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Eleições  | 23/04/2010 02h53min

PSDB gaúcho tenta reverter exigência do PP para fechar aliança ao Piratini

Depois de três dias de tensas negociações, caciques dos dois partidos conversam hoje sobre aliança

A direção estadual do PSDB vai tentar hoje convencer os dirigentes do PP a desistirem da exigência de estender a aliança à eleição para deputado estadual e federal. O encontro, porém, não deverá levar a uma solução imediata. Os dirigentes das duas siglas afirmam que deverão consultar as bases antes de um acordo.

Assediado por quatro candidatos ao Piratini, o PP estabeleceu como contrapartida para o apoio de seus quase 150 prefeitos e cerca de 200 mil filiados ao PSDB a formalização de uma aliança que inclua as eleições proporcionais para deputado estadual e federal – e definiu o dia de hoje como limite para a resposta. O presidente regional tucano, Claudio Diaz, dirá ao presidente do PP, Pedro Bertolucci, que não tem como atender ao prazo.

– Precisamos ouvir instâncias do partido, o que só poderia ser feito a partir de segunda-feira – avisa.

A estratégia de Diaz será convencer Bertolucci a discutir internamente um projeto “mais amplo” de aliança, em vez de insistir na coligação proporcional. Essa proposta será fortalecida com a discussão sobre cargos que o PP desejaria ocupar em um futuro governo.

O impasse é profundo porque a coligação para eleger deputados derrubaria o número de parlamentares tucanos eleitos. Os concorrentes de ambos os partidos seriam reunidos em uma nominata única, e os mais votados se elegeriam. Como os nomes do PP recebem mais votos do que os tucanos, a tendência seria de conquistarem a grande maioria das vagas. Deputado estadual do PSDB, Adilson Troca resume a dificuldade de os tucanos aceitarem os termos do PP hoje:

– Temos 75 pré-candidatos a deputado estadual, e nenhum aceita essa coligação porque seria suicídio.

Deputado estadual pelo PP e ex-presidente da sigla, Jerônimo Goergen procura manter um tom conciliador:

– Temos de ter calma.

Bertolucci afirma que há cerca de dois meses já havia avisado informalmente o PSDB sobre as intenções do partido, que incluiriam a coligação proporcional. Por isso, critica o tom exacerbado das manifestações.

– Não há novidade. Colocamos nossa proposta de forma clara e demos demonstração de lealdade à governadora, apesar das pesquisas – declara, referindo-se aos números modestos de intenção de voto em Yeda Crusius.

O dirigente do PP afirma que está disposto a negociar por mais alguns dias, apesar do prazo original se encerrar hoje. Diz que a possibilidade de a sigla desistir da aliança proporcional, porém, é pequena porque foi considerada prioritária em decisão conjunta.

– Se nos pedirem mais dois, três dias, tudo bem. Mas não temos como esperar mais 15 – sustenta.

Enquanto a decisão não sai e a relação com os tucanos fraqueja, PSB, PMDB e PTB seguem na disputa pelo apoio do PP.

Veja aqui as opções do PP gaúcho

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