A abertura de 20 mil linhas de código pela Microsoft,anunciada nesta semana, seria uma tentativa de acobertar uma infração da licença GPL (General Public License). Segundo o site The Register, o driver liberado pela desenvolvedora do Windows violava a GPL.

Stephen Hemminger, engenheiro da Vyatta, empresa que trabalha com open source, o driver Hyper-V, liberado pela MS, utilizava componentes licenciados sob a GPL no seu código.

Como a GPL não permite a mistura entre elementos abertos (livres ou open source) e fechados (proprietários, por exemplo), o drive estaria violando a licença.

Na segunda-feira, a Microsoft anunciou a liberaçao do código sob a licença GPL, o que possibilita a utilização pela comunidade Linux. A ideia da empresa seria obter um desempenho melhor do Linux quando virtualizado dentro do Windows, com o acréscimo dos drives no kernel (núcleo do sistema).

Após o anúncio, Hemminger parabenizou a MS e procurou agir com discrição com relação à aparente violação. Ele entrou em contato com o programador da Novell Greg Kroah-Hartman alguns meses antes para resolver o problema junto à Microsoft.

No blog All-About Microsoft, do ZDNet, Mary-Jo Foley publica uma troca de e-mails que teve com Hartman em que ele não confirma, mas também não nega, a história.

Segundo o Register, a Microsoft causou admiração na indústria ao abrir o código e abraçar a GPL. O motivo principal destacado pela empresa foi a possibilidade de otimizar o uso do software livre virtualizado no Windows.

Porém, destaca o Register, pelo lado “infrator” da história, a Microsoft não fez nenhum favor à comunidade.