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 | 14/02/2013 07h42min

Com escolas estaduais interditadas, cerca de 8 mil alunos ficam sem aula em Joinville

Previsão é de que o ano letivo comece na segunda-feira. Outros 29 mil estudantes poderão frequentar as aulas nesta quinta-feira

Caroline Stinghen  |  caroline.stinghen@an.com.br

Foi com a ligação da reportagem de “A Notícia”, na manhã de quarta-feira, que a aluna do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Conselheiro Mafra, Andrielly Nohany Penso, 16 anos, descobriu que o retorno de suas aulas foram adiados, a princípio, para segunda-feira. Ela já estava preparada para voltar na data prevista, marcada para esta quinta.

A estudante não foi avisada de que o prédio da escola centenária continuava interditado nesta semana. E olha que Andrielly faz parte do Grêmio Estudantil da Conselheiro.

— Nós (Grêmio Estudantil) estamos lutando muito pela reforma da escola. Acho que ela não está em uma situação tão crítica quanto estava a escola Monsenhor Scarzello, por exemplo. Acredito que as aulas poderiam retornar. Mas eu realmente espero que depois de tudo o governo do Estado faça alguma coisa —, cobra a estudante.

Além de Andrielly, outros cerca de 8 mil alunos não voltam aos bancos escolares nesta quinta. Eles estudam nas nove escolas que foram interditadas em dezembro do ano passado pela Vigilância Sanitária. Apenas uma foi reaberta nesta semana, a Escola de Educação Básica Nagib Zattar, no Jardim Paraíso.

Manutenção

A escola Tufi Dippe, do bairro Iririú, segundo a fiscal sanitarista Lia de Abreu, ainda pode ser desinterditada nesta sexta-feira, se as obras de manutenção forem encerradas a tempo.

— Mas as outras não vou desinterditar. O governo do Estado teve muito tempo para fazer essas reformas e não fez. Terão que entrar na Justiça —, avisou Lia, mais uma vez.

A fiscal contou que atua há 19 anos na Vigilância, há 15 cuida da situação das escolas e há 12 briga pela reforma de unidades estaduais em Joinville.

A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) tentava um acordo com a Vigilância para a reabertura das unidades ainda na segunda-feira. Mas o órgão de fiscalização não aceitou.

— Nós fizemos um laudo técnico com peritos e verificamos que nenhuma dessas escolas oferece riscos às crianças. Os prédios estão aptos. Estamos elaborando um documento e vamos entrar na Justiça —, afirmou a Secretária de Desenvolvimento Regional, Simone Schramm.

Ela acredita que o documento será entregue ainda nesta quinta no Fórum.

O ano letivo começa nesta quinta para 29 mil estudantes da rede estadual. Outros 8 mil continuam sem ter certeza de quando vão poder ir às aulas. Por enquanto, explicou Simone Schramm, a SDR está apostando na liminar e avisando os alunos de que as aulas retornam na segunda. Também não há previsão de transferências de alunos para outras unidades.

— Nem temos locais e escolas para levar estes alunos —, avaliou a secretária.

LEIA MAIS:

Aviso por rádio ou na porta da escola

Problemas que oferecem riscos 

Município avalia como ajudar 

 

A NOTÍCIA
Leo Munhoz / Agencia RBS

Andrielly descobriu na quarta-feira que não poderia voltar às aulas nesta quinta-feira na Conselheiro Mafra
Foto:  Leo Munhoz  /  Agencia RBS


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