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Eleições  | 26/10/2010 03h05min

Aliados de Dilma e Serra no RS preparam grande ofensiva na reta final

Na última semana de campanha do segundo turno presidencial, as candidaturas petista e tucana contam com exércitos locais que estabeleceram uma divisão de tarefas em busca dos votos dos eleitores gaúchos

Diogo Olivier e Elton Werb

Pode se dizer que ocorrerá uma “operação Porto Alegre” nos últimos dias da campanha de Dilma Rousseff no Estado.

Os mais representativos cabos eleitorais da aliança que apoia a candidata petista formarão um exército na Capital e Região Metropolitana.

Até o dia 31, o plano é invadir a cidade com caminhadas e carreatas diárias, tentando reviver a tradição do partido de ganhar votos preciosos na base do corpo a corpo dos militantes.

— Vamos colocar o nosso exército democrático nas ruas — brinca o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, coordenador da campanha de Dilma no Rio Grande do Sul.

São três as orientações para os cabos eleitorais de Dilma, repassados pelo QG central gaúcho: promover caminhadas diárias, aumentar o aspecto visual das atividades e cerrar fileiras nas ações em Porto Alegre. O PT quer não só virar o jogo na Capital, mas abrir boa margem. No primeiro turno, apesar da expressiva votação de Tarso, Dilma perdeu para José Serra (PSDB) por cerca de 10 mil votos.

De olho na reconquista do Paço Municipal em 2012, o plano é abrir caminho com uma vitória forte no maior colégio eleitoral do Estado. Além de centrar fogo em Porto Alegre, Vanazzi aposta em um evento que será realizado esta semana com o senador Magno Malta (PR-ES), líder da frente nacional evangélica pró-Dilma. O grande cabo eleitoral é o governador eleito Tarso Genro. A ordem é conquistar os eleitores que foram de Tarso para o governo e de Marina ao Planalto.

— Como venceu no primeiro turno, os líderes do Interior o procuram naturalmente, levando reivindicações para o governo. Mas temos que disputá-lo com o comando nacional — brinca Vanazzi, referindo-se à sexta-feira, quando Tarso cumprirá agenda em Chapecó e Florianópolis, de olho nos gaúchos de Santa Catarina, onde Serra vence Dilma.

— Já acordei até as 6h para fazer campanha no carro de som e para panfletear – diz a deputada campeã de votos Manuela D’Ávila (PC do B).

Aliados de José Serra no Estado devem intensificar apoio na reta final

Do PMDB ao DEM, do PP ao PPS e ao PTB. E, é claro, gente do PSDB.

Uma ampla frente suprapartidária vem tocando a campanha de José Serra (PSDB) no segundo turno no Estado. A intenção é mostrar o tucano como um candidato capaz de unir diferentes correntes.

Coordenado pelo deputado federal Germano Bonow (DEM), o exército reúne na linha de frente nomes como Osmar Terra (PMDB), Celso Bernardi (PP), Berfran Rosado (PPS) e Claudio Diaz (PSDB). Mas também atua com força na retaguarda: mesmo sem participar diretamente da campanha na rua, a senadora eleita Ana Amélia Lemos (PP) emprestou seu apoio – e, esperam os serristas, seus 3,4 milhões de votos – e deve gravar um depoimento para o programa do candidato. Outros, como o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP), atuam tanto na linha de frente, do alto dos 180 mil votos que fez em 3 de outubro, quanto nos bastidores, com sua influência sobre o setor agrícola.

Além de divulgar o candidato, cada membro do comitê suprapartidário assumiu tarefas específicas na campanha. Assim, enquanto o peemedebista Ibsen Pinheiro foi encarregado das funções de porta-voz – aproveitando sua experiência de comunicador de rádio –, o ex-vereador e secretário de Estado Elói Guimarães (PTB) contribui com a experiência de quem conhece os meandros da política e tem sido uma espécie de consultor, dando sugestões e fazendo críticas.

Já Bernardi ficou encarregado de fiscalizar as urnas no dia da eleição, aproveitando a imensa penetração do seu partido, que tem diretórios em praticamente todos os municípios gaúchos. A Diaz, coube os aspectos financeiros e jurídicos da campanha.

Uma participação ativa na campanha pode significar mais tarde uma participação também no governo, em caso de vitória do candidato. Dos homens de Serra no Estado, o deputado Osmar Terra é um dos mais credenciados para participar de um eventual governo do tucano.

— Ainda é cedo para falar sobre isso — desconversa o deputado.

 

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