| 23/10/2007 07h01min
Para conquistar vaga na Libertadores, o Grêmio precisaria ganhar 11 dos 18 pontos que disputará. Para garantir presença na Copa Sul-Americana, bastará que ganhe mais um ponto. 
A situação do Inter é menos confortável. Não tem chance de chegar à Libertadores da América, mas poderá carimbar passaporte para a Sul-Americana se fizer oito pontos dos 18 que disputará. Razoável. 
Um fato comum à dupla Gre-Nal fará ainda mais interessante a luta dos dois clubes: ambos enfrentam, nos seus estádios, adversários que concorrem com o grande rival pelas buscadas vagas. 
O Grêmio, no Olímpico, jogará contra Náutico e Figueirense, clubes que disputam com o Inter passagem para a Sul-Americana. Não convém que os colorados "sequem" o Grêmio nestes jogos. 
No Beira-Rio, o Inter enfrentará Palmeiras e Cruzeiro, rivais do Grêmio pela vaga para a Libertadores. Recomenda-se que os gremistas não desejem ao Inter menos do que duas vitórias. 
Resumindo: gremistas e colorados estão proibidos de 
"secarem-se", reciprocamente. Como diz o repórter André Silva, as duas torcidas poderiam celebrar "um pacto pelo Rio Grande", que até fariam, se torcer contra o rival não fosse mais importante do que torcer pelo próprio clube. 
Todos caem 
A temporada vai acabar sem uma explicação razoável para a queda de rendimento que afeta o Grêmio longe do Olímpico. Historicamente, o apoio das arquibancadas exerce respeitável influência em qualquer jogo. O time mandante cresce, quase sempre, e o visitante, não raramente, se encolhe. 
O fenômeno é rotina, mas são as exceções que fazem os vencedores. O Grêmio não está entre elas. É possível que a modéstia da equipe afete, até mesmo, a ambição do treinador. Fora de casa, time mais cauteloso. 
Para se saber, com segurança, se este é o caso do Grêmio, seria necessário acompanhar os treinamentos dos dias que antecedem a jogos fora de casa ao lado de Mano Menezes. Escutar 
as suas ordens, testemunhar as orientações que passa e depois 
conferir a execução dos planos. Será que o treinador do Grêmio pede que alguns jogadores concentrem suas ações em setor mais recuado do campo? Ou o que aparece nos jogos é efeito, apenas, da imposição dos adversários? 
O que se vê pode não corresponder, exatamente, ao que foi planejado. Como saber? 
Cada um no seu lugar 
A frase de Marcão pode não ser toda a explicação para o desempenho do Inter mas, de certa forma, justifica. Disse Marcão: 
— Desta vez, estavam todos nos seus lugares. 
Poderia acrescentar que Alex, principalmente, não estava fora de lugar. A utilização do meia na lateral foi uma das causas mais visíveis para a instabilidade que tirou importantes pontos do Inter. 
É verdade que não havia Marcão, suspenso, mas Jorge Luiz estava disponível. Alex nasceu para jogar no meio-campo e se neste setor não é um craque, na lateral é uma ameaça permanente à 
segurança defensiva do time. 
Wellington Monteiro teve boa atuação na 
lateral-direita, mas este não é o seu lugar. Embora, se fosse necessário escolher entre Alex na lateral-esquerda ou Monteiro na direita, se imporia eleger esta segunda adaptação como a menos danosa para o time. Se Wellington tiver continuidade na lateral, poderá ser uma solução... no futuro. 
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