Eventos | 26/06/2009 18h50min
Richard Stallman falou na quinta-feira na 10ª edição do Fórum Internacional do Software Livre (fis10). Considerado o fundador do movimento pela liberdade nos softwares, Stallman teve de enfrentar nada menos do que a Seleção Brasileira de futebol. Isso porque, no mesmo horário da palestra, o Brasil disputava contra a África do Sul uma vaga na final da Copa das Confederações (a vitória foi verde-amarela, por 1 a 0).
Apesar de alguns dos espectadores, motivados pelo jogo de futebol, deixarem a palestra antes do final, Stallman falou para um público receptivo e apaixonado. Tanto que quando o palestrante manifestou sua frustração em continuar enquanto muitas pessoas saíam, uma estrondosa rodada de palmas foi organizada para inflar o ânimo do programador.
No começo de sua fala, Richard Stallman prometeu que a palestra não seria sobre software livre. E, durante sua fala, cumpriu o compromisso. Stallman falou sobre a liberdade como um todo, direitos autorais e a indústria.
Stallman buscou responder a uma pergunta: "a ideologia do software livre serve para tudo?". Conforme o idealizador da coisa, a resposta é sim.
- Todos os softwares deveriam ser livres para que todos os usuários pudessem ser livres - garantiu, destacando que a liberdade se estende além do software.
O famoso programador falou sobre músicas, filmes, games (leia no Canal dos Games) e livros - criticou os e-readers - e até provocou alguma surpresa ao declarar que não é totalmente contra os direitos autorais. O fundador do movimento de liberdade nos softwares diferenciou o fundamental do "não tão fundamental assim", e disse que - para algumas coisas - poderia existir copyright de até 10 anos. No entanto, segundo ele, as empresas tratam sempre de prorrogar o controle sobre as obras.
- Domínio público é como o amanhã - disse, lembrando que o amanhã nunca chega.
A grande bandeira defendida por Richard Stallman na palestra no fisl10 foi a liberdade de cópia. Essa sim, na opinião de Stallman, não pode esperar. Não ter a "permissão" de copiar livremente uma obra é, conforme o palestrante, um ataque à liberdade individual.
A figura carismática de Stallman arrancou risos e aplausos da plateia. Os risos vieram quando o cabeludo e excêntrico palestrante brigou com a forte luz sobre o palco e garantiu que havia acordado há somente 20 minutos. As palmas - além daquelas para motivar o programador a continuar a fala - marcaram o ritmo da música com a qual Stallman encerrou sua apresentação.
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