| 30/11/2007 05h49min
Se o Corinthians depender do jogo contra o Grêmio para seguir na primeira divisão, pode começar a fazer time para a disputa da Série B. No Olímpico, nem jogadores nem torcedores admitem empate ou derrota para os paulistas. A ordem é vencer a partida das 16h deste domingo, em Porto Alegre. 
Desde ontem, a cobertura da imprensa paulista se dividiu entre o Corinthians e a dupla Gre-Nal. Queriam saber se o Grêmio poderia facilitar as coisas para a turma do Parque São Jorge. De Eduardo Costa e Tcheco, reforços da equipe para o fim de semana, ouviram um sonoro "não". Tudo porque o Grêmio ainda disputa uma vaga à Libertadores. O jogo mais aguardado da última rodada do Brasileirão marcará também a despedida de Mano Menezes do clube, e o grupo fez um pacto pela vitória para homenagear o comandante. 
— Além de tudo isso, ainda há a dignidade dos atletas em jogo. Ninguém vai querer se queimar com a nossa própria torcida ou com os jogadores do Goiás e do Paraná para beneficiar o 
Corinthians. Seria 
desrespeito - ponderou Eduardo Costa. 
O volante lembrou ainda que o rebaixamento do Grêmio, em 2004, não causou a mesma comoção na imprensa nacional: 
— Ninguém amoleceu para o Grêmio naquela temporada. Por que faríamos isso agora? 
Para aumentar o clima de decisão, e a obrigação da vitória, Mano Menezes realizou um treino secreto, ontem à tarde. Tcheco acredita que, mais uma vez, a torcida empurrará o time. A idéia é encerrar o ano com vitória. Por Mano e pelo clube: 
— Não há qualquer possibilidade de facilitarmos para o Corinthians. Estará em jogo o nosso orgulho e o orgulho do torcedor. Vamos jogar para vencê-los. Se o Corinthians cair, não será por obra do Grêmio, e, sim, pela campanha do próprio Corinthians ao longo da temporada. 
O estudante canoense Paulo Salles, 19 anos, olhava à distância uma faixa da Geral com os seguintes dizeres: "exigimos a vitória". 
— Essa faixa resume tudo: 
precisamos bater o Corinthians. Ainda podemos ir para a Libertadores. O 
problema do rebaixamento é deles. Não recebemos apoio de ninguém quando caímos - disse Salles. 
— O Corinthians nos tirou a Copa do Brasil de 1995. Está certo que vencemos eles na final da Copa do Brasil de 2001. Mas por que não darmos mais uma "chapuletada" neles? - questionou o comerciário Alberto Schmidt, 43. 
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