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Eleições  | 25/04/2010 17h36min

UNE não apoiará nenhum candidato à presidência

Decisão foi tomada em encontro neste domingo

A União Nacional dos Estudantes (UNE) decidiu que não irá apoiar oficialmente nenhum dos candidatos a presidente nas eleições deste ano. A decisão foi tomada no 58º Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), realizado no Rio de Janeiro.

— Uma ampla maioria de delegados aqui foi dessa opinião, de que a UNE participe do processo político que vai se dar este ano, no Brasil, com independência e apresentando propostas, o que é mais valioso na nossa trajetória —, disse o presidente da entidade, Augusto Chagas.

A instituição decidiu ainda que não vai apoiar nenhum um movimento anti-José Serra, como estimavam algumas pessoas.

— Serão os candidatos e seus programas que dirão se a UNE defenderá determinadas propostas ou não. Essa responsabilidade, agora, é dos candidatos — afirmou Chagas.

Na avaliação do presidente da instituição, quem tem candidato são os partidos políticos. O papel da UNE é outro.

— Tenho certeza que essa foi a decisão mais correta que nós tomamos —, concluiu.

Os estudantes universitários aprovaram um documento amplo que será encaminhado a todos os candidatos à presidência da República, englobando uma série de aspectos da análise política sobre a situação brasileira. Dentre eles, Chagas destacou alguns aspectos que considera fundamentais. A UNE, por exemplo, está convencida de que o Brasil não pode retroceder em determinadas políticas.

— Nós não queremos, por exemplo, que o Brasil volte a ser conduzido com políticas relacionadas à questão das privatizações, na redução do Estado, como se fazia em discurso de dez anos atrás — destacou.

Segundo Chagas, o consenso é de não permitir que a UNE e outros movimentos sociais deixem de ter condições de diálogo com os próximos governos.

— Não queremos retrocesso a determinadas políticas na educação brasileira, como era tratada a universidade pública há uma década, que vivia uma situação de absoluto estrangulamento —, disse.

A UNE tem consciência de que ainda é preciso avançar muito no Brasil em relação à conquista de direitos fundamentais para a maioria do povo, entre os quais o acesso ao emprego, à moradia, à saúde, à educação. É preciso, destacou o presidente da UNE, aprofundar determinadas políticas que foram conduzidas no país e reforçar as políticas sociais.

— E enfrentar o problema do nó das decisões macroeconômicas brasileiras que ainda impedem que o Brasil possa investir mais nas suas políticas sociais.

Com o documento, os estudantes querem se envolver no debate político-eleitoral e se concentrar no que, de fato, interessa ao Brasil, de acordo com o presidente da entidade.

AGÊNCIA BRASIL
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