No último programa de TV dos candidatos ao governo do Estado antes das eleições de 3 de outubro, os três principais postulantes mantiveram a linha que norteara as respectivas campanhas desde o princípio da corrida eleitoral. Sem surpresas ou cartadas de última hora, José Fogaça, Tarso Genro e Yeda Crusius continuaram apostando em discursos já conhecidos do eleitorado.

Em seu espaço, José Fogaça enalteceu suas realizações como prefeito de Porto Alegre, afirmando que nele os eleitores "podem confiar", já que se trata de "político sério". Ao som de uma composição sua, Vento Negro, o candidato do PMDB aproveitou boa parte do tempo para agradecer o apoio da militância durante a campanha.

Tarso Genro seguiu vinculando seus projetos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff. Em sua participação, Dilma afirmou conhecer o trabalho de Tarso "há muito tempo", enquanto Lula ressaltou a "participação efetiva" do ex-ministro em seu governo.

Além de apresentar famílias beneficiadas por alguns de seus projetos quando governadora, Yeda Crusius aproveitou para repetir as suas críticas aos opositores.

— A cada realização do nosso governo, lá vinham eles de novo. Não podiam admitir que uma mulher pudesse fazer o que eles não conseguiram — afirmou a candidata à reeleição pelo PSDB. 

No momento em que se referia ao povo gaúcho, dizendo que não o havia traído, Yeda teve seu discurso interrompido. Uma liminar do TRE-RS determinou a perda de 2 minutos e 26 segundos no horário eleitoral. Segundo a decisão, Yeda Crusius usou, pelo tempo citado, o espaço destinado aos concorrentes a deputado estadual.