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 | 03/12/2008 04h01min

Quase meio século depois, torcedor verá novamente um Inter x Estudiantes

Ernani Xavier Garcia, 70 anos, estava nas arquibancadas dos Eucaliptos em 1959

Luís Henrique Benfica

O pelotense Ernani Xavier Garcia, 70 anos, viajará quase meio século em suas memórias hoje à noite. Como na noite de 3 de abril de 1959, ele vestirá a camisa vermelha do Inter para apoiar o time em um jogo contra o Estudiantes. Só o palco será diferente. Em vez das arquibancadas dos Eucaliptos, hoje corroídas, ele ocupará um assento nas sociais do Beira-Rio para acompanhar a decisão da Sul-Americana.

Colorado "desde que me conheço por gente", Ernani lembra com detalhes do jogo de 1959, inserido na programação do cinqüentenário do clube. Naquela noite de sexta-feira, o melhor em campo na vitória do Inter por 4 a 1, ao menos em sua opinião, foi o atacante Joaquinzinho.

Assista ao vídeo:



— Chegamos cedo ao estádio. Para nós, o jogo foi um acontecimento. Os times argentinos não vinham muito a Porto Alegre naquela época. Fizemos muita festa para comemorar os 50 anos do Inter. Depois, saímos a pé até um bar na Getúlio Vargas, ao lado do antigo Cine Marrocos — conta.

Ainda era o tempo em que os torcedores levavam pastel, sanduíche e galinha com farofa aos estádios. As torcidas conviviam harmonicamente, mesmo que praticamente não houvesse policiamento para dividi-las como hoje.

— Passei fortes emoções aqui dentro — emociona-se Ernani, enquanto olha para o lado oposto dos Eucaliptos, onde Vicente Rao, o criador da primeira torcida organizada do Inter, comandava a animação nas sociais.

Detalhista, lembra de todos os jogos do Inter contra o Estudiantes em Porto Alegre. Além do de 59, cita o de 1948, na Timbaúva, que não assistiu, o de 1952, também nos Eucaliptos, e o de 1969, já no Beira-Rio. Em todos eles os argentinos saíram derrotados. É o que ele espera ver repetido hoje.

Ernani pretende chegar às 16h ao Beira-Rio. Vai com a turma de sempre, toda ela residente há pelo menos 30 anos no Guarujá, zona sul da Capital. Junto com a carteirinha de sócio, levará os comprimidos para controlar a pressão arterial, recomendação expressa de seus médicos. Tem sido assim desde 1971, quando perdeu os sentidos logo após ver o antigo centroavante Claudiomiro marcar um gol contra o Novo Hamburgo, no Santa Rosa.

— Eles (Estudiantes) virão pra cima de gente. Será complicado se fizerem um gol. É noite de levar o time no grito. É certo que no dia seguinte terei que ir a um posto de saúde pra ver se a pressão não subiu muito. Pelo Inter, vale tudo — diz Ernani.


Saiba mais sobre a grande final no gráfico animado:




Assista a trechos do treino e entrevistas com o técnico Astrada e o zagueiro Agustín Alayes:

 
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