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Geral  | 12/11/2012 15h57min

Médicos vão ao Ministério Público pedir rapidez para cirurgias de câncer de mama

Sociedade Brasileira de Mastologia apresentará nesta terça uma representação junto à Procuradoria Geral de Justiça contra atrasos de mais 90 dias entre o diagnóstico e o início do tratamento

A Sociedade Brasileira de Mastologia e o Grupo de Mama do Hospital Conceição vão apresentar nesta terça-feira uma representação pública junto à Procuradoria Geral do Estado contra os atrasos na realização das cirurgias de câncer de mama no Rio Grande do Sul. Hoje, mais de 90 dias podem se passar entre o diagnóstico e a intervenção cirurgia, que é indispensável para o tratamento.

— O ideal é não se passem mais de 30 dias. Mas hoje estamos marcando cirurgias para o mês de março. Nesse período, o câncer pode dobrar de tamanho, dificultando o tratamento e comprometendo a chance de sobrevivência da paciente — diz o vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira de Mastologia, José Luiz Pedrini, que entregará pessoalmente a representação ao procurador-geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga.

— O objetivo é colocar o Ministério Público a par da situação — explica Pedrini, lembrando a aprovação, pelo Congresso, no final de outubro, de uma lei que estabelece o prazo máximo de 60 dias, contados do diagnóstico, para o início do tratamento de pacientes com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o médico, o principal entrave para a realização da cirurgia de mama é a falta de anestesistas, uma situação provocada pelo reduzido número de profissionais e pelos baixos salários pagos. Além disso, houve uma redução da oferta de salas cirúrgicas para a realização do procedimento.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que, em 2012, mais de 52 mil novos casos de câncer de mama devem ser diagnosticados no Brasil. Em 2010, conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS), 12.705 mulheres morrerem de câncer de mama no país (além de 174 homens), apenas considerando os óbito registrados na rede pública, colocando-se como a primeira causa de morte por tumor no país. Entre as mortes em geral do sexo feminino, perde apenas para os problemas cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

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