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Educação Básica  | 25/09/2012 20h47min

Professores da escola, onde educadora foi agredida em Florianópolis, cobram soluções

Eles pedem medidas de proteção e transferência do estudante, que motivou a agressão

ROBERTA KREMER  |  roberta.kremer@diario.com.br

Professores da Escola Estadual Rosa Torres de Miranda, no Bairro Jardim Atlântico, que tem 459 alunos, passaram a manhã em reunião para discutir medidas de proteção no colégio, depois que a professora Marcia Machado foi agredida nesta segunda-feira, pela mãe de um estudante.

Eles também queriam a transferência do aluno para afastar a família, já que a educadora teria recebido ameaças de parentes da agressora, Elaine Delfino da Rosa. Mas a Gerência Regional de Educação afirmou que não poderia retirar o garoto do colégio e que as ações protetivas devem partir da direção do colégio.

A professora, que em 16 de Outubro receberá a Medalha Herbert de Souza, da Câmara de Vereadores de Florianópolis pelo trabalho de aproximação da comunidade à escola por meio da Associação de Pais e Professores (APP), está de atestado médico.

— Já presenciei episódios com colegas, isso nunca tinha acontecido comigo. É inesperado. Mas nem um caso desse faria eu desistir de minha profissão e nem trocar de colégio — afirma Marcia.

A agressão não é um caso isolado nas escolas catarinenses. A Secretaria de Educação não tem nenhum levantamento, mas recentemente alguns casos assustaram a população. Há duas semanas, um professor levou socos de uma mãe na Escola Estadual Básica Nicolina Tancredo, em Palhoça. Em julho, um outro foi ferido por uma barra de ferro, ao tentar separar a briga entre alunos e um grupo de ex-alunos que invadiram a Escola Estadual Dante Mosconi, em Caçador, no Oeste.

— A secretaria de educação ainda está muito inoperante frente a violência nas escolas. O governo do Estado este ano fez um pacote de economia e retirou os vigias das unidades escolares — lamenta o secretários do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC), Sandro Cifuentes.

A secretaria confirmou a redução dos terceirizados da segurança em 20% do total. Nos próximos dias, Sinte e a pasta da Educação devem se reunir para tratar dos últimos casos de agressão.

O sindicato deve pedir um debate sobre violência escolar.

Guto Kuerten / Agencia RBS

A professora receberá, em outubro, a Medalha Herbert de Souza, da Câmara de Vereadores de Florianópolis pelo trabalho de aproximação da comunidade à escola
Foto:  Guto Kuerten  /  Agencia RBS


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