clicRBS
Nova busca - outros

Notícias

Eleições  | 14/09/2010 20h14min

Principais candidatos ao Piratini evitam o confronto em debate

Sete dos nove candidatos estiveram presentes e optaram por exposição de propostas

Em debate dominado pela apresentação de propostas em detrimento do conflito entre os candidatos, Yeda Crusius (PSDB) e Aroldo Medina (PRP) protagonizaram os poucos momentos acalorados do encontro que reuniu outros cinco concorrentes. O debate foi promovido na noite desta terça-feira na TV Pampa.

Nas discussões mais incisivas, estavam o caso de espionagem do sargento Cesar Rodrigues de Carvalho e o escândalo do Banrisul.

— É fácil colocar a culpa na Brigada Militar. A senhora tem que conhecer melhor as pessoas que nomeia — afirmou Medina.

Yeda respondeu que não põe a culpa em ninguém e que tenta melhorar as questões pendentes.

Em novo embate entre os dois candidatos, Yeda definiu como "oportunismo atribuir comportamento fraudulento ao Banrisul".

— Eu defendo o Banrisul — afirmou a candidata, que acrescentou, em referência a Medina: — E você, não o ataque.

Medina rebateu, alegando que é preciso colocar os responsáveis na cadeia e que o caráter do governante tem que estar acima de qualquer suspeita.

Antes de responder uma pergunta sobre turismo feita por José Fogaça, o candidato do PRP disse que um assessor de Yeda havia dito para ela para responder a ele em sua próxima manifestação. Segundo Medina, ela afirmou, nos bastidores, que não gastaria "pólvora em chimango".

— Yeda, não me considero chimango. Sou maragato — retrucou o candidato do PRP. 

Distanciados das discussões provocadas por Medina, os demais candidatos adotaram a estratégia de exposição de propostas. Em um dos blocos, houve o expediente do tema livre. No entanto, em nenhum momento, os candidatos tiveram a chance de escolher para quem dirigir o questionamento.

O peemedebista José Fogaça garantiu que não vai aumentar impostos, mas também não diminuirá nenhum instantaneamente:

— É preciso avaliar o impacto do tributo na atividade econômica — comentou Fogaça, que ressaltou a importância de arranjos federativos para viablização de projetos: — Ninguém governa sozinho — afirmou.

Carlos Schneider disse, depois, que o Brasil ficou de costas para o Rio Grande do Sul, devido aos altos impostos. O candidato do PMN pretende implantar uma nova matriz tributária no Estado.

Já o petista Tarso Genro declarou que é preciso reescalonar a dívida com a União, um dos assuntos preponderantes no encontro. Segundo ele, a solução seria buscar financiamento internacional para seguir pagando a conta. Para o candidato do PT, "é impossível não pagar a dívida":

— Se não pagarmos, o Estado quebra. Quem governar tem que trabalhar com a realidade — disse Tarso a Pedro Ruas, que discordou do petista, afirmando que a dívida já está paga, se tornando urgente a suspensão do pagamento:

— Ninguém sabe do que a dívida é composta — defendeu o candidato do PSOL.

Montserrat Martins, do PV, se voltou a assuntos relacionados à família e à saúde. Segundo ele, a União não está cumprindo a sua parte na saúde. Montserrat Martins também afirmou que o SUS está sendo mal gerido, os recursos não chegam à sociedade. Seguindo as receitas de Tarso, que citou Lula, e de Yeda, que chegou a mencionar Ana Amélia, Montserrat por diversas vezes lembrou as ideias de Marina Silva, candidata do PV à Presidência.

Já nas considerações finais, Pedro Ruas retomou o tom crítico de Medina, do início do debate. Ruas disse que somente o PSOL comentou no horário eleitoral o caso de espionagem do sargento. No entanto, os demais candidatos optaram por manter a tônica do encontro, de evitar o confronto para, assim, aproveitar o tempo final para outras propostas e relembrar projetos já consolidados.

ZEROHORA.COM
Fernando Gomes / Divulgação

Sete candidatos e dois mediadores no debate desta terça-feira
Foto:  Fernando Gomes  /  Divulgação


Comente esta matéria
Nuvem Esperança

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.