Tarso Genro (PT), convidou nesta terça-feira um ex-secretário seu na época em que foi prefeito de Porto Alegre para assumir novamente o cargo, desta vez no governo do Estado. O convite foi feito em meio a outras reuniões com políticos realizadas no Centro de Treinamento da Procergs, no bairro Tristeza.

Apesar de o local contar com 2,1 mil metros de área construída, Tarso comanda reuniões no pátio, que tem mais de 3 mil metros quadrados. Ontem pela manhã, ele passou mais de uma hora circulando pelo espaço ao lado de Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República.

Aproveitando a brisa do lago Guaíba, eles caminharam sob a sombra das árvores e escolheram um banco para tomar chimarrão. Ex-secretário de Tarso na prefeitura da Capital, Alvarez deixou a sede do governo de transição afirmando que as conversas estavam apenas no início.

Segundo interlocutores, Tarso o convidou para ocupar a Secretaria da Comunicação e Inclusão Digital, mas Alvarez estaria vislumbrando um cargo mais graduado no governo da petista Dilma Rousseff. 

— Tenho um acúmulo no governo federal, no tema da inclusão digital, da banda larga e ao mesmo tempo tem política tributária, industrial e tecnológica. Acho que seria natural essa equipe ter continuidade — explicou Alvarez.

Clique na imagem abaixo e confira a situação das pastas:

Os cargos desejados pelas siglas

Enquanto projeta os primeiros passos de seu futuro governo, no Centro de Treinamento da Procergs, Tarso Genro (PT) monta um quebra-cabeça.De um lado, as correntes internas do PT disputando fatias da administração. Do outro, o PDT pedindo mais espaço do que Tarso pode dar. Ontem, o deputado estadual Adroaldo Loureiro (PDT) expôs as pretensões de seu partido para participar do governo petista. As exigências foram consideradas “desproporcionais” (veja quadro).

Ontem, depois de se reunir com líderes do PRB, Tarso garantiu o apoio – e a participação da sigla no futuro governo. Com o ingresso do partido, o petista contará com mais um deputado em sua base na Assembleia: Carlos Gomes. Desconsiderando o PDT, que deverá formalizar apoio no dia 22, o governo já construiu um bloco de situação com 25 cadeiras. 

— Para montar um governo de coalizão, precisamos buscar o apoio de partidos que tenham propostas compatíveis com o nosso programa de governo — disse Tarso.