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Política  | 26/10/2010 12h52min

Empresa investigada em SP recebeu R$ 7,7 mi do governo

Grupo entrou no governo Lula há três anos, por meio da Aeronáutica

Uma empresa acusada de participar de uma quadrilha, que desviou recursos públicos e cobrou propina na prefeitura sob administração petista em Santo André (SP), faturou R$ 7,7 milhões no governo federal entre 2007 e 2010.

No último dia 18, com a negativa da Justiça em acolher recursos protelatórios, a Projeção Engenharia Paulista de Obras Ltda. virou ré na companhia de empresários, do PT e do chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho.

Todos são acusados de montar um esquema de corrupção entre 1997 e 2002, quando o PT comandou a prefeitura da cidade com Celso Daniel, assassinado há quase nove anos.

A empresa entrou no governo Lula há três anos, por meio da Aeronáutica. No fim de 2007, a Projeção assinou um contrato de R$ 4 milhões para uma obra no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo. O serviço tinha conclusão prevista para meados de 2008.

Só que, em agosto daquele ano, foi assinado aditivo de R$ 1,7 milhão por mais três meses. No começo de 2009, a mesma empresa firmou um contrato de R$ 1,2 milhão, pelo período de sete meses, para trabalhar na "recuperação das vias de acesso do setor sudoeste para a área operacional do Aeródromo do Campo de Marte".

Em agosto do ano passado, no entanto, um aditivo foi assinado por mais quatro meses. Segundo o Portal da Transparência, os repasses totais para esse serviço foram de R$ 2 milhões.

Segundo a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da região do ABC, autora da ação aceita pela Justiça, a Projeção Engenharia intermediou o esquema de arrecadação de propina em Santo André que, de acordo com a denúncia do Ministério Público, serviu para abastecer o caixa 2 do PT.

A empresa tem como dono Humberto Tarcísio de Castro, também denunciado. Mas, de acordo com os promotores, a empresa é comandada pelo empresário Ronan Maria Pinto, réu no mesmo processo. A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Aeronáutica e a direção da empresa, mas ambos não deram resposta até o fechamento da edição.

Agência Estado
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