escapamento de gás até curto-circuito na fiação do prédio. O gás no prédio é encanado, informa Ivair Maynart, que na prefeitura responde como coordenador do Mercado. Não está excluída a possibilidade de existirem botijões clandestinos. As análises iniciais descartam incêndio proposital, mas nada é conclusivo.

— Todas as definições legais de conclusão e de responsabilidade de quem causou o evento vamos deixar para um segundo momento — explica o delegado.

A polícia espera contar com imagens que devem ser obtidas junto a câmeras de vídeo, mas ainda não foram disponibilizadas. Uma situação causou alívio a peritos e policiais: o primeiro andar (o térreo) ficou intacto e muitos lojistas não devem colher prejuízos. O delegado Müller ficou surpreso ao entrar no local:

— O que vimos sábado à noite, pela imprensa, era que o dano era muito grande. Nos surpreendeu muito positivamente que o dano não tinha tanta dimensão. Nossa preocupação agora é mostrar aos gaúchos que a situação não é tão dramática quanto imaginávamos.

O cálculo dos peritos do IGP é de que cerca de 10% do prédio tenha sido consumido pelas chamas. Bem menos grave que a estimativa do Corpo de Bombeiros, feita ainda na noite de sábado, que era de 30% de destruição. Pelo Twitter da Casa Civil, o governo estadual chegou a calcular, no domingo, que 25% do local tinha sido atingido, mas o dado oficial será o do IGP.

PRÓXIMOS PASSOS

Entenda o que a polícia e o IGP irão apurar sobre o incêndio no mercado

INÍCIO DO FOGO

— As chamas começaram no segundo andar do prédio do Mercado Público. A perícia tentará esclarecer qual foi o ponto exato em que o incêndio teve início. Dados preliminares indicam que o fogo começou entre três restaurantes e o Memorial do Mercado.

CAUSAS DAS CHAMAS

— As hipóteses são as mais variadas, desde escapamento de gás até curto-circuito na fiação. A perícia ainda não sabe qual foi o motivo do incêndio e não descarta nenhuma possibilidade. Os peritos devem finalizar laudo em prazo de até 30 dias.

CÂMERAS DE VÍDEO

— A polícia aposta nas imagens das câmeras de vídeo internas do mercado para auxiliar na investigação. Os registros serão solicitados nos próximos dias pelo delegado responsável.

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