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 | 27/06/2009 03h26min

Ex-mulher diz que Michael Jackson temia morrer como Elvis

Não foram encontrados “traumas externos” ou “circustâncias suspeitas” no corpo do cantor

Tatiana Tavares  |  tatiana.tavares@zerohora.com.br

Mais do que o título de Rei aproxima Elvis Presley e Michael Jackson. Os dois foram ícones de suas gerações e de suas músicas – o primeiro, do rock; o segundo, do pop. Ao que parece, morreram de forma semelhante: uma das hipóteses levantadas por pessoas próximas é a de que o abuso de medicamentos tenha levado Jackson à morte, assim como fez com Elvis, no dia 16 de agosto de 1977, quando ele tinha 42 anos.

A causa da morte de Michael, aos 50 anos, só será confirmada com as análises toxicológicas, o que pode demorar entre quatro e seis semanas. O prazo é necessário para que sejam realizados testes neuropatológico e pulmonar. A necropsia no corpo do astro terminou no fim da tarde de ontem, em Los Angeles. Não foram encontrados “traumas externos” ou “circustâncias suspeitas” no corpo do cantor, acabando com a hipótese de homicídio. Segundo o Departamento de Polícia de Los Angeles, ainda não há informações sobre a presença de Demerol (um forte analgésico, similar à morfina) ou outros medicamentos no organismo de Michael. Até o final da noite de ontem, o corpo ainda não havia sido liberado para a família.

– Notícias de que Michael Jackson morreu pela ingestão de analgésicos estão vindo de fora da polícia – disse o chefe de investigação, Gregg Strenk.

Já não era segredo, no entanto, para a família e os fãs que Michael usava grande quantidade de remédios. Em 1997, ele incluiu no álbum Blood on the Dance Floor: HIStory in the Mix a música Morphine, em que citava o medicamento Demerol. Especialistas dizem que o uso desse medicamento, principalmente quando associado a outros remédios, pode levar à parada cardíaca. Nos últimos tempos, Michael buscava nos medicamentos ajuda para enfrentar o estresse dos shows agendados para julho em Londres.

Marcado para a ontem, o depoimento do cardiologista Conrad C. Murray, médico particular de Michael, pode elucidar o que aconteceu horas antes do cantor sofrer uma parada cardíaca – Murray estaria ao lado do astro quando os paramédicos chegaram para prestar socorro e o encontraram já inconsciente. Laudos médicos preliminares sugerem que o Rei do Pop tenha recebido uma injeção de um medicamento – provavelmente, Demerol – na quinta-feira pela manhã e, logo depois, começado a ter dificuldades para respirar.

Advogado da família Jackson e amigo pessoal do astro, Brian Oxman, confirmou que Michael fazia uso de remédios controlados. Segundo ele, o uso desses medicamentos preocupava a família.

– Não sei a quantidade de remédios que ele tomava, mas sei que era extensa. Os relatórios que a família recebia indicavam que ele ingeria muitos medicamentos. O que aconteceu era esperado, algo que eu temia e do qual tentei preveni-lo– declarou.

Segundo o produtor Jay Coleman, o regresso do astro aos palcos foi estressante para um perfeccionista como Michael – ele chegou a dizer que seriam seus últimos shows em Londres.

– A expectativa dos fãs era a de ver um Michael Jackson tão grande como o do passado – disse Coleman.

As investigações ainda não podem comprovar que o Rei do Pop morreu como o Rei do Rock, mas a relação entre os dois ícones fica cada vez mais estreita. Em sua página no site MySpace, Lisa Marie Presley, filha de Elvis e mulher de Michael entre 1994 e 1996, publicou uma carta aberta, com o título “Ele sabia”. Nela, Lisa escreve que o homem com quem foi casada costumava perguntar sobre a morte de seu pai, dizendo: “Eu tenho medo de acabar como ele, do jeito que ele acabou”. Ao final, Lisa diz: “O mundo está em choque, mas de algum modo ele sabia exatamente como seria seu destino mais do que qualquer um, e ele estava certo”.

Especial: relembre momentos marcantes do astro

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