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 | 16/10/2008 12h38min

Europa consolida preocupação com boas práticas de produção e lidera certificações de Globalgap

Organização da 9ª Conferência divulgou estatísticas sobre certificação

A 9ª Conferência Globalgap, que está sendo realizada em Colônia, na Alemanha, até esta sexta, dia 17, abriu com a inscrição de 400 delegados de 25 países. O recorde de público, de acordo com o secretário e diretor-executivo da organização, Kristian Moeller, traduz um interesse crescente de compradores e fornecedores de produtos agrícolas no evento. Realizada pela primeira vez em 1997, na Alemanha, com localização eminentemente européia, e atualmente está presente em 80 países, com 92 mil produtores certificados.

O evento deste ano marca uma mudança de postura de Globalgap no trato de suas estatísticas: números que eram antes guardados a sete-chaves, dessa vez foram divulgados abertamente. A Europa é responsável por 78% do share de todas as certificações de Globalgap, seguida pela África, com 8%, América do Sul, 7%, Ásia, 4%, Austrália 2% e Estados Unidos, com 1%.

Outra tendência que marca o levantamento é que 71% das certificações são de grupos de produtores, contra 29% dos que optam pela modalidade individual. Nesse caso o agricultor pode reduzir custos e ao mesmo tempo atender à demanda dos compradores internacionais.

Desaceleração no consumo

Na abertura oficial da conferência foi mencionada a crise financeira que representa ameaça para diferentes segmentos da economia. Na opinião de Alfons Schmid, membro da diretoria de Globalgap e da rede de supermercados holandês Royal Ahold, o mercado de certificações não está imune. O consumo de alimentos na Europa já está dando sinais de desaceleração, conseqüência do comportamento conversador das famílias.

Caso os efeitos do declínio econômico sejam duradouros, a teoria de Schmid é que as redes de varejo européias poderão reduzir as suas compras de produtores certificados com standards de boas práticas agrícolas como Globalgap.

– Se isso acontecer, as empresas de certificação precisarão se adaptar.

Alheio a essa visão pessimista, o empresário Azizi Meor Ngah, da Malásia, viajou alguns milhares de quilômetros até Colônia para intensificar um projeto de certificação da sua fazenda de mamão papaia.

A propriedade de Ngah tem 100 hectares, mas ele pretende integrar outros produtores até consolidar um total de 1 mil hectares no projeto de certificação. Paralelo à produção, ele está investindo numa fábrica de packing house com capacidade para 100 toneladas/dia. O objetivo é vender tanto para o mercado interno, menos exigente do ponto de vista de qualidade, quanto para a Europa. Ngah revela que está em tratativas com a rede de varejo inglesa Mark & Spenser, que no início pretende comprar um pequeno volume de duas toneladas por semana.

O produtor diz que tomou a decisão depois de descobrir que a certificação Globalgap está sendo adaptada a vários países, como o ChileGap, no Chile, o Japan Good Agricultural Initiative, no Japão, e o novíssimo China Gap, cujo lançamento ocorre durante a 9ª Conferência. Ao todo existem 18 standards aprovados por Globalgap em todo o mundo.

O processo de verificação da equivalência é comparável a um sistema de filtragem, já que qualifica e harmoniza diferentes normas em nível mundial. As unidades de produção a serem verificadas devem cumprir com as exigências tanto da norma anterior como da norma Globalgap. Isto é garantido por meio de auditorias paralelas, que levam em consideração as condições específicas da unidade de produção. Normas nacionais ou regionais de gestão da produção que completam o processo de verificação da equivalência são reconhecidas como esquemas equivalentes à Globalgap.

 
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