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Política  | 30/04/2013 09h19min

Entre os 18 presos na Operação Concutare, dois são da Região Central do Estado

Berfran Rosado, natural de Rosário do Sul e ex-secretário, e o empresário caçapavano Paulo Mônego foram presos

Entre os 18 presos na Operação Concutare, dois são da Região Central do Estado

Berfran Rosado, natural de Rosário do Sul e ex-secretário, e o empresário caçapavano Paulo Mônego foram presos

A Operação Concutare da Polícia Federal (PF) cumpriu 29 mandados de busca e apreensão e realizou 18 prisões – seis empresários, seis despachantes e seis servidores públicos – envolvidos em um suposto esquema de fraude na concessão de licenças ambientais. As prisões temporárias têm validade por cinco dias.

Na região, a operação deixou um saldo de dois presos: o rosariense Berfran Rosado (consultor ambiental, ex-secretário estadual e ex-deputado pelo PPS) e o empresário caçapavano Paulo Mônego.

>>> Quem são os envolvidos 

>>> Como funcionava o esquema

>>> Como foi a Operação Concutare

O superintendente da PF no Estado, Sandro Luciano Caron de Moraes, não descarta novas prisões. Caron afirmou que entrou em contato com o governador Tarso Genro e com prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, depois de os mandados terem sido cumpridos. Genro e Fortunati determinaram, ainda pela manhã, o afastamento dos secretários estadual e municipal do Meio Ambiente, Carlos Fernando Niedersberg e Luiz Fernando Zachia, respectivamente, e disseram terem sido informados pela PF sobre as prisões dos dois.

Para Élton Roberto Manzke, delegado regional-executivo da Superintendência da PF que já atuou em Santa Maria, a operação deixa evidenciado um alto risco ao meio ambiente:

– Ao fim desse processo, o resultado foi a ocupação de áreas em que não poderiam se instalados e viabilizados investimentos da construção civil.

Sobre possível prejuízo ao erário público, Manzke complementa:

– Em tese, não houve prejuízo financeiro às instituições. O que se teve foi pagamento de propina por parte de empresários a servidores com função vital na liberação ambiental. Uma situação interessante que pode ser observada foi a movimentação financeira e o acréscimo de patrimônio de alguns servidores públicos.

Assembleia pode abrir CPI

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) poderá ser instalada na Assembleia Legislativa para investigar os fatos apurados pela Polícia Federal. Ainda ontem, o governador em exercício, Beto Grill, comunicou que Mari Perusso assumirá interinamente a Pasta do Meio Ambiente.

Prisão supreendeu Caçapava do Sul

A prisão do empresário Paulo Mônego, 60 anos, ocorrida por volta das 6h de ontem, supreendeu Caçapava do Sul. Segundo relatos de testemunhas, que não quiseram se identificar, a Polícia Federal chegou ao local por volta das 6h, onde permaneceu por cerca de 15 minutos. Paulo, que vive em uma casa espaçosa no bairro mais imponente da cidade, teria tido apenas o tempo de tomar um banho antes de ir para a sede da Polícia Federal, em Porto Alegre.

Separado e pai de dois filhos, Paulo é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e é um dos donos da Mônego Mineração, que é uma das principais empresas do município há 30 anos no setor.

A família de imigrantes italianos tem fama de boa gente. Discreto, o empresário não costuma ostentar a riqueza acumalada.

–É uma pessoa de bem. Trabalhadora. Não creio que ele tenha feito algo de errado – falou um empresário, que preferiu não ser identificado.

Paulo participa ativamente da sociedade local. Recentemente, capitaneou uma missão para solicitar a instalação de uma antena de telefonia móvel em Minas de Camaquã. No início do ano, a empresa dele cedeu caminhões para transportar o lixo da cidade. O prefeito Otomar Vivian (PP) não quis comentar o caso.

 
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