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Eleições  | 21/04/2010 22h31min

Serra defende mandato de cinco anos para presidente, governadores e prefeitos

Para o tucano há tempo suficiente para governar neste período

O pré-candidato a presidente José Serra (PSDB) defendeu nesta quarta-feira um mandato de cinco anos para presidente, governadores e prefeitos. As declarações foram feitas durante entrevista concedida em São Paulo.

— Analisando o Brasil como um todo, a reeleição não deu muito certo — afirmou.

Serra declarou ainda que há tempo suficiente para se governar no período de cinco anos. Ele citou como exemplo o Plano de Metas do ex-presidente Juscelino Kubitschek, que teve como objetivo fazer o Brasil "crescer 50 anos em 5".

O pré-candidato tucano disse também que quer fazer a "batalha eleitoral" junto com o pré-candidato a senador Aécio Neves (PSDB-MG).

— Ele em Minas e eu como candidato a presidente, vamos trabalhar juntos —, disse, sem responder se há a possibilidade de Aécio ser o candidato a vice-presidente na chapa.

Sobre o Bolsa-Família, Serra prometeu reforçar, se for eleito, o projeto e procurar ligá-lo a questões como emprego para jovens, educação e saúde.

— Acho que a gente tem de avançar e dar a ele um conteúdo que um dia permita que as pessoas tenham sua renda, mas este é um bom programa para ajudar famílias necessitadas —, declarou.

Dentro das propostas econômicas, o pré-candidato do PSDB disse ainda que continuará, caso vença as eleições, com as metas de inflação, o câmbio flutuante e a responsabilidade fiscal.

Serra afirmou que, se vencer, quebrará um "círculo vicioso" que é a excessiva carga tributária, além de investir em infraestrutura de estradas, armazéns, portos e aeroportos. O pré-candidato criticou os "juros excessivamente elevados".

— Não se resolve de uma hora para outra, mas tem de ter isso na cabeça.

Serra afirmou ainda que a saúde no País precisa melhorar.

— Acho que, nos últimos anos, a saúde não foi para a frente —, julgou.

Quanto à educação, criticou a recente greve dos professores de São Paulo, onde foi governador.

— A greve não mobilizou quase nada e teve caráter político-eleitoral —, argumentou.

O pré-candidato disse ainda que o governo deve entrar como coordenador e grande autoridade da segurança pública, porque a base do crime organizado é o contrabando de armas e o tráfico de drogas, que são combatidos pela administração federal.

Serra criticou também o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O pré-candidato tucano advertiu que o MST é um movimento com finalidades políticas, que "não tem muito apreço pela democracia representativa".

Ele respondeu também às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à política externa "vira-latas" de governos anteriores. O ex-governador de São Paulo citou a quebra de patentes da indústria farmacêutica na época em que foi ministro da Saúde como "a maior vitória diplomática dentro de um conflito que o Brasil já teve".

— A questão não é assim, branca e preta —, afirmou.

Agência Estado
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