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Conteúdo: unimedespacovida  | 22/11/2009 16h29min

As necessidades de cada fase da infância

Pediatra apresenta um resumo do desenvolvimento dos três primeiros anos do bebê

O pediatra Ademar Edgar Trein listou uma série de informações para acompanhar o desenvolvimento e as necessidades da criança de uma criança do zero até os três anos. Acompanhe:

Ao nascer:
- O bebê usa o choro como sua primeira forma de comunicação, buscando ajuda para satisfazer as suas necessidades básicas (fome, desconfortos como frio, calor, fralda molhada, roupa apertada).
- Deve ser chamado pelo nome, usar roupas confortáveis, não apertadas.
- Deve-se brincar com o mesmo durante o banho.
- Cantigas de ninar lhe dão segurança para dormir (em seu próprio berço e, preferivelmente, em seu próprio quarto).
- O bebê apresenta reflexos primários, como a marcha reflexa, a sucção e a deglutição, que permitem o mamar desde as primeiras horas de vida.
- A sua postura é encolhida, a mesma que apresentava no útero. Não sustenta a cabeça ainda, por isso deve-se firmar a cabeça do bebê sempre que estiver no colo.
- Enxerga, desde os primeiros dias, inicialmente como uma visão enevoada. Ouve em especial os sons agudos (lhe agrada ouvir a voz da mãe).
- Reconhece o cheiro da mãe, por isso ela não deve usar perfumes.
- Dorme 22h por dia. Aos quinze dias, este tempo cai para vinte horas, e então, irá sempre diminuir. Em geral, acorda a cada três ou quatro horas.
- Seu sono tem períodos de grande calmaria e, também de agitação (normal).
- O bebê agarra os objetos que colocamos em sua mão, ele segura com quatro dedos, deixando o polegar de fora; a sua memória porém é curta. Ao colocarmos o nosso dedo nas mãos do bebê parece que ele se sente mais seguro.
- Sorri inicialmente de uma forma reflexa, pois falta controle da musculatura em torno da boca. Logo, com o seu crescimento, estará sorrindo durante o banho e com as brincadeiras.
- Percebe as emoções da mãe, porque sente o que se passa com ela; por isso, é importante a mãe dar de mamar de forma tranquila, em ambiente calmo.
- A mãe também deve se relacionar-se através do olhar, o que  melhora o vínculo e o apego entre eles

2 meses:
- O bebê tem gosto, e preferência, em regra, por substâncias adocicadas. 
- Segura a cabeça alinhada com o corpo, quando está no colo.
- Deitado de bruços, consegue levantar o rosto do colchão.
- Adora objetos que se movem e se comunica com as pessoas que mais ama, através da imitação de um rosto querido, de forma instintiva.

3 meses:
- O bebê descobre as mãos, tem preensão voluntária, fecha os dedos sobre objeto colocado em sua mão e o examina atentamente.
- Ao brincar com um chocalho logo descobre a relação entre o barulho e o gesto que o produziu.
- Dorme menos: 18 horas por dia. Tem mais tempo para explorar pessoas e objetos.
- Distingue cores, reconhece o vermelho e o azul.
- Firma a cabeça e levanta o tronco, apoiando-se sobre os braços estendidos.
- Aumenta o seu campo visual, é capaz de fixar um objeto distante, tendo a sensação de profundidade.
- O bebê balbucia, emite sons.  
- O choro continua denunciando o que lhe desagrada, mas surgem os sons de prazer (“aaaaah”) que logo se acompanharão de sorrisos.
- O bebê se delicia ouvindo o som da própria voz.
- A comunicação entre o bebê, mãe, pai e irmãos vai se enriquecendo e se estabelecendo.

Importante:
- A entonação e o modo de realizar os gestos é que demonstram o carinho e o afeto.

4 meses:
- Dorme cada vez menos, 14 horas ao todo, sendo nove horas à noite e o restante em vários cochilos durante o dia. 
- Aumenta a sua capacidade visual, acompanha as pessoas com o olhar e descobre cores diferentes, com predomínio para o azul, vermelho e verde. 
- O bebê “percebe” as suas mãos, observa-as atentamente, parece estudá-las, brinca com as mãos e os dedos, levando-os à boca.
- Começa a querer pegar objetos (evite objetos muito pequenos que podem   ser engolidos).

5 meses:
- O bebê passa os brinquedos de uma mão para outra, aumentando o seu campo de reconhecimento e exploração.
- Procura mover-se e já começa a rolar deitado (cuidar com as quedas do berço, da cama e do trocador).

Importante:
- Durante as atividades de rotina com o bebê, diga-lhe o que está fazendo : “vamos trocar as fraldas”, “vamos tomar banho”. Imite os seus sons e brinque com ele.

6 meses:
- O bebê conhece tudo com a boca, pesquisa contornos, temperatura, textura, densidade, etc.
- Senta-se sozinho, com apoio.
- Procura a origem do barulho, vira-se em busca do som.
- Levanta o tronco do chão, sustentando-se sobre os braços e joelhos.
- O bebê tenta o “mama”, “papa”,...

Importante:
- Os ruídos da casa, sons familiares (não excessivos), música suave, luz tênue e uma voz carinhosa ajudam o bebê a relaxar e a conciliar o sono. Evite brincar muito com o bebê  na hora de dormir, isto o excitará, prejudicando o sono.

7 meses:
- O bebê descobre os pés, estuda-os e, leva-os à boca.
- Agarra-se a um objeto substituto da presença da mãe, manifestando as suas emoções. É hora de oferecer um boneco bem macio.
- O bebê percebe que é uma pessoa separada da mãe. Esta descoberta trará uma certa angústia nas primeiras separações, mas ele vai aprendendo que existe o desagrado na separação e o prazer do reencontro. Cada dia ficará mais fácil suportar o tempo de espera na companhia da avó, do avô, da tia, da babá ou na creche (terá noção de tempo).
- O bebê suporta o seu próprio peso nas pernas (por pouco tempo e com ajuda). E faz o movimento de pinça (entre o polegar e o indicador).

Importante:
- A superproteção pode impedir descobertas e crescimento, e estimular a agressividade ou a apatia.

8 meses:
- O bebê começa a testar a sua independência, senta sem apoio (de vez em quando usa as mãos para se equilibrar); começa a deslocar-se no ambiente, arrastando-se ou engatinhando.
- É capaz de procurar e descobrir objetos que escondemos próximo a ele (é uma forma de brincar, esconde-esconde).
- O bebê aponta tudo o que lhe chama a atenção.
- Importante: nomear as partes do corpo do bebê, enquanto toma banho (tocar e dizer o nome).

9 meses:
- O bebê mastiga os alimentos (não usar liquidificador, pois é importante que mastigue pequenos pedaços).
- Bate palmas, emite sons.
- Sorri para si mesmo ao ver a sua imagem no espelho (tenta ver se há alguém atrás do espelho, para brincar).
- Estimule a independência do bebê, deixando-o brincar, tocar e remexer a comida, cante e lhe conte histórias, brinque frente ao espelho, escute-o, toque-o.
- Deixe-o o mais livre possível, mas não sem limites. Não deixe que faça o que não pode, que corra riscos de acidentes.
- Supervisione as suas atividades, mesmo que a distância.
- Estabeleça os limites.
 
Dos 9 aos 12 meses:
- O bebê busca e consegue ficar em pé e dar os primeiros passos com apoio,  apoiando-se nos móveis.
- Começa a procurar objetos, mesmo quando fora de seu campo visual.
- Aperfeiçoa o pegar objetos, o movimento de pinça entre o polegar e o dedo indicador está aprimorado.
- Gosta de brincar, atirando e soltando objetos.
- Indica as coisas com o dedo, definindo gosto e preferências, inclusive na comida.
- Explora coisas com o dedo, enfiando-o em frestas, buracos, brinquedos ou tomadas - cuidado: usar tampas protetoras.
- É inquieto, curioso, toca tudo, quer andar por tudo, imita gestos (bate palmas, dá adeus,...).
- Tem um sono agitado, movimenta-se muito - necessita de segurança ao deitar para dormir.

Importante:
- Procurar levar em conta o gosto do bebê ao se alimentar, mas não exclusivamente.
- Deixe que tente se alimentar com a colher, que comece a usar o copo, não importando que se suje inicialmente.
- Sirva pequenas porções para que não enjoe, para que não esparrame e para que se sinta gratificado ao terminar. Se necessário, repita as porções.
-  Brinque durante o banho e aproveite para nomear as partes do corpo, usando sempre os mesmos nomes.
- Nomeie também as pessoas, os objetos.
- Dê ordens com frases curtas e simples.
- Deixe que as cumpra.
- Deixe que explore o ambiente, engatinhando ou caminhando com apoio, ajude-o a dar os primeiros passos sem forçar, respeite os seus receios, medos.
- Manter uma supervisão atenta, embora aparentemente distante (para não tolher o seu desenvolvimento), cuidando o ambiente: escadas, quinas, quedas,...
- Definir limites (devem ser os mesmos para a mãe, pai, irmãos e cuidadores), sem castigar.
- Manter hábitos de dormir, cante uma cantiga de ninar, estabeleça horários.
- Participe das brincadeiras: o carinho, o abraço, o gesto, e o olhar são fundamentais para o desenvolvimento afetivo e comportamental.
 
Dos 12 aos 18 meses:
- Emite sons espontaneamente, fala duas a três palavras, atribuindo significado.
- Emite muito a palavra que mais ouve: não.
- Aponta objetos e coisas que quer.
- Tem coordenação motora para comer a comida da casa, mas interessa-se mais pelo ambiente que a cerca do que a comida.
- Brinca de bater, empilhar e encaixar objetos.
- Fica mais tempo acordado de dia.
- Aperfeiçoa o andar, começa a fazê-lo sem apoio, com o que ganha mais autonomia e aumenta a sua atividade motora: não pára nunca.
- Começa a fazer coisas sozinho no banho, tenta ajudar no vestir, quer comer e beber sozinha.
- Tem pesadelos durante o sono.

Importante:
- Estimular para que coma sozinho, coloque-o junto com os familiares, à mesa, porém não exija boas maneiras.
- Ofereça alimentos variados e novos, sem forçar!
- Não se preocupe com a diminuição do apetite, o desinteresse pela alimentação é normal nesta idade.
- Não ofereça bolacha ou doce como “calmante”.
- Estabeleça, de forma clara e segura, o horário de dormir (à tarde e à noite).
- Embora não seja capaz de entender tudo, converse sempre e, corretamente. É melhor do que corrigir constantemente.
- Dê-lhe brinquedos de empilhar, potes que possa encher e esvaziar.
- Costuma brincar sozinha, embora goste de ter alguém ao seu lado enquanto brinca. 

Dos 18 aos 24 meses:
- A criança corre e sobe escadas.
- Apresenta crises de birra (esperneia, grita, atira-se no chão), pois quer que todos valorizem os seus desejos.
- Descobre os genitais, gosta de manipulá-los durante o banho (é normal : não censure).
- Gosta de ouvir e de criar histórias e de jogos de encaixe.
- Esconde-se nos mais diversos lugares (através desta brincadeira vai perdendo o medo do escuro e de estar sozinho).
- Põe e tira roupas.
- Escova os dentes sozinho (deve ser supervisionado).

Importante:
- Começar a ensinar a controlar os esfíncteres (urina e evacuações). Não iniciar antes dos 18 meses.
- Ser firme nas crises de birra, mostrando desagrado e que não se consegue nada através das crises.
- Ignorar as cenas (porém cuidar, sem que perceba, para que não se machuque), pois sem platéia a criança desistirá.
- Contar histórias sem se preocupar com os detalhes e, também saber ouvi-las.
- Estabelecer os rituais noturnos: brincar um pouco (sem agitação) após o jantar, escovar os dentes, avisar que em pouco tempo irá dormir, colocar o pijama, dar abraços e beijinhos de boa-noite nos pais e irmãos, contar histórias, cantar cantigas de ninar ou ouvir música suave;

Dos 2 aos 3 anos:
Época de descobrir os amigos e outras pessoas e de muito sentimento de posse quantos aos brinquedos. Após ter aprendido a andar, e correr, agora quer escalar, subir escadas.
 
Importante:
- Ajudar a perceber que há brinquedos seus e de outras crianças e, que os outros brinquedos, devem ser devolvidos ao dono.
- Dar pequenas tarefas para que participe da vida familiar é um estímulo e uma fonte de prazer (exemplo: colocar o pão na mesa ou o guardanapo).
- Estimular as regras da casa (higiene, limpeza, ordem, escovar  os dentes,...) para que sejam cumpridas; porém não esquecer que o exemplo é fundamental; é mais importante do que o simplesmente dizer para fazer.
- Estimular o desenho, dando-lhe papel e lápis de cor. Permitir que manuseie revistas com muitas fotos coloridas, e que possa rasgar.
- A criança está se adaptando e precisa de nosso apoio e, a melhor maneira de fazê-lo é dar-lhe amor, demonstrar carinho através de gestos, olhares, toque (abraços, beijos,...) e de nosso exemplo.


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