Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de SC (Sinte/SC) se reúnem nesta quinta-feira com técnicos da Secretaria Estadual de Educação para discutir ações de segurança nas escolas. O encontro será na sede do órgão público às 17h.

As medidas contra a violência estão sendo cobradas após uma professora ter sido agredido por uma mãe na Escola Estadual Rosa Torres de Miranda, na parte continental de Florianópolis.

A coordenadora da regional do Sinte de Florianópolis, Rosane de Souza, diz que a entidade quer discutir políticas públicas de segurança nas escolas e conhecer quais as propostas do Estado para garantir a integridade de professores e estudantes nos colégios. Ela critica a medida de redução de custos do governo, que diminuiu em 20% o número de vigilantes nas instituições de ensino. Mas lembra que as necessidades das comunidades escolares antiviolência vão além de ações repressivas.

— Não queremos que chegue ao ponto do Rio de Janeiro, com polícia armada nas escolas e nem responsabilizar aluno, família e profissional. O Estado é quem abandona as escolas públicas. Precisamos de uma rede de proteção, com assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras para atendimento às famílias. Nos colégios não existem e nos postos de saúde os profissionais não dão conta da demanda — analisa Rosane.

O problema da insegurança ganhou destaque depois que a mãe de um aluno agrediu a professora Marcia Machado na segunda-feira. A mãe foi cobrar providências sobre um conflito entre estudantes fora da escola e teria se descontrolado e partido para cima da docente.

Na manhã desta quinta-feira ocorreu uma outra reunião na Secretaria de Educação para discutir sobre vigilância nas escolas. O DC tentou entrar em contato com a diretora do projeto Política de Educação Prevenção, Atenção e Atendimento à Violência na Escola, Rosimari Kock Martins, para saber as decisões tomadas, mas ela não atendeu.