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Eleições  | 02/08/2010 14h55min

"Os contratos vão terminar e nós vamos modificá-los", diz Tarso sobre pedágios

Candidato abriu a série de entrevistas promovidas por Zerohora.com com candidatos ao Governo do Estado

Atualizada às 18h29min

Abrindo uma série de entrevistas promovidas por Zerohora.com com os postulantes ao Piratini, o candidato Tarso Genro, do PT, respondeu às perguntas das jornalistas Rosane de Oliveira e Dione Kuhn, de Zero Hora, e de internautas, que enviaram seus questionamentos para o candidato.

Entre suas respostas, Tarso afirmou que não é possível prorrogar os contratos de pedágio assinados pelo governo atual. Perguntado sobre o modelo de construção da RS-010, projetada por meio de um parceria público-privada, Tarso concordou que estas parcerias são uma saída para a falta de recursos, mas que ressaltou que defende os pedágios que sejam "pagáveis" para os gaúchos:

— Os contratos vão terminar e nós vamos modificá-los — afirmou o candidato.

Tarso disse que, se eleito, seu governo dará prioridade aos pedágios comunitários e defenderá a participação das comunidades atingidas pelas cobranças nas vias na discussão sobre a implementação de novos postos.

— Há uma indignação social em torno dos pedágios atuais — disse Tarso.

Assista à entrevista:



Educação

Piso salarial para professores

Tarso Genro defendeu o uso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para garantir o piso salarial dos professores da rede estadual de ensino. Em uma implantação progressiva do piso, o candidato pretende tirar recursos do orçamento do Estado e do fundo: 

— O Fundeb guarda recursos para os Estados que se comprometem a pagar os pisos e não tiverem recursos — explicou o candidato.

Tarso ainda acredita que esta discussão precisa ser feita com os professores e com a sociedade gaúcha: 

— Vamos chegar ao piso de maneira negociada. É um compromisso que eu tenho.

Escola em turno integral

O candidato disse que acredita no modelo de turno integral nas escolas, mas que se deve buscar, em um primeiro momento, estudar as regiões nas quais é mais necessário que as crianças fiquem no colégio durante todo o dia. 

— A escola integral deve ser uma opção. Ela não deve ser obrigatória — completou o candidato.

Saúde

Albergues

Na questão da saúde, Tarso defendeu a necessidade de instituir estruturas públicas para o acolhimento de pessoas e afirmou que incluiu em seu plano de governo a criação de albergues para estes fins.

A ideia do candidato é que as pessoas que chegam do interior para tratamentos médicos no sistema hospitalar central não fiquem nas ruas.

Unidades de Pronto Atendimento (Upas)

Tarso falou ainda sobre as Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e afirmou que é pessimista quanto ao estabelecimento de prazos para a concretização das Upas, por causa da demora em realizar licitações. 

— Vamos fazer um esforço para, nos dois primeiros anos, semear Upas no Estado — disse o candidato.

Segurança pública

Sistema carcerário


Sobre os problemas de estrutura no Presídio Central, Tarso afirmou que, enquanto ministro da Justiça, o Governo Federal ofereceu recursos para a reforma estrutural da penitenciária: 

— Tínhamos, no Brasil, duas manchas, que eram o presídio Aníbal Bruno, em Recife, e o nosso Presídio Central — relatou o candidato, acrescentando que a penitenciária pernambucana "já deve estar terminando as reformas".

Segundo o candidato, o Presídio Central não apresentou um projeto, na ocasião, para receber os recursos. 

— Este Presídio Central vai ser eliminado ou tem de ser reformado, diminuindo a população carcerária — disse Tarso.

O candidato defendeu, ainda, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que pretende retirar do sistema carcerário tradicional até 400 jovens apenados, que cumprirão penas em prisões de média segurança e contarão com formação profissional.

Tarso afirmou que parcerias público-privadas podem ser concretizadas na administração dos presídios, mas disse que não recomenda este tipo de contrato: 

— O que eu sou contra é que se entregue a administração da pena para a iniciativa privada.

A ideia do candidato é melhorar os salários dos agentes penitenciários e qualificar sua formação.

Policiamento de rua

Tendo em vista a Copa de 2014, o candidato foi questionado sobre o policiamento nas ruas. Tarso defendeu o uso da Força Nacional, como foi feito no sistema de segurança dos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro: 

— Naquele momento, a Força Nacional teve um papel fundamental.

Déficit zero

O candidato afirmou ter preocupação "total" com o déficit zero do Rio Grande do Sul, mas criticou a maneira de "não gasto" com que o governo atual sanou as dívidas do Estado. Tarso acredita que é possível aliar o déficit zero ao desenvolvimento econômico: 

—  Fazer a sanidade fiscal crescendo: isso que é maestria — falou o candidato, acrescentando que presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalhou desta maneira em seu mandato.

Funcionalismo público

Sobre a possibilidade de enfrentar uma greve de servidores em seu mandato, o candidato afirmou que cortaria o ponto dos grevistas: 

— Eu considero uma humilhação não cortar o ponto do grevista

Perguntado por um leitor sobre uma possível diminuição na jornada de trabalho de servidores públicos, de oito para seis horas, Tarso afirmou que este não é o momento para tal decisão, mas que se esta opção se demonstrar a melhor, isto pode ser negociado.

Para o candidato, deve-se buscar o melhor pagamento ao funcionário público e exigir mais do servidor a fim de que preste um bom serviço à população.

Desenvolvimento para a metade sul

Tarso disse que, após 40 anos, o Estado voltaria a ter um vice-governador da metade sul, caso sua chapa obtiver a preferência do povo gaúcho nas urnas: 

— Beto Grill é o homem da metade sul, profundamente conhecedor da metade sul.

O candidato afirmou que quer usar o Fundopem para combater a desigualdade regional do Estado. Em relação às características da metade sul, Tarso afirmou que o pólo naval é fundamental para o desenvolvimento desta região e trará investimentos para este setor.

Orçamento participativo e consulta popular

O candidato do PT afirmou que pretende manter a consulta popular e reativar o orçamento participativo, caso seja eleito. 

— As formas não são estanques e nem são excludentes uma da outra — disse Tarso.

Distribuindo competências, o candidato disse que também quer investir na participação virtual e em um conselho de desenvolvimento para trabalhar em torno das grandes decisões do Estado.

ZEROHORA.COM

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