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 | 21/10/2008 05h50min

Crise mundial começa a afetar PIB da China

Governo do país troca política de aperto por uma estratégia de expansão

O crescimento menor da economia chinesa, que desacelerou para 9% no terceiro trimestre deste ano, vai afetar o mercado interno do Brasil, tido como a tábua de salvação para a crise financeira global.

Com a recessão nos Estados Unidos e na Europa, a China terá de escoar sua produção para países emergentes a preços ainda menores, criando uma concorrência predatória com a indústria nacional. Os setores mais prejudicados, de acordo com economistas, serão os de eletroeletrônicos, calçados e vestuário. O comércio verde-amarelo perde também pelo lado das exportações, já que a nação asiática é a segunda maior parceira comercial.

Além disso, o mercado nacional corre o sério risco de sofrer uma invasão de produtos siderúrgicos da China e de outros fabricantes mundiais. É que o país, ao contrário de outras economias, derrubou barreiras protecionistas e reduziu a zero a alíquota de importação para 15 produtos siderúrgicos.

Para Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, as indústrias chinesas terão de baixar seus preços para conseguir vender seus estoques, já que os países ricos vão consumir menos:

– Não há dúvidas de que a indústria brasileira será a mais prejudicada. Não haverá condições de competir. Os preços dos itens chineses são muito baixos e ficará ainda menor. A alta do dólar em relação ao real não irá conseguir atenuar os efeitos da concorrência. Como conseqüência, a economia brasileira vai desacelerar também.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, a economia chinesa cresceu 9% no terceiro trimestre do ano, a menor taxa dos últimos cinco anos – desde que epidemia de Sars praticamente paralisou o país, em 2003 – e o quinto trimestre consecutivo de queda na atividade.

A economia chinesa havia crescido 10,6% no primeiro trimestre de 2008 e 10,1% no segundo, já afetada pelos efeitos da crise das hipotecas nos EUA e pelas medidas de controle macroeconômico adotadas por Pequim para evitar o superaquecimento. Agora, o governo vai optar por uma política de expansão econômica.

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