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Eleições  | 25/10/2010 03h53min

Candidatos se concentram nas regiões Sul e Sudeste na reta final da campanha

Dilma Rousseff e José Serra dividirão a semana entre visitas aos maiores colégios eleitorais e preparação para os debates

Com sua vantagem consolidada no Nordeste e em boa parte da Região Norte, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, deve dedicar os últimos dias de campanha ao eixo Sul-Sudeste.

Minas Gerais e São Paulo, os maiores colégios eleitorais do país, estão entre os principais alvos de Dilma, que também deverá ir ao Paraná – todos Estados que serão governados pelo PSDB. Uma visita a Santa Catarina ainda pode ser agendada, mas nenhuma está prevista para o Rio Grande do Sul antes do final de semana – a petista vota em Porto Alegre.

Saiba quais as palavras mais utilizadas nos discursos dos candidatos:
 
— Ela vai se concentrar naquelas regiões em que teve maior dificuldade no primeiro turno — explica o prefeito de São Leopoldo, Ari Vanazzi, um dos articuladores da campanha petista no Estado.

Segundo ele, Dilma poderá fazer ainda um último comício no Nordeste, em uma cidade a ser escolhida. Por enquanto, o único evento previsto para a semana final de campanha será em Recife (PE), mas sem a presença da candidata. Em vez de Dilma, o presidente Lula animará o comício, marcado para sexta-feira.

A preparação para os debates desta semana deve receber uma atenção especial da candidata. Dilma dedicará a maior parte desta segunda-feira para definir a estratégia para o confronto com o tucano José Serra hoje à noite na TV Record. O mesmo deve ocorrer na sexta-feira, quando ocorre o debate na Rede Globo (depois da novela Passione).

Segundo Vanazzi, a estratégia para este final de campanha é reforçar os programas e os resultados do governo Lula, além de colocar a militância em peso na rua, para dar visibilidade à candidata.

— Na verdade, não há muito mais o que fazer nesses últimos dias a não ser aumentar a mobilização. Vamos fazer uma série de caminhadas, bandeiraços e carreatas nestes últimos dias — explicou.

Ontem, Dilma e Lula fizeram campanha no Rio. Uma carreata que começou por volta das 10h no Realengo seguiu até Bangu, onde acabou depois do meio-dia. Em um jipe aberto, ao lado do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do prefeito Eduardo Paes (PMDB), Dilma e Lula distribuíram sorrisos e beijos, mas não houve discursos. Nos bairros da zona oeste, onde se concentra o maior colégio eleitoral do Rio, Dilma fez em 3 de outubro 46,6% dos votos.



A campanha presidencial chega a sua última semana com o tucano José Serra mirando os votos dos maiores colégios eleitorais do país.

O objetivo é reverter, nos Estados mais populosos do Sul e do Sudeste, a ampla vantagem que Dilma Rousseff obteve sobre Serra no primeiro turno no Norte e, sobretudo, no Nordeste. Mesmo assim, Serra deverá visitar Bahia e Pernambuco. Hoje, o tucano passa o dia em São Paulo, participando de eventos e preparando-se para o debate da noite.

O Rio Grande do Sul é um dos focos do final da campanha tucana, que poderá destacar dois de seus governadores recém-eleitos para vir ao Estado esta semana. Hoje, Alckmin estará fazendo campanha em Porto Alegre e em Santa Maria. Na quarta-feira (mas ainda sujeito à confirmação), quem pode pousar no Estado é o governador eleito do Paraná, Beto Richa. O próprio Serra (embora a agenda do candidato ainda não tenha confirmado) pode voltar uma terceira vez ao Estado neste segundo turno, para participar de um comício, amanhã à noite, em Caxias do Sul.

— A ordem agora é botar a campanha na rua — diz o deputado federal Germano Bonow (DEM), um dos coordenadores da campanha tucana no Estado, lembrando que, com a visita de Alckmin, a campanha de Serra terá passado por todas as regiões do Estado.

O próprio Serra esteve na Zona Sul e na Região Metropolitana, enquanto o candidato a vice, Indio da Costa (DEM), percorreu as regiões Norte, Nordeste e Serra. Segundo Bonow, uma série de “caravanas da paz” estão sendo preparadas para os dias finais de campanha em várias cidades do Estado. No fim de semana, houve carreata e bandeiraço na região serrana e no Litoral Norte.

A visita de Alckmin faz parte da estratégia de enviar os governadores eleitos do PSDB para reforçar e disseminar a propaganda do candidato nos Estados, além de mostrar a unidade do partido em torno de Serra. Ontem, o candidato tucano teve a seu lado, em uma carreata pelo Rio, além de Alckmin e Richa, os governadores eleitos Antonio Anastasia (MG) e Rosalba Ciarlini (RN), os senadores eleitos Aécio Neves (MG), Itamar Franco (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), e os atuais senadores Tasso Jereissati (CE), José Agripino Maia (RN) e Álvaro Dias (PR).

Os últimos passos - Dilma
- Onde intensificará a campanha: Sul e Sudeste
- Por quê: conter o crescimento de Serra na região
- Estratégia: prosseguir com críticas ao adversário no horário eleitoral e apostar numa agenda “propositiva” incluindo a participação de Lula. Comparar projetos e administrações de FH e Lula. Evitar ataques a Serra em entrevistas
Os últimos passos - Serra
- Onde intensificará a campanha: no Sul e Sudeste
- Por quê: melhorar o desempenho nas regiões mais populosas para compensar o baixo desempenho no Norte-Nordeste
- Estratégia: apostar em denúncias contra Dilma e membros do governo. Insistir nos valores éticos e na suposta ameaça que o PT representaria à democracia.

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