O PTB deve decidir se participará ou não do governo a partir da semana que vem. Na tarde de quarta-feira, em uma reunião no Hotel Everest, em Porto Alegre, os deputados eleitos concordaram que não aceitarão intermediários nas negociações e definiram critérios matemáticos para participar do governo.

Querem um percentual “condizente” ao peso dos seis deputados do partido na base do governo na Assembleia.

Pelos cálculos do deputado federal Sérgio Moraes, isso seria equivalente a 19,3% (ou quatro secretarias). O mesmo percentual de participação deve ser estendido aos demais escalões do futuro governo, entende o partido.

— É para começar a conversar, mas não vai se afastar muito disso. Decidimos nos valorizar. Não podemos virar governo por uma esmola — argumenta.

Conforme um interlocutor de Tarso Genro, é certo que a Secretaria do Trabalho está disponível para PTB ou PDT. Moraes já avisou que considera a pasta “menor”. Integrantes do PTB teriam predileção, por exemplo, pelas áreas de Habitação e Saneamento, Obras e Educação.

Ontem, Tarso comeu churrasco na fazenda do deputado estadual eleito Luiz Fernando Mainardi (PT), em Bagé, com o senador petebista Sérgio Zambiasi, o presidente do PTB, Luis Augusto Lara, e o deputado federal Paulo Pimenta (PT).

— O PTB irá decidir por meio dos deputados. Eu apenas acredito no projeto (de Tarso) e faço o que a minha intuição manda e a minha convicção determina — disse Zambiasi.

Tarso garantiu que os dois partidos terão “participação condizente” com o seu porte.