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Arte  | 27/01/2011 07h01min

Muniz quer levar catador ao Oscar

Quando viu seu retrato ser leiloado por 30 mil libras (R$ 79 mil) num leilão em Londres, o catador de lixo Sebastião Carlos dos Santos, o Tião do documentário Lixo Extraordinário, começou a se perguntar quando o relógio daria meia-noite e acabaria a sua vida de Cinderela. Ele ganhou uma prorrogação agora com a indicação do filme ao Oscar.

Tião é um dos catadores do Jardim Gramacho, no Rio, que o artista plástico Vik Muniz retratou usando lixo numa série de fotografias das mais valorizadas de sua carreira, que já teve obras feitas de chocolate, molho de tomate, açúcar, confete, arame e até diamantes. Lixo Extraordinário põe tudo isso em perspectiva, narrando a trajetória do paulistano pobre, filho de retirantes nordestinos, que acabou se radicando em Nova York e virou estrela do circuito mundial da arte contemporânea.

– Estarei lá, mas a pessoa que deve subir ali no pódio se o filme ganhar é o Tião –disse Vik Muniz à agência Folhapress. – Isso para mim fecharia esse projeto com chave de ouro, fazer alguém que saiu de Duque de Caxias ser visto por um bilhão de pessoas.

Em cartaz no centro do país, o filme ainda sem previsão de estreia em Porto Alegre.

 

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