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Lançamentos  | 26/09/2008 14h11min

Brasil tem o iPhone mais caro entre países sul-americanos

Modelo mais barato vendido aos brasileiros custa 47% acima da média da vizinhança

Guilherme Neves  |  guilherme.neves@rbsonline.com.br

O iPhone brasileiro é o mais caro entre os países da América do Sul. Aqui, o iPhone não sai por menos de R$ 899 (8GB), com plano mensal de R$ 585. A média entre outros sete países em que o aparelho é vendido soma R$ 502 (8 GB), para o aparelho, e R$ 147,56, no plano.
 
Até o momento, o iPhone é vendido em 16 países na América do Sul, incluindo o Brasil, desde esta sexta-feira. No entanto, nem todos os países têm informações quanto aos planos. As sete ofertas pesquisadas pela redação do clicRBS são da Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Uruguai, Peru e Paraguai. Foram considerados os menores preços de compra do aparelho.

Em todos os casos observa-se que quanto menos o cliente paga no aparelho, mais desembolsa no plano contratado. A maioria dos contratos vigora por um período entre 12 e 18 meses. As operadoras são a América Movil e a Telefónica.
 
Na América do Sul, o iPhone mais barato é vendido no Equador. O cliente que assinar o plano de R$ 259,74 leva o aparelho com 8 GB de graça e paga R$ 243,95 pelo de 16 GB. O contrato é de 24 meses com a Porta, da América Movil – mesma proprietária da Claro.
 
Já no Brasil, a mesma operadora vende o aparelho por, no mínimo, R$ 1.239 (8 GB, plano de R$ 151). A Vivo, do grupo Telecom e Telefónica, oferece o aparelho a R$ 899 (8 GB), com plano de R$ 585. O preço  médio para os brasileiros é de R$ 1.069 (8 GB) e R$ 1.324 (16 GB), com planos em R$ 368.
 
Assim, o iPhone brasileiro de 8 GB é  47% mais caro que a média dos outros sete países que vendem o aparelho na região. O de 16 GB, 58,3%. Os planos são 40,1% superiores.
 
São três os custos básicos envolvidos na chegada do produto no país: taxas de importação, transporte (aéreo ou marítimo) e distribuição em território nacional.
 
Segundo o coordenador do curso de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Leandro Lemos, a mordida maior no Brasil vem das taxas e da logística de entrega.
 
– Aqui, o que mais pesa são os impostos e a distribuição. Vivemos num país de proporções continentais, e isso pesa. Mas sobretudo são os impostos – explica.
 
Há países em que a taxa de importação é zero, como próprio Chile, o que baixa o preço. Esta tarifa é um percentual cobrado sobre o preço original dos produtos. Segundo o professor Lemos, a taxa brasileira beira os 100%.
 
A alternativa das empresas para viabilizar a compra é negociar a redução do produto junto ao fabricante. Ainda assim, incidem as taxas aduaneiras e o gasto com o transporte dentro do território nacional. Tudo encarecendo o produto que chega no consumidor final.
 
Apesar de parecer muito mais barato, trazer um iPhone de fora do país também tem um custo elevado.
 
– Ninguém que traz um aparelho inclui no preço a passagem, por exemplo, porque muitas vezes ele aproveita uma viagem feita por turismo, ou negócios, para efetuar a compra. Se individualmente a gente vai adquirir sai mais caro – completa Lemos.

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